Projeto
Político-Pedagógico
Institucional
- UEM -
Maringá, 2009
ROBERTO
REQUIÃO DE MELLO E SILVA
Governador do Estado do Paraná
LYGIA
LUMINA PUPATTO
Secretária de Estado da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior
DÉCIO SPERANDIO
Reitor
MÁRIO LUIZ NEVES DE AZEVEDO
Vice-Reitor
EDNÉIA REGINA ROSSI
Pró-Reitora de Ensino
MARCELO SONCINI RODRIGUES
Pró-Reitor de
Administração
NEUSA ALTOÉ
Pró-Reitora de
Recursos Humanos e Assuntos Comunitários
NILSON EVELAZIO DE SOUZA
Pró-Reitor de Pesquisa
e Pós-Graduação
WÂNIA REZENDE SILVA
Pró-Reitor de Extensão
e Cultura
A UEM desejada
Uma Universidade integrada, ousada, crítica, democrática, pública, gratuita,
universal que tenha o objetivo de formar um cidadão crítico e competente,
técnica, humana e socialmente, preocupada com a educação permanente da
comunidade universitária, e que valorize igualmente o ensino, a pesquisa e a
extensão.
(V Fórum de Política de Ensino, dezembro de 2003)
SUMÁRIO
Apresentação.................................................................................................................... 6
Introdução...........................................................................................................................
7
Histórico da Instituição...................................................................................................... 9
Missão e Visão de Futuro....................................................................................... 15
Mecanismos de Inserção Regional........................................................................ 15
Âmbitos de
Atuação................................................................................................ 16
Princípios Filosóficos Gerais........................................................................................... 17
Avaliação Institucional....................................................................................................... 18
Políticas de Gestão........................................................................................................... 23
Ensino........................................................................................................................ 23
Graduação.......................................................................................................... 23
Pós-Graduação.................................................................................................. 26
Pesquisa................................................................................................................... 29
Extensão.................................................................................................................... 30
Cultura........................................................................................................................ 31
Recursos Humanos.................................................................................................. 34
Planejamento............................................................................................................ 36
Programas................................................................................................................ 37
Concepções de Processos............................................................................................. 39
Currículo..................................................................................................................... 39
Ensino Aprendizagem............................................................................................. 41
Avaliação de
Ensino................................................................................................ 43
Linhas de Ação.................................................................................................................. 47
Referências Bibliográficas e
Documentais.................................................................... 49
Objetivo
O Projeto Político-Pedagógico da
Universidade Estadual de Maringá é um documento que tem por objetivo
estabelecer a identidade pedagógica de nossa universidade e apontar as mudanças
que se avizinham como necessárias para o nosso futuro.
APRESENTAÇÃO
Pensar no Projeto Político-Pedagógico
Institucional da Universidade Estadual
de Maringá (PPI) é pensar na construção de sua identidade, revelar as características
das inter-relações existentes na Instituição, nos cursos e entre os cursos. A
sua elaboração e implementação exigem esforço coletivo e comprometimento, tanto
no âmbito acadêmico quanto no administrativo. Esta concepção de PPI não permite
que ele seja elaborado isoladamente, sem a participação dos demais envolvidos
no processo educativo.
A instituição universitária está
marcada pela pluralidade de áreas, de idéias e de concepções. Nela convivem
diferentes formas de conceber o mundo, o homem e a educação. Na construção de
um PPI essas divergências se acirram na forma de debates, conflitos e
contradições, até que se alcancem determinados consensos que guiarão o fazer
acadêmico sem extirpar as diferenças.
O PPI que ora se apresenta,
representa a síntese das discussões realizadas dentro da Universidade Estadual
de Maringá (UEM), em instâncias e momentos variados. Sua gênese está nos
relatórios elaborados por duas comissões, bem como pela proposta preliminar
elaborada pela Pró-Reitoria de Ensino (PEN) no ano de
INTRODUÇÃO
A complexidade da vida universitária
exige um planejamento calcado na descentralização acadêmico-administrativa, na
contínua capacitação dos quadros dirigentes, na produção e disseminação da
informação, na valorização da ética. Entretanto, embora possa parecer
contraditório, ao mesmo tempo em que exige planejamento, exige também
capacidade de mudança permanente, como requisito para a almejada estabilidade
institucional.
A UEM, desde a sua criação, vem
representando papel decisivo na transformação econômica, social e cultural de
Maringá e do noroeste do Paraná. Sua atuação foi fundamental na transformação
do município de centro econômico cafeeiro no atual pólo de serviços e de
produção de conhecimento. Foi também responsável, em grande parte, pela
renovação da cena política paranaense. Isso não significa que a posição da Universidade
no cenário do Paraná e do Brasil tenha ocorrido sem crises, embates e
enfrentamentos.
Tais debates, na maioria das vezes, partem
das múltiplas e crescentes expectativas em relação à instituição universitária,
sejam elas provenientes de professores, alunos, pais de alunos, empresários,
governos, organizações não-governamentais, sindicatos, ensino fundamental e
médio, entre outros setores. O desafio é, conforme lembram constantemente os
administradores, como responder a infinitos anseios quando os recursos são
finitos.
Ainda que seja uma Universidade
dinâmica, no interior da qual são desenvolvidas atividades inovadoras, desafios
decorrentes da pressão da sociedade têm sido colocados para a UEM, como: aumento
do número de vagas nos cursos de graduação; criação de novos cursos, tanto de
graduação quanto de pós-graduação; maior acesso aos serviços universitários; maior
participação da universidade no desenvolvimento científico, tecnológico e
cultural da região; e pela cobrança interna em torno de mais transparência,
maior eficiência e eficácia em suas ações.
Em face às políticas públicas
sociais e do Estado, e às demandas sociais e tomando ainda por horizonte a filosofia,
a história, a característica, o perfil e a missão da Instituição, a UEM
sinaliza para um redimensionamento do ensino superior, consciente do seu papel
enquanto agente de transformação e orientado, sobretudo, por princípios éticos
e democráticos.
Nesse contexto, PPI da UEM,
documento central que estabelece políticas para o fazer acadêmico, norteará as
ações educacionais para a consolidação da sua missão, de seus objetivos, de
seus princípios e de suas diretrizes, propiciando a qualidade de suas ações,
visando à qualificação para o trabalho e a ampliação dos direitos de cidadania
para a população brasileira. Neste sentido, o PPI cumpre uma função para além
de mera formalidade, podendo constituir-se numa ação maior de reflexão
envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão, como constituinte do processo de
participação na educação superior, na produção e socialização do conhecimento.
Nesse sentido, o documento
apresentado aponta diretrizes e orientações gerais para a efetivação de
programas, projetos e planos de ações a serem desenvolvidos nesta Instituição.
HISTÓRICO DA
INSTITUIÇÃO
Até
a criação da Universidade, no ano de 1970, o atendimento às necessidades da
educação superior em Maringá era suprido por três instituições estaduais
isoladas de ensino superior: Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, criada
em 1959, Faculdade Estadual de Direito, criada em 1966 e Fundação Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras, criada em 1966.
No
conjunto, estas faculdades ofereciam um total de sete cursos de graduação:
Ciências Econômicas, Direito, História, Geografia, Ciências de 1º Grau, Letras
Anglo-Portuguesas e Letras Franco-Portuguesas.
A
Lei Estadual nº 6.034, de 6 de novembro de 1969 autoriza o Governo do Estado do
Paraná a criar a Universidade Estadual
de Maringá, agregando à mesma as faculdades existentes na cidade. Pelo
Decreto Estadual nº 18.109, de 28 de janeiro de 1970, foi criada, sob a forma
de fundação de direito público, a Fundação Universidade Estadual de Maringá. Seu reconhecimento pelo Governo Federal
ocorreu em 11 de maio de 1976, por meio do Decreto Federal nº 77.583. No ano de
1991, o Governo do Estado do Paraná transformou as instituições públicas por
ele mantidas em autarquia estadual, conforme disposto na Lei Estadual nº 9.663
de 17/7/1991, mantendo a mesma denominação da Universidade Estadual de Maringá.
Os
primeiros sete anos da Instituição, de
Até
o reconhecimento da Universidade pelo Governo Federal, por meio do Decreto
Federal nº 77.583, de 11 de maio de 1976, foi mantido o modelo estrutural de
três faculdades e um instituto. A partir dessa data, adotou-se o modelo de
departamentos, como menor fração da unidade universitária, coordenados por
centros de estudos. A coordenação didático-pedagógica dos cursos passou a ser
exercida pelos colegiados de cursos e os departamentos assumiram, então,
características mais administrativas.
No
período de
Em
No
ano de 1988, foram criados e implantados os cursos de Ciência da Computação, de
Medicina, Odontologia, tendo como consequência a implantação de um complexo de
saúde formado por um hospital universitário, uma clínica odontológica, uma
unidade de psicologia aplicada e um hemocentro.
A partir
de 1992, após vários anos de estudos e discussões, a UEM alterou seu regime
acadêmico, substituindo o sistema de créditos e matrícula por disciplinas pelo
regime seriado anual para seus cursos de graduação. Novos currículos foram elaborados
com a obrigatoriedade de cada curso ter um projeto pedagógico conduzindo à
identidade profissional, facilitando a avaliação da qualidade do ensino que a Instituição
oferece. O sistema de créditos e matrícula por disciplinas foi totalmente
extinto em 1996.
Em
1998, foi implantado o Curso de Bacharelado em Informática.
Tendo
como um dos focos principais o ensino de graduação e com o apoio de várias
entidades representativas da comunidade local e regional, a Universidade
implantou, no ano letivo de 2000, onze novos cursos de graduação, ampliando em
quase 50% o número de cursos existentes. Neste ano, foram implantados os cursos
de Engenharia de Produção com ênfases em Agroindústria, Confecção Industrial,
Construção Civil e Software; Engenharia de Alimentos, Engenharia Mecânica,
Arquitetura e Urbanismo, Secretariado Executivo Trilingue, Estatística,
Filosofia e Ciências Sociais. Esses cursos foram viabilizados a partir de
estudos realizados pela Universidade, em parceria com o CODEM, que envolve 87
entidades locais e regionais.
Dando
continuidade ao processo de ampliação da oferta do ensino de graduação, a UEM
implantou, no ano letivo de 2002, mais nove cursos, desta vez priorizando o
desenvolvimento regional, criando um novo Câmpus no Município de Umuarama e
implantando o primeiro curso de graduação no Câmpus do Arenito, no Município de Cidade Gaúcha. Os cursos autorizados
no ano de 2002 foram: Agronomia, Medicina Veterinária, Tecnologia em Alimentos,
Tecnologia
Como
alternativa para a ampliação das vagas no ensino superior e para a
interiorização dos cursos, configurando-se em um mecanismo de democratização do
ensino superior, a UEM, ao contrário do ocorrido em outras instituições,
decidiu implantar a modalidade do Ensino a Distância (EAD), sendo credenciada
pelo Ministério da Educação para atuar nesta modalidade, no ensino de graduação
e pós-graduação, por meio da Portaria Ministerial nº 3.242, de 18/10/2004.
No
ano de 2000, foi aprovada a oferta do primeiro curso de graduação da UEM na
modalidade de Educação a Distância, o Curso de Graduação Normal Superior, habilitação em Licenciatura
para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental - Licenciatura Plena, com o
objetivo principal de capacitar professores para o Ensino Fundamental,
atendendo alunos de 69 municípios da região noroeste do Paraná.
Em
2007, ampliando a oferta de cursos na modalidade EAD, a UEM ingressou no
sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), do Ministério da Educação. Como
projeto “piloto” resultante de um convênio entre o Ministério da Educação (MEC)
e o Banco do Brasil, foi ofertada uma turma do Curso de Administração. Em 2008,
foram aprovados e iniciados dois novos cursos de licenciatura – Física e
Pedagogia - em Convênio com a Universidade Aberta do Brasil (UAB). Também em
No
tocante ao ensino de pós-graduação, a UEM vem aumentando o número de cursos
ofertados desde os anos 80, quando começou a ofertar cursos de pós-graduação lato sensu.
Em
1987, foram criados os dois primeiros Cursos de Mestrado, sendo um
As
atividades de pesquisa tiveram aumento significativo a partir de 1979. Acompanhando
o aumento de projetos, houve diversificação de áreas de pesquisa e a
necessidade de estenderem-se suas bases tanto para coleta de dados de campo
como para levar essas atividades a outros lugares. Para dar suporte a tal
processo, surgiram os seguintes câmpus: Câmpus de Porto Rico, Câmpus do Arenito, localizado
Visando
a qualidade da pesquisa realizada na UEM, o Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão (CEP), analisando proposta elaborada pela comunidade acadêmica da UEM
sob a coordenação da PPG, regulamentou as atividades de pesquisa com moderna
legislação.
Na
intenção de ampliar os meios de divulgação de suas atividades, foram
implantadas, em 1992, uma editora (EDUEM) que tem como objetivo facilitar a
publicação dos trabalhos científicos produzidos na Universidade e a editoração
da revista científica Acta Scienciarum,
com periodicidade regular e indexada em sete indexadores nacionais e
estrangeiros.
Em
1996, foram criadas a Livraria Universitária e a Rádio Universitária FM,
sintonizada no prefixo 106,9 MHz.
A
melhoria da qualificação de seu quadro de pessoal da UEM propiciou um
crescimento significativo das atividades de extensão e prestação de serviços, a
partir da década de 80. Desde então, as atividades mais frequentes se
relacionam às de apoio ao ensino fundamental e médio, educação infantil e
educação especial.
No
eixo administrativo, os recursos humanos foram e continuam sendo o alvo de
atenção e preocupação na UEM. No início da década de 80, houve uma expansão
progressiva tanto do quadro de pessoal docente, como do quadro técnico-univesitário.
No final deste período, a expansão do referido quadro viria a diminuir,
tornando-se estável a partir de 1990, mesmo com as novas atividades da
Universidade, resultante de sua aproximação com a comunidade regional e da
verticalização do ensino.
Cabe
salientar que, em 1990, contávamos com 85 doutores e 340 mestres no quadro
efetivo de docentes. Em um enfoque mais qualitativo, observa-se uma melhoria no
perfil da qualificação e produção acadêmica dos servidores que é resultado da
conjugação, dentre outros, dos seguintes fatores:
a)
regulamentação interna da capacitação docente desde 1981, com constantes
aperfeiçoamentos e com o esforço institucional para manter 15% dos docentes de
cada departamento em pós-graduação dentro do Plano Institucional de Capacitação
Docente;
b) a
implantação do Plano de Capacitação Técnico-Administrativo, que vinha sendo
executado de maneira informal, até tornar-se regulamentado institucionalmente a
partir de 1988.
c) a
expansão, em 2007, do Plano Anual de Capacitação Técnico-Administrativo,
permitindo a participação de quase a totalidade dos servidores.
d) a
manutenção de uma divisão com atribuições de orientar, acompanhar e controlar a
pós-graduação de docentes e técnicos da carreira universitária em cursos stricto
sensu e Pós-Doutorado, no Brasil ou no exterior, com ou sem financiamento
de agências de fomento.
A
demanda pela capacitação para os próximos quatro anos (2010, 2011, 2012 e 2013)
prevê que 40 professores se afastem para cursar Mestrado, 20 em regime parcial
e 20 em regime integral. No caso do Curso de Doutorado, a previsão é que 143 se
afastem em regime integral e 69 em regime parcial. Também há uma previsão para
a realização 235 estágios de pós-doutoramento, em sua maioria por curtos
períodos, em regime integral e 7 em regime parcial.
Entre
os servidores técnicos também há um número significativo de capacitação. No
momento há, 17 servidores afastados para Mestrado, 5 para Doutorado e 1 para Pós-Doutorado
nos EUA. Cabe salientar que dos 2.574 agentes universitários, 615 são
especialistas, 157, mestres e 55, doutores.
Quanto
à estrutura organizacional da UEM, observa-se que ela vem se modernizando desde
1988 para atender aos objetivos institucionais e para facilitar a interação da
Universidade com os outros segmentos da comunidade. A comunicação e a
informação, bem como as atividades de mídia, tanto em nível interno como
externo, ficam a cargo de uma Assessoria de Comunicação Social que, além das
atividades diárias de cobertura de eventos, notícias da universidade,
reportagens, etc., edita semanalmente um boletim informativo e mensalmente faz
circular o Jornal da UEM que é, inclusive, encartado nos jornais locais.
Merece
destaque a introdução da informática no desenvolvimento das atividades de
ensino, pesquisa, extensão e administrativas. O acesso às tecnologias de
informação e comunicação está sendo realizado, tanto em nível local pelo uso de
microcomputadores, constantemente atualizados, como em nível global por meio da
descentralização das atividades administrativas pela utilização por servidores
de terminais espalhados por todo o Câmpus Sede e pelos Câmpus Regionais.
Em abril de
No
ano de
A partir de
Outro
anseio da sociedade impossível de ignorar-se refere-se à problemática da
inclusão social. Encarar diferenças, desigualdades, superar a complexidade de
conceitos, compreender as sutilezas psicológicas e preconceitos próprios e alheios
são desafios que a Universidade dispõe-se a enfrentar, tendo em vista que a
construção de uma sociedade plural é tarefa de todos aqueles que desejam uma
sociedade sem dominação, sem exclusão, onde as diversas identidades que
constituem a sociedade brasileira sejam respeitadas.
Há a
consciência de que, entre as tarefas da Universidade, soma-se o indiscutível
papel de vanguarda na produção, na crítica e na difusão do conhecimento, a
participação de um projeto nacional de inclusão social, que possibilite o
exercício da cidadania em toda sua plenitude. O desenvolvimento desse processo,
iniciado em 2004, marcado por condições e por pontos de tensão, exigiu
comprometimento e responsabilidade no debate. O entendimento da importância do
papel da Instituição neste processo resultou na adoção, a partir de 2009, do Sistema
de Cotas Sociais no Vestibular. Com reserva de 20% das vagas do Vestibular para
alunos em desvantagem socioeconômica, o Sistema, aprovado por meio da Resolução
nº 012/2008-CEP, configura-se como adoção
de políticas de ação afirmativa pela UEM, visando minimizar o quadro de
distorções entre os diversos grupos que compõem a sociedade, democratizando o
acesso ao ensino público superior.
Em
MISSÃO E VISÃO DE
FUTURO
A
Universidade Estadual de Maringá define como sua:
Missão
Produzir conhecimento
por meio de pesquisa: organizar, articular e disseminar os saberes por meio do
ensino e da extensão, para formar cidadãos, profissionais e lideranças para a
sociedade.
Visão do Futuro
Tornar a UEM, nos
próximos cinco anos, uma Instituição de excelência na formação de profissionais
e pesquisadores, capazes de atender às necessidades e aos anseios da sociedade,
de forma geral, e aos da comunidade onde ela está inserida.
MECANISMOS DE INSERÇÃO
REGIONAL
As linhas expressas no Plano de
Desenvolvimento Institucional (PDI) da UEM orientam os princípios norteadores
de suas ações e são traduzidas pela indissociabilidade do ensino, pesquisa,
extensão e cultura, pela regionalidade, pela qualidade do “fazer” educacional e
pela comunicação permanente que embasam sua política de ensino pautada pelas
diretrizes e áreas de atuação da educação superior.
As atividades
de ensino de graduação, de pós-graduação, de pesquisa, de extensão e de cultura
da Universidade são desenvolvidas e agrupadas
Dentro do cenário nacional de dificuldades financeiras
e econômicas, a Universidade tem buscado incessantemente o fortalecimento do
ensino, da pesquisa, da extensão e da cultura.
Para
acompanhar as exigências do mundo moderno e globalizado, a UEM tem realizado
vários trabalhos em parceria com os mais diversos segmentos da sociedade,
visando o desenvolvimento educacional, cultural, econômico, político e social. Dessa
forma, busca a promoção da cidadania da população regional.
A UEM também está presente no
atendimento à Educação Básica, atuando na Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio. Também oferece cursos na modalidade da Educação Profissional e
Educação de Jovens e Adultos. Para esse atendimento, mantém os seguintes
estabelecimentos:
Þ Colégio
de Aplicação Pedagógica (CAP) que tem por objetivo, além da oferta de ensino
regular (Ensino Fundamental e Médio), constituir-se em laboratório
didático-pedagógico e oportunizar a realização de estágios na prática de
ensino.
Þ Colégio
Agrícola de Diamante do Norte - Ensino Médio Técnico.
Þ Escola
de Música, com o Curso Técnico de Música - Habilitações: Técnico de
Instrumento, Técnico em Canto e Técnico em Musicalização.
Þ A
Educação de Jovens e Adultos, que é atendida por intermédio do Programa de
Educação de Jovens e Adultos.
Þ Instituto
de Estudos Japoneses.
Þ Instituto
de Línguas.
Com a estratégica política de capacitação docente, a UEM vem alcançando
bons resultados e colocações no ranking de publicações nacionais e instituições
oficiais. Destacando-se também no cenário científico, a UEM oferece todo
respaldo aos projetos de pesquisa, permitindo grande número de aprovações junto
às agências oficiais de fomento.
O reconhecimento dos trabalhos de
extensão desenvolvidos pela Universidade aparece por intermédio do grande
número de pessoas beneficiadas. A produção de medicamentos, a análise de
fitoterápicos, o atendimento a exames laboratoriais à comunidade em geral pelo
Laboratório de Ensino e Pesquisa
O crescimento das atividades de
ensino, de pesquisa, de extensão e de cultura, nesses últimos anos, consolidam
a UEM como pólo de formação e desenvolvimento. Para a busca da manutenção da
qualidade, a UEM vem implementando vários programas de pós-graduação e de
pesquisa, envolvendo cooperação entre outras instituições. O aumento do número
de programas junto aos agentes financiadores permite a ampliação do ensino de
pós-graduação e de pesquisa da UEM.
ÂMBITOS DE ATUAÇÃO
A sede e o foro da UEM é a cidade de Maringá, Estado do
Paraná, conforme estabelece o Artigo 1º do Estatuto da Universidade. O Parágrafo
único do mesmo Artigo 1º define os câmpus da Universidade:
1. Câmpus Sede,
localizado no município de Maringá, Estado do Paraná
2. Câmpus do
Arenito, localizado no município de Cidade Gaúcha, no Estado do Paraná;
3. Câmpus
Regional do Noroeste, localizado no município de Diamante do Norte, no
Estado do Paraná;
4. Câmpus
Regional de Cianorte, localizado no município de Cianorte, no Estado do
Paraná;
5. Câmpus
Regional de Goioerê, localizado no município de Goioerê, no Estado do
Paraná;
6. Câmpus
Regional de Umuarama, localizado no município de Umuarama, no Estado do
Paraná.
A Universidade conta, também, com
uma Base de Pesquisa do Núcleo de Pesquisa em Liminologia, Ictiologia e Aquicultura
(NUPÉLIA), no município de Porto Rico, às margens do Rio Paraná, onde são desenvolvidas
atividades de pesquisas biológicas e ecológicas, estudos ecológicos e
caracterização taxonômica e ecológica da ictiofauna de afluentes do Rio Paraná.
No Distrito de Floriano, município
de Maringá, a Universidade conta com o Centro de Pesquisa em Aquicultura.
A Fazenda Experimental, no distrito
de Iguatemi, município de Maringá, tem por finalidade o desenvolvimento de
atividades de ensino e pesquisa nas áreas de Zootecnia e Agronomia, além de contar
com laboratórios para aulas práticas e pesquisa. Com uma área de 1.537.910m2,
desenvolve experimentos e aulas práticas, principalmente as relacionadas às
culturas de feijão, café, mandioca, milho, fruticultura, avicultura,
cunicultura, caprinocultura, suinocultura, sericicultura.
Por meio do EAD, a UEM também está presente nos municípios de
Assaí, Astorga, Bela Vista do Paraíso, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste,
Diamante do Norte, Engenheiro Beltrão, Faxinal, Flor da Serra do Sul, Goioerê,
Itambé, Jacarezinho, Nova Londrina, Nova Santa Rosa, Nova Tebas, Palmital,
Paranavaí, Sarandi, Umuarama, onde mantém os seus polos.
PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS
GERAIS
A Universidade, ao cumprir a sua função formadora de
profissionais, deve contemplar a aquisição, pelos formandos, de habilidades e
aptidões para a apreensão, a compreensão, a análise e a transformação, tanto no
âmbito do conhecimento científico e tecnológico, como no âmbito da formação da
competência política, social, ética e humanista.
Do ponto de vista de Leite Lopes
(1985), os objetivos primários da universidade contemporânea estão centrados na
pesquisa científica, nos estudos literários e filosóficos, na criação artística
e na investigação em todos os domínios da ciência e da cultura. A universidade
é o lugar da produção do conhecimento e da sociabilização do saber, os quais
devem estar voltados tanto para o avanço da ciência quanto para o
encaminhamento da resolução dos problemas sociais.
Assim, os novos requisitos
educacionais, produtivos e sociais colocados pelas sociedades dos tempos atuais
produzem inegáveis efeitos na formação, no tocante a uma maior competência ou
qualificação real. Esta problemática se expressa na necessidade de mudança na
relação com o conhecimento, na superação de sua desvinculação com a prática,
bem como, na superação de sua mercantilização extrema, sob pena de não se poder
ingressar adequadamente na chamada era da comunicação ou da sociedade do
conhecimento. Esta mudança envolve a compreensão da transitoriedade dos
conhecimentos em nosso tempo, da ruptura de barreiras entre as diferentes áreas
do conhecimento, de novas formas de sua utilização, da valorização da
diferença, das múltiplas formas de sentir e aperceber-se da realidade e,
sobretudo, da necessidade de um maior estreitamento do vínculo entre
pesquisa-ensino-extensão que dá sentido ao nível superior de ensino.
Nesse sentido, estudos recentes
apontam aspectos importantes a serem considerados nas políticas e nas práticas
de ensino superior, tendo em vista o enfrentamento da maior complexidade do
mundo no qual vivemos, dentre os quais se destacam:
§
o equilíbrio entre o perfil dos egressos e o mundo do trabalho,
considerando as mudanças que demandam os novos profissionais e as necessidades
da sociedade;
§
a exigência de uma nova forma de elaboração, aquisição e transmissão dos
conhecimentos, com base nas novas tecnologias da informação e da
comunicação e na visão interdisciplinar e da unidade teoria/prática;
§
a adoção de abordagens que contemplem as diferenças, isto é, que valorizem
distintas experiências e culturas locais, diversas epistemologias e
espiritualidades;
§
a adoção de uma nova perspectiva a partir da problematização da
noção de competência, compreendida em sua dimensão construtiva,
processual, coletiva, multifacetada e interdisciplinar.
Para a consolidação desses aspectos
na política educacional da UEM, exige-se o comprometimento e esforço coletivo,
tanto da esfera acadêmica quanto da administrativa. Assim, é fundamental a
interlocução e o reconhecimento das respectivas competências e legitimidade dos
Conselhos Superiores da Instituição: Conselho Universitário (COU), Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) e Conselho de Administração (CAD). Estes
ainda se mostram compartimentalizados, de forma que suas decisões não convergem
para o estabelecimento de uma política de ensino, tanto da graduação quanto da
pós-graduação. A superação dessa fragilidade se coloca como desafio na
construção de visão de futuro da Instituição e da implementação das diretrizes
aqui apresentadas.
AVALIAÇÃO
INSTITUCIONAL
A UEM passou a realizar processo de avaliação institucional
em 1993. Vários planos de desenvolvimento foram elaborados; inúmeros projetos
de pesquisa, ensino e extensão foram executados; vários cursos de graduação
foram criados e outros foram extintos; dezenas de programas e projetos
institucionais foram implantados sem que houvesse uma avaliação institucional
que fizesse a correção de rota ou mudasse seu rumo, quando necessário.
Destarte, a avaliação institucional
da UEM, por um lado, tornava-se mais que necessária: significava a garantia de
planejamento estratégico visando o aperfeiçoamento das atividades
acadêmico-científicas e administrativas; e por outro, era anseio da comunidade
universitária que se iniciasse o processo de avaliação institucional, conforme
eventos comunitários realizados em 1991.
Foi notória a
aceitação da comunidade universitária com relação à necessidade de realizar-se
uma avaliação institucional em
·
aprimorar sistematicamente os projetos pedagógicos dos cursos de
graduação;
·
desenvolver e orientar o planejamento e a gestão universitária;
·
integrar as ações da universidade enquanto vetores de desenvolvimento
regional.
Com essas
definições internas e em concomitância e sintonia com o Programa de Avaliação
Institucional das Universidades Brasileiras - PAIUB/SESU/MEC, a UEM iniciou, em
1993, o primeiro processo de avaliação institucional, obtendo aprovação da
proposta apresentada ao MEC em 1993 e em 1994.
A comissão instituída levantou os
registros do PAIUB/UEM que foram objeto de discussão pelos coordenadores dos
colegiados de cursos e cujos dados constaram dos relatórios do programa,
explicitados a seguir:
·
As Assembléias dos Cursos: consistiram em reuniões previamente
agendadas, em que se fizeram presentes o coordenador, os docentes que
ministravam aulas para o curso e representantes discentes. Nessas assembléias
foram levantados os problemas pertinentes para os quais se buscavam soluções.
·
O Perfil do Aluno da UEM:
constituía-se como um subprojeto do PAIUB/UEM, por meio do qual se buscava
caracterizar o perfil socioeconômico dos alunos dos cursos de graduação.
·
O subprojeto Avaliação das
Disciplinas: buscava verificar, a partir da ótica discente, a execução dos
conteúdos das disciplinas de forma a propiciar, se viável, uma readequação ao
projeto pedagógico do curso.
·
O Estudo da Evasão, em
consonância com o Estudo sobre Evasão nas Universidades Brasileiras, pretendia
verificar quais as taxas de sucesso de cada curso, bem como levantar as
possíveis causas de abandono, de forma a propiciar condições de intervenções
eficazes por parte dos coordenadores de curso, docentes e administração da
Instituição.
Apesar do otimismo e do envolvimento
das instituições de ensino superior com o PAIUB, este foi transferido da
SESu/MEC para o INEP, que o substituiu por nova forma de avaliação nacional, o
Exame Nacional de Cursos (ENC), instituído pela Lei nº 9.131/95 e a avaliação
das condições de oferta, sob a coordenação da SESu/MEC, ambos instaurados a
partir de 1996.
Inaugurava-se, assim, nova fase na
história da avaliação do ensino superior no Brasil. Conforme Dias Sobrinho
(1997), trata-se de avaliações produzidas em fontes exógenas, impostas de cima
e de fora, tornando-se instrumento das políticas econômicas e sociais. A
hegemonia das políticas neoliberais provoca forte impacto sobre a educação, a
universidade e a avaliação institucional, pois a tais políticas interessa uma
eficiência educativa que alivie os altos custos do financiamento educacional
por parte do Estado. Assim sendo, este incentiva a “autonomia” universitária
para mais efetivamente responder ao pacto com as forças do mercado. Nessa ótica,
devia a universidade produzir conhecimentos úteis e rentáveis, como condição
para sua sobrevivência no competitivo mercado educacional. Assim, entra a
avaliação como instrumento de medida e controle, ou seja, uma avaliação que
responde às expectativas de eficiência e produtividade que os estados
controladores têm a respeito da educação superior. É verdade que a retórica
oficial continuou sendo a da qualidade e da excelência, mas esses termos
edulcoram a idéia de produtividade segundo a lógica do mercado: aumentar a
quantidade de rendimentos com custos menores.
De acordo ainda com o autor, as
cobranças e a responsabilidade impostas ao mundo econômico se transferem à
instituição educativa, a seus conteúdos e a seus agentes. Nesse caso, a
qualidade se mede e se quantifica; conhecimentos e habilidades úteis são
aqueles que têm valor prático e funcional. Competência profissional significa
ajuste ao perfil desenhado pelo mercado. Os modelos mais adequados para
“avaliar” (no caso, medir, comparar e estabelecer rankings) são, então, aqueles que centram a atenção nos
instrumentos técnicos, entendidos como portadores de uma verdade objetiva. Já
que elaborados segundo normas previamente estabelecidas, esses instrumentos são
referidos somente a realidades exteriores quantificáveis, portanto, comparáveis
e, então, simplificadas, supostamente sem a “contaminação” da subjetividade e
dos valores. As fontes de valores, os destinatários e os proprietários dessa
avaliação são externos à universidade, são órgãos e agências governamentais. A
universidade é, então, basicamente avaliada segundo uma perspectiva
preponderantemente técnica.
Mesmo com todas as ponderações
surgidas a partir da implantação das novas formas de avaliação, a UEM, assim
como outras IES, sujeitou-se à Avaliação Nacional imposta pela SESu/MEC, sem
que houvesse a instauração de nenhum processo próprio, dando continuidade às
experiências já adquiridas pelo PAIUB/UEM, que encerrou suas atividades em
março de 1997, quando da entrega do último relatório referente aos registros de
1996.
Não há dúvida quanto à necessidade
de combinação de avaliações externas com as internas, e ambas devem submeter-se
a um critério de “verdade social”, ou seja, passar pelo crivo do debate público
e da ressignificação pela comunidade acadêmica. Só assim se instaura outro
conceito de universidade, distinto da lógica da eficiência e da produtividade,
e outro conceito de avaliação, diferente da quantificação e comparação dos
resultados.
O Exame Nacional dos Cursos, ou “Provão”
como ficou popularmente conhecido, passou por um processo de crítica e acabou
por ser substituído por um modelo mais complexo e abrangente, denominado
Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES).
Designada pelas Portarias MEC/SESu
nº 11, de 28 de abril de 2003, e nº 19, de 27 de maio de 2003, e instalada pelo
ministro da Educação, Cristovam Buarque, em 29 de abril, “com a finalidade de
analisar, oferecer subsídios, fazer recomendações, propor critérios e
estratégias para a reformulação dos processos e políticas de avaliação da
Educação Superior e elaborar a revisão crítica dos seus instrumentos,
metodologias e critérios utilizados”, a Comissão Especial da Avaliação da
Educação Superior (CEA) apresentou a proposta original do SINAES em 27 de
agosto de 2003.
A CEA nomeou sua proposta com o
subtítulo "bases para uma proposta de avaliação da educação
superior". Implícita no subtítulo está a idéia de que o texto submetido à
apreciação da sociedade não era uma proposta pronta, acabada, mas a base, o
ponto de partida para a construção de um sistema nacional de avaliação da
educação superior. Uma vez lançadas as bases para a nova proposta (elas
próprias resultado de ampla consulta à comunidade acadêmica e à sociedade civil
organizada), o texto foi submetido a inúmeros debates no MEC, nos fóruns de
reitores e pró-reitores, nos sindicatos, nas sociedades científicas, na mídia,
na academia, no parlamento e na sociedade em geral.
Desse amplo debate surgiram
contribuições que alteraram, em alguns casos de forma significativa, algumas
das orientações e sistemáticas operacionais propostas no texto original aqui
reproduzido, sem, no entanto, ferir os seus princípios e diretrizes
fundamentais. A Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004, aprovada na Câmara dos Deputados
por virtual unanimidade e, no Senado, por ampla maioria, é, pois, resultado da
convergência do texto da CEA com as preocupações da comunidade acadêmica, da
sociedade e dos seus representantes no parlamento e no governo.
Assim, a proposta de uma política de
avaliação da educação superior, elaborada pela CEA, consubstanciada no SINAES,
tornou-se marco legal do diagnóstico e dos procedimentos de verificação e
avaliação da educação nas IES.
O SINAES é um sistema de avaliação
global das atividades acadêmicas, composto por três processos diferenciados e
integrados, a saber:
• Avaliação das Instituições de Educação Superior (AVALIES).
• Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG).
• Avaliação Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).
Como parte de um mesmo sistema de
avaliação, cada um destes processos é desenvolvido em situações e momentos
distintos, fazendo uso de instrumentos próprios, mas articulados entre si. Eles
abordam dimensões e indicadores específicos, com o objetivo de identificar as
potencialidades e insuficiências dos cursos e instituições, promovendo a
melhoria da sua qualidade e relevância - e, por consequência, da formação dos alunos
- e, ainda, fornece à sociedade informações sobre a educação superior no País.
O SINAES, em decorrência de sua
concepção, está apoiado em alguns princípios fundamentais para promover a
qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o
aumento permanente da sua eficácia institucional, da sua efetividade acadêmica
e social e especialmente do aprofundamento dos compromissos e responsabilidades
sociais. Esses princípios são:
§
a responsabilidade social com a qualidade da educação superior.
§
o reconhecimento da diversidade do sistema.
§
o respeito à identidade, à missão e à história das instituições.
§
a globalidade institucional pela utilização de um conjunto
significativo de indicadores considerados em sua relação orgânica.
§
a continuidade do processo avaliativo como instrumento de política
educacional para cada instituição e o sistema de educação superior em seu
conjunto.
A Lei nº 10.861/2004, no seu Artigo
3°, estabelece as dimensões que devem ser o foco da avaliação institucional e
que garantem simultaneamente a unidade do processo avaliativo em âmbito
nacional e a especificidade de cada instituição. As dimensões a serem avaliadas
são: 1. Missão e Plano de Desenvolvimento Institucional; 2. Perspectiva
científica e pedagógica formadora: políticas, normas e estímulos para o ensino,
a pesquisa e a extensão; 3. Responsabilidade Social da IES; 4. Comunicação com
a sociedade; 5. Políticas de pessoal, de carreira, de aperfeiçoamento, de
condições de trabalho; 6. Organização e gestão da instituição; 7.
Infraestrutura física e recursos de apoio; 8. Planejamento e avaliação; 9.
Políticas de atendimento aos estudantes; e 10. Sustentabilidade financeira. A
segunda dimensão é a que tem peso relativo maior no conjunto da avaliação e é
justamente essa que norteia o PPI.
Na construção coletiva do PPI, os
problemas detectados devem ser tomados como pontos de partida para análise da
realidade e para a definição de prioridades e metas de ação. Dados da avaliação
institucional devem ser levantados.
A UEM, com base no SINAES, deve
proceder a uma avaliação contínua de seus cursos. É de responsabilidade de toda
a instituição, mas a avaliação dos cursos deve ser conduzida pela PEN e pelos cordenadores
dos cursos de graduação, bem como pelas chefias dos departamentos.
Os instrumentos para que a avaliação
seja profícua são: os resultados do ENADE, por meio dos mapas de cada curso; os
resultados da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), aprovados anualmente pelo
COU; os pareceres dos avaliadores de Curso designados pelo Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e/ou pela Secretaria
de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI).
Do ENADE é possível acompanhar o
desenvolvimento dos alunos durante o curso, pois ingressantes e concluintes
realizam o exame, o qual está pautado, nas questões de formação específica, nas
Diretrizes Curriculares Nacionais. É possível, perscrutando os resultados do exame,
concluir, mesmo que não de forma consolidada, quais conteúdos devem ser objetos
de preocupação do curso e quais são os que estão sendo bem assimilados pelos alunos.
Também é possível verificar qual o nível dos alunos no que diz respeito aos
conteúdos de formação geral, os quais são indispensáveis para o exercício da
cidadania.
O processo conduzido pela CPA deve
ser utilizado na medida em que o curso é avaliado, por meio de questionários e
pareceres de especialistas, em três categorias: organização
diadático-pedagógica; corpo docente, corpo discente e técnico-administrativo;
instalações físicas. Em todas as categorias são atribuídos conceitos, que
variam de
Os pareceres dos avaliadores de curso
externos à UEM deverão igualmente ser utilizados na medida em que as dez
dimensões assumidas pelo SINAES são avaliadas.
POLÍTICAS DE GESTÃO
ENSINO
GRADUAÇÃO
O perfil geral dos cursos deve contemplar formação ampla, com
estímulo ao pensamento crítico, buscando, sempre que possível, o vínculo dos
conteúdos trabalhados em sala de aula com o contexto político, econômico,
social e cultual de nossa sociedade, com sólida formação teórico-metodológica
garantida pelo aprofundamento das matrizes do conhecimento que embasam a
profissão, consoante os avanços científicos, tecnológicos e sociais de sua
área.
Pautados nessa compreensão,
encontraremos o perfil desejado para os egressos da UEM: o de um
profissional-cidadão, com autonomia intelectual (criativo, ousado, crítico, com
espírito investigativo, com capacidade de abstração e resolução de problemas,
com sensibilidade e compromisso social), com domínio de conhecimentos
técnico-científicos e culturais, com habilidades para o trabalho coletivo e
interdisciplinar, requisitos que integram a capacidade para a superação de
questões e problemas que se colocam cotidianamente em seu espaço de atuação
profissional e em sua vida.
As discussões pertinentes aos
projetos pedagógicos dos cursos de graduação precisam contemplar “as linhas
orientadoras de decisões, ações e procedimentos, derivados da missão e dos
propósitos institucionais” estabelecidos pela Resolução nº 115/2000-CEP, pois
nesta estão contidos os princípios básicos do ensino de graduação.
Dos princípios básicos:
1)
igualdade de condições para o acesso e permanência na Instituição;
2)
liberdade para aprender, para ensinar, para pesquisar e para divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber;
3)
pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
4)
respeito à liberdade e apreço à tolerância;
5)
gratuidade do ensino de graduação;
6)
valorização do profissional da educação;
7)
gestão democrática do ensino, na forma da lei e da legislação
institucional;
8)
garantia de padrão de qualidade;
9)
valorização da experiência extraescolar;
10) vinculação entre o ensino, o trabalho e a
realidade social.
Das finalidades de ensino:
1.
estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
do pensamento reflexivo;
2.
habilitar profissionais nas diferentes áreas de conhecimento para
participação no desenvolvimento da sociedade, colaborando na sua formação
contínua;
3.
incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando ao
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura e,
desse modo, desenvolvimento da compreensão do homem e do meio em que vive;
4.
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino,
de publicações ou de outras formas de comunicação;
5.
suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento
de cada geração;
6.
estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os
nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e
estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
7.
promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão
das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa
científica e tecnológica geradas na Instituição.
No contexto geral das proposições da
referida resolução, há que se considerar alguns princípios norteadores que
devem estar contemplados nos projetos pedagógicos de curso. São eles:
1.
flexibilização na organização do currículo;
2.
caracterização da formação acadêmica e profissional, de acordo com a
inserção local, regional, nacional e internacional;
3.
liberdade na definição de perfis de egressos;
4.
estabelecimento do nível de graduação como etapa inicial da formação
continuada;
5.
desenvolvimento da capacidade intelectual e profissional, autônoma e
permanente do aluno;
6.
duração do curso compatível com a necessidade média de formação;
7.
estratégias de ensino/aprendizagem que contribuam para a redução da
evasão;
8.
inclusão de dimensões éticas e humanísticas, atitudes e valores orientados
para a cidadania;
9.
sólida formação básica, visando qualificar o graduado para enfrentar os
desafios das transformações sociais;
10. formação específica voltada ao
perfil do profissional eleito na área do conhecimento, campo do saber e
profissão;
11. composição do currículo por componentes
curriculares, podendo prever inclusão de outras experiências de
ensino/aprendizagem;
12. liberdade na composição da carga
horária dos componentes curriculares, observadas as diretrizes curriculares
nacionais;
13. liberdade na especificação dos
conteúdos programáticos a serem ministrados, observadas as diretrizes
curriculares nacionais;
14. valorização de conhecimentos,
habilidades e competências adquiridas fora do ambiente escolar, inclusive aos
que se referem à experiência profissional;
15. valorização do conhecimento inter e
pluridisciplinar que amplie a ação do profissional;
16. fortalecimento da articulação da
teoria com a prática, por meio do ensino, da pesquisa e da extensão;
17. organização dos cursos por meio de componentes
curricularess anuais, semestrais, trimestrais, em módulos ou outras
modalidades.
O ingresso aos cursos de graduação ocorre mediante a
realização de dois processos seletivos anuais, visando à classificação de
candidatos por meio de aplicação de provas. Aos candidatos que prestaram o
Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) nos últimos três anos, é facultado o
direito ao uso de sua nota para cálculo da pontuação das provas objetivas.
O ingresso nos cursos de graduação da UEM também pode ocorrer
por meio do PAS que consiste na realização de provas escritas, aplicadas ao
final das séries do Ensino Médio em que o candidato se encontrar matriculado.
Para essa modalidade de ingresso são reservadas 20% das vagas de cada curso,
disponíveis no ano de ingresso na UEM, as quais se destinam, exclusivamente,
aos alunos regularmente matriculados em escolas de Ensino Médio, públicas ou
privadas, sendo que tal programa tem
como objetivos:
1 - ampliar as possibilidades de
acesso aos cursos de graduação da UEM;
2 - estabelecer uma relação mais
intensa entre a Universidade e as escolas de Ensino Médio, permitindo ações que
visem a um maior aprimoramento e à interação entre ambas;
3 - selecionar, de forma gradual e
sistemática, os alunos-candidatos, valorizando e estimulando um processo
contínuo de estudo;
4 - permitir, por meio de
informações detalhadas de desempenho do candidato, que tanto os alunos quanto
as escolas tenham a oportunidade de monitorar esse desempenho ao longo do
Ensino Médio.
Para a promoção dos valores democráticos, do respeito à
diferença e à diversidade socioeconômica, a UEM destina 20% das vagas do
vestibular, em cada curso e turno, para o Sistema de Cotas Sociais destinadas
aos alunos que tenham cursado integralmente o Ensino Fundamental e Médio em
instituição pública de ensino e sejam provenientes de famílias com renda per
capita de até 1,5 salários mínimo nacional e que não tenham concluído nenhum
curso de nível superior.
PÓS-GRADUAÇÃO
Foi nas décadas de 1960
e 1970 que as estratégias do Governo brasileiro para o desenvolvimento de nossa
pós-graduação se expressaram na decisão de intensificar os investimentos na
formação dos profissionais como forma multiplicadora, para garantir a formação dos
quadros de docentes e pesquisadores essenciais para a expansão do próprio
sistema e para a promoção da pesquisa científica e tecnológica do País. A
pós-graduação nacional, desde a sua implantação, objetiva o atendimento das
necessidades de mercado acadêmico, formando pesquisadores independentes,
capazes de gerar conhecimento científico e novas tecnologias. A grande meta da
política de desenvolvimento da pós-graduação nacional foi a expansão e a consolidação
de Cursos de Doutorado e de Mestrado. A partir da década de 90, quando eram
evidentes os êxitos da pós-graduação nacional na oferta de cursos acadêmicos,
passou a existir demanda crescente por profissionais com perfil de qualificação
altamente especializada e não voltada exclusivamente para a pesquisa.
A pós-graduação brasileira abrange duas
posições igualmente importantes para o desenvolvimento do país. São elas: o
acadêmico e o profissional.
Na modalidade acadêmica, o propósito é a
formação de pesquisadores, que se consubstancia na oferta do Doutorado. Cabe ao
Mestrado o papel de curso propedêutico, justificável nos casos em que essa
etapa preparatória se revela necessária, face ao estágio de desenvolvimento da
área de conhecimento no País, ou em determinada região geográfica, ou para a
superação de deficiências observadas na formação anterior dos alunos. Na
modalidade profissional, o objetivo é a formação de profissionais capacitados
para o desempenho de funções outras que não a pesquisa acadêmica, mediante a
oferta de cursos voltados para a aplicação, em um campo profissional definido,
de conhecimento e métodos científicos atualizados. O Mestrado, nesse caso, tem
caráter de curso terminal para a obtenção da habilitação pretendida.
O atual sistema de pós-graduação, apesar dos
desequilíbrios regionais, tais como dificuldades de responder à demanda
existente e a falta de condição para o ingresso dos recém-doutores
pesquisadores no desenvolvimento empresarial, condição necessária para
transformar ciência em progresso econômico e social, constitui um patrimônio do
País que precisa ser preservado, aperfeiçoado e expandido.
O ensino de pós-graduação da UEM não é
independente do ensino da graduação. Na verdade, existe uma ligação tão forte
que não seria exagero dizer que existe “unicamente” ensino. Os benefícios são
mútuos com os alunos de graduação e pós-graduação trabalhando conjuntamente em
prol da ciência do País.
A pós-graduação da UEM compreende atividades
de ensino e de pesquisa, visando à capacitação de recursos humanos nas diversas
áreas do conhecimento, para atuarem na docência, na pesquisa e no exercício
profissional, capaz de contribuir para o processo de transformação da realidade
nacional, tanto na modalidade acadêmica como profissional.
A pós-graduação stricto sensu modalidade acadêmica é constituída de um ciclo de
estudos e programas de trabalhos, regular e sistematicamente organizados, e de
atividades de pesquisa, que têm por objetivo conduzir à obtenção de grau
acadêmico, caracterizado por dois níveis, Mestrado e Doutorado, podendo o
primeiro constituir-se em etapa inicial do segundo.
Os Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu, modalidade Acadêmica,
destinam-se à formação de pessoal qualificado para o magistério superior, para
atividades de pesquisa e para outras atividades profissionais. Dividem-se em Cursos
de Mestrado e Doutorado. Para o Curso de Mestrado, a exigência do candidato ao
grau de Mestre, além do cumprimento das atividades acadêmicas e a demonstração
da capacidade de sistematização e pesquisa é consubstanciada na apresentação e
defesa de dissertação. Para o candidato ao grau de Doutor, além do cumprimento
das atividades acadêmicas, exige-se a defesa de tese que represente trabalho
original, resultado da atividade de pesquisa na área de conhecimento. O Exame
de Qualificação que evidencia a amplitude, a profundidade do conhecimento e a
capacidade crítica do pós-graduando,
precede a defesa de tese e, quando julgado conveniente pelo programa, a
defesa de dissertação.
Para criação de programas de pós-graduação
na UEM, o proponente deve elaborar o projeto pedagógico, a ser aprovado pelo
Conselho Universitário, mediante parecer do Conselho Interdepartamental, do
Conselho de Administração e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.
O programa só pode iniciar suas
atividades após a aprovação pelos Conselhos Superiores e pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ou órgão federal que vier
substituí-la.
Cada programa de pós-graduação
possui um regulamento padronizado que deve conter, no mínimo, além dos
dispositivos que lhe for peculiar, o seguinte: I - designação do programa,
conforme a área de conhecimento e a área de concentração, informações que devem
constar no diploma; II - fixação do número mínimo de créditos exigidos pelo
programa bem como o número de créditos teóricos, práticos ou teórico-práticos
por componente curricular; III - fixação do tempo máximo de duração do(s)
curso(s); IV - critérios para a aprovação do aluno nos componentes curriculares;
V - critérios para o desligamento do aluno com desempenho considerado
insuficiente; VI - fixação da percentagem mínima de frequência a ser exigida em
cada componente curricular ou atividade, que não pode ser inferior a 75%; VII -
requisitos e critérios para o processo de seleção e matrícula; VIII - prazos e
disposições para o cancelamento de matrícula em componente curricular ou
trancamento de matrícula no curso; IX - condições para suspensão do trancamento
de matrícula; X - condições para aceitação de matrícula de aluno não-regular;
XI - normas para a orientação dos alunos; XII - forma de realização do Exame de
Proficiência
O número mínimo de créditos deve ser
definido no regulamento de cada programa de pós-graduação. Cada programa deve
definir critérios para desligamento do aluno e para concessão e manutenção de
bolsas. A critério do conselho acadêmico de curso podem ser aproveitadas
atividades extras com a concessão dos créditos pertinentes.
A
pós-graduação stricto sensu,
modalidade Mestrado Profissional, destina-se a graduados que desejem aprofundar
sua formação nos assuntos específicos de sua profissão e acompanhar a evolução
dos conhecimentos em sua área de atuação. Esse Mestrado têm as características
de um Curso de Mestrado stricto sensu,
desenvolvido sob a supervisão de um coordenador e compreende um conjunto de
atividades sequenciais programadas que tem como foco o tratamento inovador de
questões relacionadas às necessidades e demandas da sociedade. Obedece aos
mesmos critérios de funcionamento e estrutura do Mestrado de natureza Acadêmica,
quando da implantação e criação da primeira turma. Tem duração de, no mínimo, 12 meses e, no
máximo, 24 meses, incluindo a defesa de dissertação ou trabalho final que
demonstre domínio do objeto de estudo e excluindo-se o período de eventual
trancamento. O corpo docente deve ser integrado por, no mínimo, 70% de docentes
da UEM, portadores do título de doutor e, no máximo, 30% de profissionais
portadores do título de doutor ou de mestre com qualificação e experiência
inquestionáveis em campo pertinente ao da proposta do curso. Para a orientação
das dissertações deve ser exigido o grau de Doutor, com validade nacional. Os
objetivos desse Mestrado devem atender às necessidades sociais explícitas na
formação profissional avançada. O conteúdo programático do curso deve
contemplar atividades relacionadas ao exercício profissional e estar em
conformidade com o perfil pretendido para o ingressante. A coordenação do
curso, ao término do prazo de conclusão de cada turma, deve encaminhar ao Conselho
de Administração e aos demais órgãos federais relatório contendo o descritivo
de seu funcionamento e avaliação.
Para criação do Curso de Mestrado Profissional, são
observados os seguintes procedimentos: o projeto pedagógico é elaborado pelo
proponente, que deve
ser aprovado pelo Conselho Universitário, mediante parecer do Conselho Interdepartamental, do Conselho de
Administração e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. O
projeto pedagógico do Mestrado Profissional deve conter os mesmos itens do
Mestrado Acadêmico. O regulamento do Mestrado Profissionalizante também deve
seguir, no mínimo, além dos dispositivos que lhe forem peculiares, os mesmos
itens do Mestrado Acadêmico.
A UEM pode oferecer Cursos de Pós-Graduação
Lato Sensu nas modalidades
Especialização Presencial e a Distância e Residência Médica para portadores de
diploma de curso superior.
Os cursos de especialização são
caracterizados por um conjunto de componentes curriculares e por um trabalho
individual de conclusão, tendo como finalidade a ampliação vertical do
conhecimento em determinada área.
Os cursos a serem oferecidos nas
modalidades Residência Médica e Especialização a Distância devem obedecer a
normas específicas.
A titulação mínima exigida dos
docentes ministrantes, dos orientadores e membros de comissões julgadoras do
trabalho de conclusão e do coordenador do curso é a de mestre, devendo a mesma
ser obtida em programa de pós-graduação stricto
sensu reconhecido por órgão federal pertinente.
O
trabalho de conclusão, elaborado individualmente nas modalidades de monografia
e/ou de artigo científico, deve versar sobre tema ou assunto relacionado aos
conteúdos ministrados no curso.
PESQUISA
A UEM tem demonstrado, desde a sua fundação, grande interesse
na construção do conhecimento acadêmico e científico. Dessa forma, tem
utilizado diferentes recursos e metodologias destacando-se, dentre elas, a
capacitação docente e o incremento da pesquisa. A pesquisa deve buscar a investigação de novas teorias,
técnicas e tecnologias que venham melhorar a economia, a qualidade de vida e a
produção científica no País. Para tanto, deve integrar os seus recursos e ações
em nível de graduação e de pós-graduação. A pesquisa deve ser utilizada para organizar, articular e
disseminar os saberes por meio do ensino e da extensão, para formar cidadãos,
profissionais e lideranças para a sociedade. Para realizar as ações de pesquisa,
a UEM conta com 90% de
seu corpo docente composto por doutores
ou mestres dos quais 76,5% estão em regime de dedicação exclusiva. Além disso,
conta com uma grande diversidade de linhas de pesquisas desenvolvidas principalmente pelos
programas de pós-graduação. A UEM possui parcerias e tem captado recursos junto aos diversos órgãos de
fomento e instituições da iniciativa privada, seja para o apoio à pesquisa
básica como à pesqusia aplicada ao desenvolvimento, devendo esta estratégia ser
continuada. A iniciação científica também é valorizada e apoiada pela
Instituição, por meio dos Programas PIBIC, financiado por CNPq/UEM/FUNDAÇÃO
ARAUCÁRIA/IC-BALCÃO/PIBITI e PIC. Outro importante estimulo é o Complexo de
Centrais de Apoio à Pesquisa, financiado pelo MCT/FINEP/CT-INFRA, que
oferece infraestrutura de pesquisa em
laboratórios de uso comum. A UEM pretende se tornar um centro produtivo
relevante, não apenas de trabalhos científicos ou mesmo de patentes, mas também
de matérias primas e de serviços especializados para a comunidade
científica. Do ponto de vista acadêmico,
expressivo impacto deve ser observado na formação de alunos de graduação e de pós-graduação
de alto nível, decorrente da estrutura instrumental da UEM; na nucleação de
grupos de pesquisas e criação de novos programas de pós-graduação na UEM; no
incremento da produção científica envolvendo a publicação de trabalhos de pesquisa
em revista de circulação internacional e geração de novos produtos, processos e
patentes.
EXTENSÃO
A Extensão Universitária tem sua sustentação legal na Constituição Federal (Artigo 207), na LDB (Lei 9.394 de 1996) e no Plano Nacional de Educação. O Capítulo 4, Artigo 43 da LDB determina que a promoção da extensão seja “aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e pesquisa científica geradas na instituição”. Uma Extensão aberta à pluralidade e diversidade cultural, étnica e religiosa, ouvindo todas as vozes e incorporando todas as diferenças.
O Fórum de Pró-Reitores das Universidades Públicas Brasileiras (FORPROEX), que articula a política extensionista define Extensão como “um processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade”.
Nos últimos anos, a Extensão Universitária se fortaleceu e ampliou o debate sobre a importância de capacitar cidadãos comprometidos ética e socialmente, com o desenvolvimento econômico e social do País.
Os projetos e programas de Extensão Universitária conduzidos por várias universidades públicas e particulares trazem a marca da inclusão social, sendo geradoras de conhecimentos importantes para a formulação de políticas públicas e promotoras de significativa interação entre as universidades e seu entorno local e regional. Isto possibilita que a atividade de extensão ganhe a expressão de importância institucional que a caracteriza, bem como o reconhecimento de suas ações junto às comunidades.
O processo de fortalecimento da Extensão atribui à instituição universitária de qualidade a missão inadiável de atuar juntamente com o Estado na formulação e execução de políticas públicas que levem a um processo de transformação de nossa realidade socioeconômica, cultural e ambiental, no sentido de torná-la mais justa, equilibrada e sustentável.
A contribuição da Extensão na criação e formatação de programas de governo é fundamental para que possam ter legitimidade e qualidade junto à população, firmando-se assim como política pública.
Por meio da extensão, estabelece-se o compromisso social das universidades de tornar o desenvolvimento sustentável do entorno local e regional uma meta a ser alcançada pelas universidades e, sobretudo pela Extensão.
A Extensão é articuladora entre o ensino e a pesquisa e se fazem necessários esforços no sentido de institucionalizar e potencializar junto às pró-reitorias de extensão projetos que resgatem a cidadania, a solidariedade e o comprometimento social, fortalecendo a difusão da Extensão Universitária na comunidade interna e nas comunidades regionais.
A Extensão deve ser entendida como geradora de conhecimentos e saberes, a partir do diálogo e da interação da universidade com as comunidades, por meio de princípios que devem nortear a formação de cidadãos críticos dentro da universidade e fora dela, conscientes do contexto social que estão inseridos, amadurecendo, nesse processo, maior humanismo e cuidado com a vida.
Trabalhar de forma integrada, com as oito áreas temáticas da Extensão Universitária (comunicação, cultura, meio ambiente, tecnologia e produção, direitos humanos e justiça, educação, saúde e trabalho) é fundamental para que se possa sistematizar melhor os dados e as informações, acompanhar e avaliar as atividades extensionistas, bem como a obtenção de recursos via editais em órgãos nacionais e internacionais.
CULTURA
A UEM, atualmente, possui em seu
organograma a Diretoria de Cultura, que é ligada à Pró-Reitoria de Extensão e
Cultura. Em função de tal fato, pode-se afirmar que as atividades deste órgão
têm uma ligação direta com as atividades extensionistas da universidade.
Devemos ressaltar que há outros setores na Instituição que também fazem
produção no campo da cultura.
Dentre as atribuições da Diretoria
de Cultura, podem-se destacar a oferta de cursos nas áreas de artes musicais,
cênicas e visuais; a promoção de eventos, comemorações, festividades e
apresentações de natureza artístico-cultural; promoção do intercâmbio com
instituições de ensino de 1º, 2º e 3º graus, embaixadas e entidades culturais
regionais, nacionais e estrangeiras; o apoio à criação e desenvolvimento de
grupos e conjuntos envolvidos em atividades artístico-culturais; colaboração
com os demais órgãos da Instituição na promoção de eventos culturais; co-produção,
co-promoção de atividades artísticos culturais.
As atividades desenvolvidas no
âmbito da Diretoria de Cultura seguem as diretrizes estabelecidas pelo Fórum de
Política e Extensão e Cultura, que se reúne periodicamente para discutir,
avaliar e propor as políticas de extensão e cultura na universidade. Como a
Diretoria de Cultura está vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura,
inúmeras atividades artístico-culturais desenvolvidas em seu âmbito seguem as
finalidades maiores da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura que, entre outras,
tem a finalidade de planejar, supervisionar e coordenar as atividades de
extensão e executar a política extensionista e cultural na universidade.
Para um melhor desenvolvimento de
suas atividades artístico-culturais, a Diretoria de Cultura conta com duas
divisões. À Divisão de Artes Musicais compete oferecer cursos técnicos
de música, bem como outros cursos livres na área da música; estabelecer
diretrizes e organização do curso técnico de música, em consonância com a
Secretaria de Estado de Educação. À Divisão de Artes Cênicas e Visuais
compete oferecer cursos técnicos ou livres na área de teatro, da dança e das
artes visuais; estabelecer contatos com a comunidade universitária com a
finalidade de promover atividades artístico-culturais.
Embora as atividades culturais no
interior da universidade sejam desenvolvidas pelos mais diversos setores, a
Diretoria de Cultura conta com seus próprios grupos artísticos. Atualmente são
em torno de sete, tal qual descritos a seguir.
Coral Universitário
Possui um repertório eclético,
centrado principalmente na Música Popular Brasileira, mas dedica-se também a
outros estilos musicais como marchinhas carnavalescas e músicas indígenas. Tem
por objetivo levar à comunidade interna e externa a boa música brasileira.
Grupo Apis
A pesquisa em artes visuais tem como
objetivo uma base para a formação de novos artistas que desenvolvam uma
linguagem própria, rica e variada. Tem como pressuposto a percepção visual e
táctil, por meio da incorporação do espaço diretamente nas próprias formas
elementares, apresentadas na forma de pinturas realizadas pelos seus
integrantes.
Grupo Oficina de Dança
Surgiu da necessidade de desenvolver
atividade de dança com a comunidade infanto-juvenil, filhos de servidores da
Universidade. O grupo age como fomentador de um processo revitalizador de
nossas tradições e cultura. Realiza pesquisa na área da dança e faz montagens
de espetáculos artístico-culturais de dança folclórica e de música popular
brasileira.
Grupo Parafolclórico Fogança
Tem como objetivo a coleta, pesquisa
e reprodução de manifestações folclóricas e populares das danças brasileiras e
sua socialização com a comunidade, enquanto manifestação artística. Com este
trabalho, o Grupo Fogança tem participado de encontros nacionais, como
festivais de danças, encontros culturais e científicos. Mostrou suas atividades
também no exterior, em países como a França, Espanha, Portugal, Bolívia e Peru.
Gravou também Cds, tais como Macumba, Fandango do Paraná, Cirandando pelo
Brasil. Na realidade, trabalha no sentido de buscar as raízes e respeitar as
legítimas manifestações da cultura brasileira. Oferece cursos de dança popular.
Grupo Tap
Tem atendido crianças e adolescentes
da comunidade local. Por intermédio da dança do sapateado faz montagens
artístico-culturais, mostrando os diferentes tipos das artes musicais. Procura
também formar sapateadores profissionais que conciliem a produção cultural com
a geração de renda. Oferece cursos nas artes visuais.
Grupo Terra
Produz trabalhos com argila, pintura
em porcelana, modelagem e esmaltação
Teatro Universitário de Maringá (TUM)
Foi criado em 1987, juntamente com o
espaço Oficina de Teatro UEM. Tem
como objetivo fazer investigação teatral e montagem de espetáculos
artístico-culturais. Para suprir a
demanda do grupo e oferecer à comunidade acadêmica e geral a oportunidade de
realizar uma experiência com a iniciação teatral, paralelamente foi criada a Oficina de Iniciação ao Teatro, que
recebe qualquer interessado acima de 16 anos. O TUM vem trabalhando para fazer um teatro que implique uma
experiência necessária e consequente, uma atividade social essencial a toda a
comunidade. Para esse fim, realiza, há duas décadas, montagens que já mereceram
o reconhecimento nacional em eventos conceituados na área teatral, bem como de
críticas especializadas.
Oficina de Teatro UEM
Foi o primeiro espaço teatral da
cidade equipado com todas as necessidades técnicas de uma casa de espetáculos
teatrais. Por esse motivo, também recebe espetáculos artísticos de todas as
áreas (teatro, dança e música), e eventos como mostras, temporadas de festivais,
noites culturais, saraus.
Médicos da Graça
É um projeto realizado pela
Diretoria de Cultura e Departamento de Enfermagem, que tem como objetivo
humanizar as relações de tratamento entre paciente e profissionais da saúde,
por meio das intervenções dos clowns, ou seja, palhaços nos hospitais brincando
de médico e enfermeiro. Anualmente, o projeto oferece uma oficina de preparação
de clowns. Em seguida, é realizada uma seleção de alunos da graduação e
interessados maiores de 18 anos, para que possam se integrar ao projeto
“Médicos da Graça” a fim de realizarem visitas semanais nos hospitais.
Grupo Abaecatu
Formado por funcionários da
universidade e tem por objetivo trabalhar a questão da cidadania por meio da
música e da poesia. Além disso, tem procurado desenvolver atividades voltadas
para a questão ambiental.
Temporada
Universitária
É um evento criado pelo TUM em
conjunto com a Diretoria de Cultura que tem como objetivo fomentar a política
de ação cultural na universidade e na cidade. Os atores do TUM fazem todo o
trabalho de produção do evento, ou seja,
agendamento de grupos, divulgação das apresentaçãoes por meio de
atividadades como colar cartazes, distribuir panfletos, visitar colégios e
salas de aula da universidade, envio de release para imprensa, recebimento dos
grupos, auxílio na montagem da cenografia e iluminação, bilheteria, serviços de
portaria, fechamento de borderôs e contabilidade dos grupos. Além de ser um
ótimo processo de estágio para futuros profissionais do teatro, o evento tem a
importante função de criar platéia por meio de uma temporada fiel, com
espetáculos de qualidade, na qual o espectador pode escolher com muita
antecedência o espetáculo que quer assistir a um preço acessível ao aluno e à comunidade
em geral.
Semana de Artes da UEM
O evento foi criado em
1994 e tem como objetivo estimular a reflexão e o debate sobre o fazer
artístico na comunidade acadêmica. Por meio de uma programação riquíssima e
variada, o evento proporciona diversidade e oportunidade de reciclagem dos
artistas envolvidos nos grupos da Diretoria de Cultura, bem como dos artistas
da comunidade
Tem Quinta que Tem
Este projeto da Diretoria de Cultura e Divisão de Artes
Plásticas de Cênicas tem como objetivo estimular a criação artística e a
prática da função cotidiana dos artistas e a exposição
Caminhada Cultural
Trata-se de ação desenvolvida pela
Diretoria de Cultura e Diretoria de Ensino que tem como propósito levar
informações importantes aos alunos que estão ingressando na graduação sobre os
cursos e oficinas de artes que a universidade oferece, e as possibilidades de
participarem de ações culturais por meio dos grupos da Diretoria de Cultura.
Geralmente é realizada na primeira semana de aula e os alunos visitam a Casa da
Dança, o Ateliê de Artes, o Coral e o Teatro. Eles ouvem explicações sobre o
funcionamento dos cursos, oficinas e grupos e de como podem participar das
atividades artísticas oferecidas na Diretoria de Cultura.
RECURSOS HUMANOS
A Pró-Reitoria de Recursos Humanos e
Assuntos Comunitários / Diretoria de Recursos Humanos / Divisão de Treinamento
e Desenvolvimento, acreditando na importância das políticas públicas voltadas à
formação, à capacitação e à qualificação dos servidores públicos, incentiva e
apóia os agentes universitários em suas iniciativas de capacitação voltadas
para ao desenvolvimento das competências institucionais e individuais, seja na
área comportamental, técnica e gerencial, assegurando o acesso destes
servidores a eventos de capacitação interna ou externa, presenciais ou a
distância, estimulando a participação do servidor em ações de educação
continuada, entendida como a oferta regular de cursos para o aprimoramento
profissional ao longo de sua vida funcional.
O atual Plano de Carreira, Cargos e
Salários da Carreira Técnica Universitária, regulamentado pela Lei Estadual nº
15.050 de 12/4/2006, assegura a valorização dos servidores comprometidos com
sua capacitação profissional, seja por meio de cursos de curta duração, cursos
de longa duração, como também os de graduação e de pós-graduação.
Os servidores interessados em
ampliarem seus conhecimentos por meio dos cursos de pós-graduação são
beneficiados da seguinte forma:
Ø Resolução nº 295/1997-CAD -
Regulamenta o afastamento do servidor técnico-administrativo para cursar
pós-graduação lato sensu em nível de
aperfeiçoamento ou especialização.
Ø Resolução nº 296/1997-CAD -
Regulamenta normas para isenção ou abatimento de mensalidades nos cursos de
pós-graduação lato sensu oferecidos
pela Instituição a servidores da UEM.
Ø Resolução nº 579/2004-CAD -
Estabelece normas para isenção de taxa de inscrição nos cursos de pós-graduação
stricto sensu oferecidos pela Instituição
a servidores da UEM.
No que diz respeito ao corpo
docente, com a estratégica política de capacitação docente implementada pela
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, a UEM forma recursos humanos
qualificados em todas as áreas de atuação da universidade, de forma a garantir
um processo de melhoria no desempenho institucional. A universidade possui 1.235
professores efetivos, sendo deste total 38 graduados, 50 especialistas, 333
mestres e 814 doutores. A titulação obtida proporcionou aos recém-doutores,
atualmente
Complementando as informações acima,
cabe dizer que no momento, a instituição conta com 59 docentes afastados para Doutorado nas
diversas IES do País, 2 afastados para Mestrado e 27 realizando estágio Pós-Doutoral,
sendo que 12 em Instituições no exterior (Alemanha, Canadá, Espanha, Estados
Unidos e Itália).
Ø
Como política institucional, a UEM busca estimular e apoiar a capacitação
de servidores da UEM, com objetivo de capacitar na totalidade os professores e servidores
ligados aos departamentos que ofertam ou pretendem ofertar cursos de pós-graduação
stricto sensu.
PLANEJAMENTO
O Planejamento Estratégico ainda é uma prática nova mas, ao
mesmo tempo, um sonho antigo na Instituição. O primeiro relato sobre a
implantação de um Planejamento Estratégico data do final da década de 1970.
Depois disso, inúmeras tentativas foram iniciadas, porém não concretizadas.
No final de 2004, por iniciativa da
Assessoria de Planejamento (ASP), deu-se
inicio à elaboração de um Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
o qual contou com a colaboração da comunidade universitária em seu processo de
construção e aperfeiçoamento.
A partir da definição da Missão e da
Visão de Futuro pelo Conselho Universitário (COU) e do trabalho de todos,
publicou-se no, final do ano de 2005, o Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI) para o período de
Assim como o trabalho realizado pela
Comissão Permanente de Avaliação (CPA) e o Exame Nacional de Desempenho dos
Estudantes (ENADE), o Plano de Desenvolvimento Institucional é um dos
instrumentos fundamentais para subsidiar a condução administrativa e acadêmica
da Iinstituição.
Deste modo, a importância da
realização do processo de avaliação do PDI reside exatamente na necessidade de
acompanhar o desenvolvimento do complexo conjunto de ações que foram
estabelecidas pela comunidade universitária no intuito de que a UEM venha a
alcançar excelência no ensino, na pesquisa e na extensão, concretizando as
expectativas expressas em sua visão de futuro.
Não obstante, por tratar-se de um
documento dinâmico, sua avaliação também se faz necessária para adequá-lo às
mudanças que ocorreram nos cenários político, econômico e social.
Mais do que um documento, o PDI é a
demonstração do anseio coletivo apontando a direção em que a universidade deve
seguir, servindo como apoio para a tomada de decisão de seus gestores. O PDI,
elaborado para um período de cinco anos, é o documento que identifica a
Instituição, a sua filosofia de trabalho, a sua missão e os objetivos, metas e
ações que desenvolve e/ou que pretende desenvolver.
Este documento representa a
consolidação dos PDIs setoriais realizados na UEM que compõem o plano de cada
uma das unidades. As ações dos planos setoriais continuam válidas sob a
responsabilidade dos respectivos órgãos, desde que não entrem em contradição
com o proposto no plano institucional.
A proposta de elaborar um PDI com o
envolvimento da comunidade universitária é certamente tão importante quanto seu
resultado, pois representa uma oportunidade de buscar maior consenso na tomada
de decisões, de prever e de antecipar situações, de promover a prática de
pensar o futuro da universidade e de reforçar os valores e a identidade da UEM.
O PDI deve ser avaliado anualmente,
tanto interna, quanto externamente. A avaliação deve conter uma análise crítica
dos resultados e do envolvimento dos diversos segmentos da comunidade
universitária, bem como a discriminação das providências a serem tomadas para que
se possam sanar deficiências que venham a ser identificadas.
Espera-se, por meio deste
instrumento, contribuir para o aperfeiçoamento da UEM, especialmente em um
momento de demanda real e generalizada, a fim de que a insitutição possa
oferecer respostas competentes e eficazes às interrogações da sociedade.
NÚCLEOS E PROGRAMAS
A UEM desenvolve programas específicos de
apoio ao ensino, a pesquisa e a extensão, que visam ampliar o leque de
oportunidades disponíveis para ampliar o horizonte formativo dos alunos. Além
disso, a universidade objetiva criar melhores condições para os alunos que
apresentam dificuldades pessoais e/ou sociais para cursar uma universidade. São
eles:
Programa Interdisciplinar de Pesquisa e
Apoio à Excepcionalidade (PROPAE) - visa atender individualmente o aluno
portador de necessidade especial regularmente matriculado em curso de graduação
na UEM.
Programa Paranaense de Mobilidade Estudantil: trata-se de um
convênio interinstitucional que objetiva regular a relação de reciprocidade
entre instituições estaduais e federais de ensino superior no Paraná,
proporcionando aos alunos de graduação das referidas instituições mobilidade
entre as mesmas.
Pólo Institucional de Educação Permanente em
Saúde (PIEPS): este pólo age como um instrumento colegiado, consultivo e
deliberativo, para o planejamento, desenvolvimento,
acompanhamento/monitoramento e avaliação de ações pertinentes à formação,
capacitação e educação permanente para os cursos da área da saúde.
Programa de Inclusão e Permanência de
Estudantes Indígenas (PROINDI): tem por finalidade planejar, executar e
acompanhar a política de inclusão e permanência dos alunos indígenas na
universidade.
Programa Monitoria: visa oportunizar a melhoria do aprendizado dos alunos de graduação por
meio de atendimento individual e ou em grupo, nos componentes curriculares e
conteúdos com maior dificuldade de aprendizagem.
Programa Especial de Treinamento
(PET): em convênio
com o Ministério da Educação, objetiva complementar o conjunto qualitativo dos componentes
curriculares por meio de uma formação ampla e de qualidade acadêmica,
estimulando a fixação de valores que reforcem a cidadania e a consciência
social de todos os participantes e a melhoria dos cursos de graduação. A interdisciplinaridade
e a transdisciplinaridade são objetivos primordiais do programa, reforçando a
tríade universitária ensino, pesquisa e extensão. As ações de ensino, pesquisa
e extensão, sob a orientação de um professor tutor, visa oportunizar aos alunos
participantes a possibilidade de ampliar a gama de experiências em sua formação
acadêmica e cidadã.
Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde
(Pró-Saúde): em
convênio com o Ministério da Saúde e da Educação, este programa visa incentivar
transformações do processo de formação, geração de conhecimento e prestação de
serviços à comunidade, para abordagem integral do processo saúde-doença.
Programa de Formação Inicial (PROINÍCIO): vinculado a Pró-Reitoria de Ensino, tem como objetivo
propiciar ao aluno dos cursos de graduação conhecimentos básicos, nas áreas de
língua portuguesa, matemática, informática ou em outras que se fizerem
necessárias, indispensáveis ao bom desenvolvimento de seus estudos
universitários.
Programa de Bolsa-Ensino: tem por
finalidade incentivar a participação de alunos em projetos de ensino, sob a
coordenação de um professor integrante da carreira docente da UEM.
Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica (PIBIC): é promovido pelo CNPq, em parceria com a Fundação Araucária
e UEM a fim de estimular os pesquisadores a engajarem alunos de graduação
em projetos de pesquisa, estimulando, assim, o desenvolvimento do pensamento
científico e da criatividade decorrentes das condições criadas pelo confronto
direto com os problemas de pesquisa, qualificando quadros para os programas de
pós-graduação e aprimorando o processo formativo de profissionais para o setor
produtivo.
Programa Iniciação Científica (PIC-UEM): é promovido pela UEM, em moldes
semelhantes ao PIBIC, porém, sem a concessão de bolsas. Um dos objetivos do PIC
é estimular a pesquisa nos cursos de graduação, visando à formação geral do aluno
participante, conduzida pela reflexão e pela criatividade.
Iniciação Científica Júnior (ICJ): visa despertar vocação científica
e incentivar talentos potenciais entre alunos do Ensino Fundamental, Médio e de
Educação Profissional da Rede Pública, mediante a participação em projeto de
pesquisa, orientados por pesquisador qualificado.
Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação
Programa
de Bolsa de Incentivo à Arte: vinculado a Pró-Reitoria de Extensão, visa estimular a participação da comunidade em geral nos
grupos artísticos da Diretoria de Cultura.
Museu Dinâmico Interdisciplinar
(MUDI): promove a
integração entre a universidade e a comunidade por meio de ações científicas,
culturais e educativas. Em sua estrutura há vários ambientes: “anatomia humana
e animal normal e patológica”; “educação para a saúde”; “química para a vida”;
“reprodução de orquídeas e bromélias”; “experimentoteca e ludoteca de física”
e “inclusão digital”. Há, também, espaços para exposições temporárias de outras
instituições ou artistas.
Programa
de Assistência ao Egresso e ao Apenado (Pró
Egresso): programa realizado em convenio com a Secretaria Estadual da
Cidadania e da Justiça. Dentre seus objetivos está a promoção da assistência ao apenado, objetivando a prevenção à
criminalidade e não reincidência criminal por meio de formação profissional,
colocação empregatícia, transporte, habilitação, educação, atendimento
jurídico, psicológico, material e religioso, na forma do Capitulo II da Lei n.º
7.210/84.
Programa
Multidisciplinar de Estudos, Pesquisas e Defesa da Criança e do Adolescente (PCA): dentre os
seus objetivos está o de oferecer
suporte científico, acadêmico, técnico e jurídico aos trabalhos de
atuação com crianças e adolescentes, no que se refere ao ensino, pesquisa e
extensão.
Programa de Apoio à
Empresa Junior: visa
aproximar a comunidade acadêmica do meio empresarial, apoiando e incentivando
os alunos dos cursos de graduação a formarem associações civis sem fins lucrativos
e com fins educacionais formadas exclusivamente por alunos com o objetivo de
promover a melhor experiência de mercado dentro de um ambiente coorporativo de
cada profissão.
Programa Interdisciplinar de Estudos de
Populações: Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história (LAEE): Visa desenvolver e apoiar diversos projetos voltados
ao estudo das populações indígenas do Brasil meridional e áreas adjacentes, que
recobrem as regiões banhadas pela Bacia do Rio da Prata (atuais Mato Grosso do
Sul, Oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai,
Paraguai e províncias do Norte da Argentina).
Grupo de Estudos “A Linguagem e a
Construção do Ensino” (GELCE):
Constituir-se num espaço permanente de discussão multidisciplinar sobre questões
ligadas à linguagem, em suas variadas formas de manifestação, e ao ensino e a
formação de recursos humanos, que visa promover cursos, simpósios, seminários,
conferências, estudos e congêneres que visem à mediação entre teorias
relevantes para o ensino e problemas de ordem prática, colaborando com o desenvolvimento
dos cursos de pós-graduação e mantendo o
intercâmbio com outros órgãos e instituições públicas e privadas, nacionais e
estrangeiras, bem como pesquisadores, visando à troca de informações e de
conhecimentos gerados na área de atuação.
Grupo de Estudos Multidisciplinares do
Ambiente (GEMA): Visa fornecer apoio
para o planejamento ambiental de municípios do norte e noroeste paranaense, bem
como desenvolver de monitoramento ambiental de regiões urbanas, rios e lagos.
Observatório das Metrópoles: é um grupo
de pesquisa que trabalha na forma de uma rede nacional e reune pesquisadores de
instituições dos mais variados campos, como por exemplo, os: universitário,
governamental e não-governamental, visando a pesquisa e a divulgação de
informações para dar suporte a soluções dos problemas, auxilar no planejamento
urbano das metrópoles e fomentar o debate sobre políticas públicas.
Programa de Estudos e Pesquisas
Programa de Pesquisa e Estudos do
Espaço Urbano (PEPEU): Visa fomentar
reflexões multidisciplinares que versam sobre temas relacionados à cultura
urbana, mais especificamente aos aspectos pertinentes às representações elaboradas
sobre as cidades modernas, por meio da promoção de cursos, seminários,
congressos e outros eventos científicos voltados à área de concentração dos
estudos e das pesquisas, favorecendo a articulação e a sistematização de
atividades relacionadas ao espaço urbano.
Programa de Educação de Jovens e
Adultos (PROEJA): visa proporcionar
aos jovens e adultos uma educação adequada às suas necessidades e às de uma
sociedade grafocêntrica (a leitura e a escrita são requisitos essenciais) e
funcionar como campo de estágio para alunos dos cursos de Pedagogia,
Matemática, Biologia, Letras (Português e Inglês), Geografia, História, Física
e Química, que atuam como regentes nas salas de aula.
Programa de Informática Aplicada à
Educação (PIAE): visa apresentar um
histórico sobre como as instituições de ensino superior vem inserindo-se nos
estudos sobre a formação de professores na inserção das tecnologias da
informação e comunicação na educação, analisando os aspectos do desenvolvimento
da informática aplicada à educação no Brasil fundamentando-se em aspectos da
educação para os tempos atuais, Buscando-se a compreensão de um paradigma
educacional que possibilite uma nova visão de educação e de implementação das
tecnologias, principalmente, sobre o uso do computador como ferramenta
educacional.
Programa Núcleo de Estudos Interdisciplinares
Afro-Brasileiros (NEIAB): formado por um grupo interdisciplinar de
estudos, pesquisas e de intervenção política que visa refletir, discutir e
analisar os mais diferentes temas relacionados à questão racial no Brasil, promovendo
e estimulando estudos sobre a questão racial e as relações raciais e sobre a
história e cultura afro-brasileiras, bem como sobre as relações raciais na
universidade, de modo a auxiliar na criação de políticas públicas
institucionais e interinstitucionais para a integração dos negros na
universidade e na sociedade, por meio de ações afirmativas e, com isso pretende
contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população negra.
Programa de Ações em Saúde e Sociedade
(PROASS): visa integrar e fomentar
as ações sociais voltadas à promoção de intervenção em saúde, cultura, clima
organizacional, ações educativas e apoio psicossocial para o desenvolvimento
humano da comunidade universitária.
Programa de Laboratório em Design e
Moda (LDM): visa desenvolver e
executar materiais promocionais, logomarcas e produtos como agendas,
calendários, placas comemorativas e uniformes, o laboratório também receberá
alunos para estágios extracurriculares e de conclusão de curso.
Núcleo Pluridisciplinar de Pesquisa e
Estudos da Cadeia Produtiva do Leite (NUPEL): visa desenvolver pesquisas e estudos referentes aos
aspectos da cadeia produtiva do leite e contribuir para melhor compreensão,
direcionamento e tomada de decisões quanto aos aspectos sócio-econômicos e
ambientais relacionados com a cadeia produtiva do leite como um todo, participando,
apoiando e incentivando o desenvolvimento de projetos de pesquisas na área e em
áreas afins; prestando assessoria, consultoria e desenvolvendo pesquisas em
instituições públicas e/ou privadas cujas áreas de atuação estejam relacionadas
com a cadeia produtiva do leite.
Núcleo de Pesquisas em Limnologia,
Ictiologia e Aquicultura (NUPÉLIA):
com o objetivo inicial de realizar um estudo sobre ecologia de populações de
peixes do reservatório de Itaipu, com suporte da Itaipu Binacional, visando
avaliar o impacto da construção da usina sobre a comunidade de peixes, bem como
subsidiar medidas mitigadoras e de manejo pesqueiro, atualmente visa o
desenvolvimento técnico e científico na área de desenvolvimento sustentável e a
formação de recursos humanos com uma visão sistêmica sobre a problemática
ambiental.
Programa de Proteção e Educação em
Unidade de Conservação e Áreas Especialmente Protegidas (PROEDUCON): visa apoiar atividades de pesquisa, ensino e
extensão, correspondentes ao planejamento ambiental e ações que garanta a
preservação da diversidade biológica.
Programa de Estatística Aplicada
(PROESTA): visa manter grupo(s)
permanente(s) de estudos e pesquisas em Estatística; estabelecer intercâmbios
com programas e/ou grupos de estudos e pesquisas afins; buscar celebração e
execução de convênios com instituições financiadoras de projetos e de fomento
de projetos; planejar e executar projetos de ensino, pesquisa e extensão em
Estatística; prestar consultoria e/ou assessoria a comunidade interna e
externa.
Grupo Interdisciplinar de Estudos
Pesquisa em Matemática (GIEPEM): Formar
pessoal qualificado em nível de Mestrado para atuação no sistema educacional,
visando, além da formação de recursos humanos, a criação de um espaço para a
discussão de referenciais para uma ciência que se constrói a partir de uma
mediação da sua pesquisa e de sua técnica com o espaço educacional.
Programa de Formação Continuada em
Matemática (PROFORMAT): visa
promover a formação de pessoal para o magistério superior, magistério do ensino
fundamental e médio e de profissionais com interesse em prosseguir estudos
acadêmicos de forma continuada, nas áreas de abrangência do programa; promover
atividades de aprimoramento profissional, tais como: cursos de especialização,
atualização ou extensão, grupo de estudos; seminários, projetos de pesquisa ou
extensão e produção de materiais didáticos, entre outras atividades que poderão
ser incorporadas; fomentar o intercâmbio com outras universidades que
desenvolvam estudos na área; propor convênios com instituições financeiras e de
fomento de projetos nesta área; divulgar os resultados dos cursos, estudos e
encontros, por meio de publicação regular.
Programa Liga do Trauma (PROLIGA): visa mobilizar a sociedade civil na prevenção do
trauma decorrente da violência urbana.
Programa Multidisciplinar de Estudos em
Prevenção e Assistência das Doenças Sexualmente Transmissíveis (UNIVERSIDAIDS):
visa desenvolver políticas para aumentar a capacidade de profissionais de saúde
para atender às DST/Aids; integrar Universidade/Serviço; descentralizar os
treinamentos para nível local; implementar a educação continuada em DST/Aids
nos serviços de saúde; implantar revisão e incorporação de conteúdos
atualizados sobre DST/Aids na graduação e pós-graduação; e implementar
sistemática de avaliação contínua de treinamento, incluindo avaliação de
impacto, a partir de projetos de pesquisa.
Programa de Estudos para o
Desenvolvimento do Esporte (PRÓ-ESPORTE): visa planejar e executar atividades relacionadas ao ensino e pesquisa
que promovam o desenvolvimento do esporte; dar suporte científico-pedagógico
aos projetos relacionados às atividades esportivas desenvolvidos em Maringá e
região, quando houver solicitação nesse sentido; estimular intercâmbios dentro
da UEM e com outras universidades e instituições que mantenham programas de
esporte; atuar na comunidade, utilizando estratégias que promovam o
desenvolvimento global dos indivíduos envolvidos com as atividades esportivas;
estimular e orientar a participação da família e outros contextos na promoção
da qualidade de vida dos indivíduos envolvidos com a atividade esportiva;
oferecer aos alunos da UEM um campo de desenvolvimento de aprendizagem e
realização de pesquisas;
Programa de Assistência ao Egresso e ao
Apenado (PRÓ-EGRESSO): visa prestar
assistência ao egresso e ao apenado através do serviço de acompanhamento
técnico, junto ao indivíduo que sofreu uma sanção penal e cumpre pena em regime
aberto, livramento, condicional, sursis, trabalho externo, liberdade vigiada,
prestação de serviços à comunidade e prisão albergue ou aquele que condenado
permanece nas cadeias públicas das Comarcas.
Programa de Incentivo à Arte e Cultura
(PROARTE): - visa fortalecer o
desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa, extensão e prestação de
serviços voltados às artes; integrar a comunidade universitária, bem como a
comunidade em geral, às atividades culturais, envolvendo-as em apresentações,
cursos, eventos; contribuir para o desenvolvimento de estudos e inovações
culturais que permitam incrementar a formação do profissional; promover
atendimento à comunidade não-escolar, valorizando a cultura, por meio de cursos
e eventos dirigidos à comunidade em geral; promover, através das artes, a inclusão
social; articular as atividades interdisciplinares envolvendo ciência, cultura
e arte; prestar assessoria, consultoria e/ou outros serviços relacionados às
finalidades do programa, a estabelecimentos de ensino, empresas e/ou outros
afins.
Programa de Desenvolvimento da Educação
(PDE): visa capacitar os professores
da rede pública, que atuam de 5ª à 8ª série do Ensino Fundamental e no Ensino
Médio, que estão no último nível da carreira. As turmas são organizadas pela
Secretaria Estadual de Educação e as IES oferecem cursos de formação geral com
ênfase em aspectos teórico-metodológicos da ação docente, além de cursos
específicos em cada área de atuação dos professores. Ao longo dos dois anos em
que participa do Programa, cada professor da rede é orientado por um professor
da IES, que o auxilia na elaboração de um plano de trabalho, na elaboração de
material didático, na intervenção na realidade escolar mediante o material
produzido e na elaboração do artigo final.
Programa de Qualidade de Vida e Cidadania
da Comunidade Universitária (PRÓ-VIDA):
visa manter um processo constante de elaboração e avaliação de diagnóstico das
relações organizacionais e interpessoais da UEM e promover pesquisas sobre
clima organizacional e satisfação no trabalho, realizando estudos, tomando
medidas preventivas relacionadas ao estresse ocupacional e desenvolvendo
atividades que propiciem condições adequadas de trabalho; realizar estudos e
ações preventivas e interventivas, além de realizar acompanhamento de
readaptação funcional e acompanhar sistematicamente os atestados médicos
encaminhados à PRH, mantendo atividades
de aconselhamento junto aos servidores da UEM visando à melhoria da qualidade
de vida da comunidade universitária.
Programa Integrado de Ação Social
(PROAÇÃO): visa integrar e fomentar
as ações sociais voltadas à promoção de intervenção em saúde, cultura, clima
organizacional, ações educativas e apoio psicossocial para o desenvolvimento
humano da comunidade universitária.
Núcleo de Inovações Tecnológicas (NIT): visa apoiar e zelar pela manutenção da política
institucional de estímulo à proteção das criações, licenciamentos, inovações e
outras formas de tecnologia; apoiar a implementação da política de propriedade
intelectual da UEM; avaliar e classificar os resultados decorrentes de
atividades e projetos de pesquisa; avaliar a solicitação de inventor
independente para adoção de invenção; opinar pela conveniência e promover a
proteção dos pesquisadores públicos e das criações desenvolvidas na UEM; opinar
quanto à conveniência de divulgação das criações desenvolvidas na UEM,
passíveis de proteção intelectual; acompanhar o processamento dos pedidos e a
manutenção de títulos de propriedade intelectual da UEM; opinar sobre acordos e
contratos de parceria, de transferência de tecnologia, de licenciamento e de
prestação de serviços compatíveis com os objetivos dispostos na Lei nº
10.973/2004 e sobre a cessão de direitos da criação que for da sua
responsabilidade;estimular, gerir, organizar e fortalecer as ações de parceria
da UEM com empresas e entidades dos setores público e privado, integrando as
ações relacionadas ao conhecimento, à inovação e às pesquisas tecnológicas;
apoiar pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias no âmbito da UEM;
propor e apoiar a realização de eventos técnico-científicos; estimular a ação
conjunta da UEM com entidades públicas e privadas na área de formação
tecnológica de recursos humanos, nas suas diversas modalidades; compor e
gerenciar o fundo para a manutenção das atividades do NIT.
Programa de Identificação de Espécies
Arbóreas (PROIPA): visa identificar
e caracterizar as espécies arbóreas do Câmpus Universitário; padronizar as
placas de identificações das espécies arbóreas, estabelecendo identificações
devendo conter o nome científico, a família botânica, a origem da espécie, bem
como suas características peculiares; inventariar todas as espécies arbóreas do
câmpus; fornecer conteúdo técnico-científico para planos de manejo da
arborização do campus; garantir que nenhuma espécie arbórea no câmpus fique
anônima; proporcionar para a comunidade universitária e visitantes da
Instituição um maior conhecimento e interatividade com a grande diversidade de
espécies arbóreas existentes no Câmpus Universitário.
Programa de Pesquisa em Alfabetização e
Estudos Pedagógicos (PAP): visa
desenvolver pesquisas e estudos em alfabetização e outras questões pedagógicas,
voltadas para o aprimoramento do Ensino de Fundamental e Médio; incentivar o
aprimoramento e a capacitação de seus membros, oferecendo grupos de estudos,
cursos, eventos, consultorias, assessorias, acesso à textoteca, à biblioteca do
professor e à videoteca; apoiar e incentivar projetos de pesquisas na área e em
áreas afins, que complementem conhecimentos de questões identificadas como
necessárias ao desenvolvimento dos objetivos do programa; atuar na formação e
aprimoramento de recursos humanos por meio do oferecimento de estágios
curriculares supervisionado a profissionais da educação; prestar assessoria,
consultoria e/ou outros serviços pedagógicos a instituições e órgãos públicos
ou privados, contribuindo para o melhor desempenho de seus profissionais da
educação; divulgar os conhecimentos gerados pelo programa, de modo a torna-los
acessíveis à comunidade específica e à sociedade em geral.
Programa Interdisciplinar de Implantação do
Sistema de Arquivos da Universidade Estadual de Maringá (SAUEM): visa adotar princípios, diretrizes, normas e
métodos de organização e funcionamento dos arquivos da UEM; definir mecanismos
que imprimam racionalidade à recuperação de informações nas diferentes fases do
ciclo vital dos documentos; estabelecer política de preservação do patrimônio
arquivístico da UEM; promover intercâmbios com programas e grupos de estudos e
pesquisas afins; contribuir para os programas de cursos de graduação e de
pós-graduação, estimulando o uso dos documentos do arquivo, por parte dos
discentes; inteirar-se sobre as pesquisas em andamento e novos cursos a serem
ministrados, oferecendo apoio para pesquisas junto ao acervo custodiado.
Programa de Ginástica
Laboral/Compensatória & Qualidade de Vida (PGLAC): visa planejar e executar atividades relacionadas ao
ensino, pesquisa e extensão que promovam o desenvolvimento da Ginástica
Laboral/Compensatória & Qualidade de Vida; oferecer suporte
científico-pedagógico aos projetos relacionados às atividades de Gisnástica
Laboral/Compensatória, desenvolvidos em Maringá e região, quando houver
solicitação neste sentido; estimular intercâmbios na UEM e com outras
universidades e instituições que mantenham programas de Ginástica
Laboral/Compensatória e Ergonomia; atuar na comunidade local, assim como nos
diversos órgãos da UEM e também em empresas e indústrias regionais, utilizando
estratégias que promovam o desenvolvimento global da qualidade de vida para os
indivíduos, por meio da prática da Ginástica Laboral/Compensatória; estimular e
orientar a participação de todos os envolvidos com a Ginástica
Laboral/Compensatória; avaliar postos de trabalho e emitir laudos erganômicos,
quando solicitados; projetar e reprojetar utensílios e postos de trabalho
ergonomicamente adequados; oferecer aos alunos da UEM um campo de
desenvolvimento de aprendizagem e de iniciação à pesquisa, voltados para a
qualidade de vida.
Programa de Ensino, Pesquisa e
Desenvolvimento em Combustíveis da UEM (PROCOMBUSTÍVEIS): visa desenvolver, nortear e determinar as ações
necessárias para o cumprimento da legislação em combustíveis; analisar,
desenvolver e propor medidas tecnicamente corretas e seguras para o uso e
aplicação de combustíveis em geral; incentivar, articular e sistematizar as
atividades relacionadas ao setor de combustíveis, desenvolvidas no programa;
preparar recursos humanos para atuar na área de análise, gerenciamento e
desenvolvimento de combustíveis; integrar técnicos pós-graduados na captação de
recursos, por meio de prestação de serviços à comunidade externa, criando
cursos de aperfeiçoamento, treinamento e especialização; apoiar e incentivar
projetos de pesquisa na área e em áreas afins, que complementem conhecimento
sobre questões identificadas como importantes para o desenvolvimento dos
objetivos do programa; organizar eventos e debates com pesquisadores, para
traçar rumos e estabelecer alternativas viáveis a fim de expandir as atividades
relacionadas ao tema; intensificar parcerias com órgãos governamentais e
privados (ANP, ONGs, Ministério Público, prefeituras, empresas, entre outros);
prestar assessoria, consultoria em questões relacionadas a combustíveis; formar
banco de dados de propriedades e qualidade de combustíveis produzidos e
comercializados no país.
Programa Achei - Atenção ao Chagásico
com Educação Integral: visa a
melhoria do atendimento ao indivíduo que apresenta sorologia positiva para a
doença de Chagas. Foi implantado como um projeto de extensão, com caráter
multiprofissional/interdisciplinar. É dividido em duas partes: a primeira
parte é informativa específica, quando é também oferecido um folder explicando
transmissão, sintomatologia e tratamento da doença de Chagas. Na segunda parte
é trabalhado o apoio psicossocial, enfocando auto-estima e cidadania. É um
espaço onde pacientes chagásicos podem ter respondidas suas dúvidas,
expor suas ansiedades sobre a sua qualidade de vida após o diagnóstico, o medo,
a ansiedade, o estigma, o diagnóstico positivo e a convivência com a
família/grupo social criando a oportunidade e ambiente para que cada paciente
reflita sobre sua própria história e ações frente ao processo da doença.
Núcleo de Agroecologia e
Desenvolvimento Sustentável (ÉDEN):
visa manter grupo(s) de estudos e pesquisas em Agroecologia e Desenvolvimento
Rural Sustentado; planejar e executar projetos de ensino, pesquisa e extensão
na área anteriormente citada, de acordo com as normas vigentes; buscar
celebração e execução de convênios com órgãos financiadores de projetos; prestar
consultoria e/ou assessoria à comunidade interna e externa na área de
Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável; estabelecer fórum
interdisciplinar e multidisciplinar (transversal) envolvendo instituições de
ensino, pesquisa, extensão, organizações sociais, representantes da sociedade
civil organizada para discutir, planejar ações com vista ao desenvolvimento
regional sustentável.
Núcleo de Pesquisas Aplicadas á
Agricultura (NUPAGRI): visa realizar
pesquisas e estudos na área agrícola, voltadas às culturas predominantes na
região; atender às necessidades dos agricultores da região de Maringá, no que
se refere ao aprimoramento de suas atividades agrícolas; incentivar o
aprimoramento técnico-científico de seus membros, apoiando iniciativas de
estudos de pós-graduação e estágios de atualização, bem como a publicação de
trabalhos científicos.
Núcleo de Estudos e Defesa de Direitos
da Infância e da Juventude (NEDIJ): visa
intervir na defesa dos direitos individuais e coletivos da criança e do
adolescente; patrocinar a defesa de adolescente enquanto autor de ato
infracional; acompanhamento dos adolescentes infratores nas audiências junto à
Vara da Infância e Juventude; prestar atendimento gratuito ao público que
solicitar informações à sede do núcleo; promover a articulação das diversas
instituições que tratam dos direitos e da defesa da criança e do adolescente a
fim de encaminhar os casos que não são de nossa competência para os locais
adequados; auxiliar na formulação de políticas públicas por meio da
participação da equipe do NEDIJ nas reuniões do Conselho Municipal dos Direitos
da Criança e do Adolescente (CMDCA); atuar no estudo e na pesquisa dos temas
relacionados à criança e ao adolescente; realizar seminários e/ou outros
eventos para a discussão de temas relacionados à criança e ao adolescente;
atendimento psicológico ao público alvo do projeto, bem como às suas famílias,
quando se fizer necessário; elaborar pareceres e laudos, quando solicitados,
emitindo-os com base em entrevistas, anamnese e testes psicológicos; realizar
visitas domiciliares e intermitentes feitas em casos de guarda e/ou adoção.
Programa de Gerenciamento de Resíduos
Biológicos, Químicos e Radioativos (PRORESIDUOS): visa quantificar e qualificar os diversos resíduos
gerados na UEM (câmpus sede e extensões); desenvolver tecnologia para
passivação, reaproveitamento e descarte final de maneira ecologicamente sadia
aos diversos resíduos gerados; desenvolver, nortear e determinar as ações
necessárias para o cumprimento da legislação do meio ambiente; orientar,
fiscalizar e propor medidas tecnicamente corretas e seguras para o descarte de
resíduos em geral; proceder à segregação, tratamento, passivação dos resíduos
infectantes, químicos, radioativos, efluentes (atualmente estocados nos
diversos laboratórios e setores da UEM que perderam a rastreabilidade) e
encaminhar para aterro industrial os não recuperáveis.
Programa Escritório de Cooperação Internacional
(ECI): visa atuar nas relações
internacionais com várias instituições estrangeiras, por meio da cooperação
técnico-científica para o desenvolvimento de projetos conjuntos de ensino e
pesquisa; viabilização do acesso e o uso à infraestrutura disponível em ambas
as instituições; promoção do intercâmbio de pessoal docente, técnico e de
alunos, para atender a programas e projetos de interesse mútuo em busca do
atendimento das necessidades da comunidade. O ECI desenvolve atividades
exclusivamente para a Comunidade Universitária da UEM, tais como a
intermediação de contatos e documentação para o exterior; divulgação de eventos
internacionais e programas de intercâmbio para estágios, cursos de
pós-graduação, mobilidade acadêmica; negocia e gerencia todos os convênios
internacionais na UEM.
Núcleo de
Educação a Distância (NEAD): visa atuar como agente de inovação dos
processos de ensino-aprendizagem, fomentando a incorporação das Tecnologias de
Informação e Comunicação (TICs) e da educação a distância aos métodos
didático-pedagógicos das escolas públicas; formular, fomentar e implementar
políticas e programas de educação a distância (EAD), visando à universalização
e democratização do acesso à informação, ao conhecimento e à educação; fomentar
a pesquisa e a inovação em tecnologias educacionais, por meio de aplicações de
TICs aos processos didático-pedagógicos; desenvolver, produzir e disseminar
conteúdos, programas e ferramentas para a formação inicial e continuada a
distância; difundir o uso das TICs no ensino público, estimulando o domínio das
novas linguagens de informação e comunicação junto aos educadores e alunos das
escolas públicas; melhorar a qualidade da educação; propiciar uma educação
voltada para o progresso científico e tecnológico; preparar os alunos para o
exercício da cidadania, mediante ações de inclusão digital; valorizar os profissionais da educação.
Programa de
Auxilio Alimentação: Visa beneficiar
acadêmicos carentes com refeições gratuitas no RU-I, em troca de prestação de
serviços internos no horário de atendimento ao público.
Programa de
Prevenção e Tratamento do Dependente Químico (PROVENT): visa atender a comunidade universitária a fim de
prevenir e tratar a dependência de álcool e outras drogas. Além disso, é
oferecido assistência bio-psicossocial a todos servidores e alunos e família do
dependente, a fim de melhorar sua qualidade de vida pessoal e profissional.
Projeto de Readaptação Funcional: Visa o provimento de funcionário em cargo mais
compatível com a sua capacidade física ou intelectual e vocação.
Programa de Bolsa Formação Acadêmica: visa oferecer ao corpo discente da UEM a
possibilidade de aprendizado por meio da atuação em atividades práticas na área
administrativa e/ou técnica.
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO): visa a promoção e preservação da saúde do conjunto
dos seus trabalhadores. O PCMSO deve considerar as
questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores,
privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação
entre sua saúde e o trabalho. O PCMSO deve ter caráter de prevenção,
rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao
trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência
de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos
trabalhadores.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): visa à
caracterização, eliminação ou neutralização de todos os agentes (químicos,
físicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) com capacidade de gerar riscos
a envolvidos. Devem ser analisados todos os setores, quantificando-se,
registrando-se, e, determinado um cronograma de correção, específico por risco
ou agente detectado, onde metas são traçadas e devem ser cumpridas.
Educação Financeira
Sustentável: visa criar condições
teórico-prática aos servidores e familiares otimizando sua administração
financeira
Caracterização do Perfil dos Servidores da UEM: visa caracterizar a população de servidores da UEM, para
obter subsídios para implementação de políticas de recursos humanos na
Instituição.
O Trabalho e o Prazer Através da Cultura: visa proporcionar um melhor desenvolvimento no campo
profissional, sem distanciar do prazer pela vida, criando mecanismos de
motivação e auto-estima por meio de um processo artístico-cultural, por meio da
promoção de exposições das habilidades artísticas dos funcionários
participantes, proporcionar um novo olhar sobre a relação do trabalho e seus
beneficiados (funcionários, família e população atendida), de forma a
experimentar o trabalho como prazer.
Programa
CINUEM na UEM (CINUEM): foi criado institucionalmente em 2007, por meio da
Portaria 436/2007-GRE, com a finalidade de criar um espaço institucional para
promover diferentes atividades pedagógicas, por meio da linguagem
cinematográfica. Visa o fortalecimento das atividades pedagógicas de Ensino,
Pesquisa e Extensão dos diferentes centros que compõem o espaço universitário
da UEM. As atividades do CINUEM são semanais, aberta ao público, universitário
ou não, e inteiramente gratuito. Acompanham as sessões comentaristas ou
debatedores dos mais diferentes segmentos da comunidade interna e externa à
UEM, objetivando despertar, nos participantes, sensibilidades estéticas e
sociais para com os problemas contemporâneos.
Programa
Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente
(PCA): visa dar o suporte
científico, acadêmico, técnico e jurídico aos trabalhos de atuação com crianças
e adolescentes, no que se refere ao ensino, pesquisa e extensão; desenvolver
estudos, por meio de projetos multi e interdisciplinares, divulgando os
resultados em eventos universitários na mídia local e regional; atuar junto à
comunidade para viabilizar a proteção integral à criança, adolescente e
família; promover seminários, cursos e eventos para aprofundar a reflexão e
discussão sobre a temática infanto-juvenil; assessorar as instituições públicas
e privadas, bem como os conselhos municipais e tutelares, em diferentes áreas
tais como: político-jurídica, psicológica, social e educacional, entre outras;
articular trabalhos junto às organizações governamentais (secretarias
municipais) e não governamentais.
Programa Museu Dinâmico
Interdisciplinar (PROMUDI): visa
promover a integração entre a universidade e a comunidade, por meio de ações
científicas, culturais e educativas ampliando a divulgação e popularização
científica. Em sua estrutura há vários ambientes: “Anatomia humana e animal
normal e patológica”; “Educação para a saúde”; “Química para a vida”; “Reprodução
de Orquídeas e Bromélias”; “Experimentoteca e Ludoteca de Física” e “Inclusão
digital”.
Programa de Apoio ao Desenvolvimento
Regional (GDR); visa buscar a
interação e integração entre as diversas iniciativas existentes, públicas e
privadas, de forma a estabelecer mecanismos de cooperação técnico-científica e
administrativa para o desenvolvimento regional, bem como coordenar, incentivar
e desenvolver atividades que visem ao desenvolvimento regional, atuando como
agente de integração com outras instituições, públicas ou privadas, que
desenvolvam projetos de interesse comum e buscando, em articulação com os
órgãos competentes, formas de cooperação com instituições financiadoras e de
fomento regional.
Programa Núcleo Mercosul (PNM): visa desenvolver pesquisas e estudos
multidisciplinares sobre temas relacionados com o Mercosul; incentivar,
articular, sistematizar as atividades sobre o Mercosul que venham a ser
desenvolvidas no Centro de Ciências Sociais Aplicadas.
Preparação
para Atuação no Ensino de Matemática (PAEM): visa preparar alunos do curso de Licenciatura
em Matemática da UEM para atuação no ensino da matemática e prestar assessorias
a professores de matemática do Ensino Fundamental e Ensino Médio, bem como a
alunos desses graus de ensino, por meio de atividades extracurriculares como
Feiras de Ciências, Gincanas de Matemática e Implantação de Laboratórios de
Ensino de Matemática.
Programa de Estudos do Trabalho e
Educação (ESTE): visa desenvolver
pesquisas e estudos multidisciplinares, além de incentivar, articular e
sistematizar atividades relacionadas à área do Trabalho e Educação, promovendo cursos,
seminários, congressos e outros eventos científicos e estimulando e viabilizando
mecanismos editoriais para a publicação dos resultados dos estudos e pesquisas
em Trabalho e Educação.
Programa de Estudos, Pesquisas e
Avaliações Educacionais (PEPAE): desenvolver
pesquisas sobre questões educacionais voltadas a assuntos relevantes da
educação brasileira com vistas a subsidiar os gestores educacionais na
educação, monitoramento e avaliação de políticas educacionais.
Grupo de Estudos Sócio-Ambientais
(GESA): visa desenvolver pesquisas e
estudos referentes aos aspectos das interrelações entre o Ser Humano e seu
Ambiente, entendido, este, tanto como os conjuntos de fenômenos físicos, quanto
como a multiplicidade dos processos sociais e contribuir para uma melhor
compreensão dos processos sócio-ambientais e para um melhor direcionamento das
ações e decisões relativas àqueles processos.
Programa Multidisciplinar de Estudos e
Pesquisas sobre Trabalho e Movimentos Sociais (Núcleo Local da Unitrabalho -
Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho: tem por finalidade viabilizar um ambiente de
estudos e de pesquisas científicas voltados para o campo do trabalho e dos
movimentos sociais. O principal objetivo é a produção do conhecimento sobre o
passado e o presente desses temas, a partir de diversas abordagens propiciadas
pela Economia, História, Antropologia e Ciências Sociais.
CONCEPÇÕES DE
PROCESSOS
Projeto Pedagógico de Curso (PPC) / Currículo
A proposta de elaboração de um Projeto Pedagógico de Curso (PPC)
deve resultar do comprometimento coletivo, em que o conselho acadêmico de curso
tem um papel fundamental. Ele deve, sobretudo, dispor de uma fundamentação
teorica geral, que o oriente conceitualmente; apresentar a política de formação
do curso; explicitar as relações constituídas entre ensino, pesquisa, extensão
e cultura; reservar espaço para o estudo da formação geral humanística, pois,
“os homens são homens antes de serem advogados, médicos, comerciantes ou
fabricantes: e se os tornardes homens capazes e sensíveis, eles mesmos se
transformarão em advogados ou médicos capazes e sensíveis” (Stuar Mill, apud
SANTOS FILHO).
Para tal, é importante que nos preocupemos com as novas necessidades
educacionais e sociais, levando em consideração os princípios norteadores
estabelecidos no Projeto Político-Pedagógico Institucional. Isto pressupõe uma
mudança de postura institucional e uma nova forma de envolvimento da comunidade
universitária. A falta desse comprometimento tornaria o PPI letra morta.
Em consonância com o PPI e PDI, cada curso deve elaborar seu próprio
projeto pedagógico, tendo em vista as especificidades da respectiva área de
atuação à qual está relacionado. As políticas acadêmicas institucionais
contidas no PPI ganham materialidade no PPC. Este é a referência das ações e
decisões de um determinado curso em articulação com a especificidade da área de
conhecimento no contexto da respectiva evolução histórica do campo de saber.
Deste modo, define a identidade formativa nos âmbitos humano, científico e
profissional, as concepções pedagógicas e as orientações metodológicas e
estratégicas para o ensino e a aprendizagem e sua avaliação, o currículo e a
estrutura acadêmica do seu funcionamento.
Nesse documento de orientação acadêmica devem constar, dentre outros: o
histórico do curso; sua contextualização na realidade social, o que possibilita
articulá-lo às distintas demandas da sociedade; a aplicação das políticas
institucionais de ensino, de pesquisa, quando for o caso, e de extensão, bem
como todos os elementos das Diretrizes Curriculares Nacionais, assegurando a
expressão de sua identidade e inserção local e regional.
Como um importante elemento
constitutivo do PPC, o currículo deve ser concebido como espaço de formação
plural, dinâmico e multicultural, fundamentado nos referenciais
sócio-antropológicos, psicológicos, epistemológicos e pedagógicos em
consonância com o perfil do egresso.
Estes referenciais instituem o
currículo como um conjunto de elementos que integram os processos de ensinar e
de aprender num determinado tempo e contexto, garantindo a identidade do curso
e o respeito à diversidade regional. Deve ser construído coletivamente, tendo
como orientação básica as Diretrizes Curriculares Nacionais. O aperfeiçoamento
do currículo deve considerar, também, os resultados dos processos de avaliação.
Neste documento de orientação
acadêmica devem constar, dentre outros elementos: conhecimentos e saberes
necessários à formação das competências básica e complementar; estratégias de
ensino; docentes; recursos materiais, serviços administrativos, serviços de
laboratórios e infraestrutura de apoio ao pleno funcionamento do curso. (avaliação
externa de instituições de ensino superior - diretrizes e instrumento, CONAES,
2006)
Os PPCs devem nortear-se pelos
seguintes princípios:
a)
adequar-se às Diretrizes Curriculares Nacionais;
b)
garantir a indissociabilidade de ensino, de pesquisa e de extensão;
c)
garantir a formação global e crítica do cidadão como forma de capacitação
para o exercício da cidadania;
d)
Incentivar a flexibilização curricular, ou seja, incentivar
uma sólida formação geral, permitindo variados tipos de formação e habilitações
diferentes em um mesmo programa, superando o conceito do aprendizado linear,
cumulativo, isolado e solidificando a interdisciplinaridade, de modo a absorver transformações ocorridas nas
diferentes fronteiras das ciências;
e)
desenvolver e garantir a formação humanística e cultural, buscando o equilíbrio entre vocação
técnico-científica e vocação humanística;
f)
articular a interdisciplinaridade e a transciplinaridade;
g)
Oportunizar a integração multiprofissional;
h)
promover a articulação entre teoria e prática, oportunizando a
contextualização do profissional frente às necessidades da sociedade,
preparando-o para identificar problemas e propor soluções;
i)
estimular o desenvolvimento de inovações metodológicas impulsionando o
sujeito, em sua dimensão individual e social, a criar e a responder desafios, a
ser capaz de gerar conhecimentos e aperfeiçoar tecnologias;
j)
propiciar formação integral que possibilite a
compreensão das relações de trabalho, de alternativas sócio-políticas de
transformação da sociedade, de questões de fundo relacionadas ao meio ambiente
e à saúde, na perspectiva da construção de uma sociedade sustentável.
Em todos os cursos de graduação da UEM é facultada ao aluno a
possibilidade de participação no Programa de Mobilidade de Alunos de Graduação
entre Instituições de Ensino Superior Estrangeiras e a UEM, que tem como
objetivo promover o progresso e bem estar da coletividade, mediante a ampliação
dos meios para a conquista de melhorias nos âmbitos científico, tecnológico,
administrativo e cultural.
ENSINO E DE
APRENDIZAGEM
Segundo Masetto (2003), de modo geral, a docência
universitária colocou sua ênfase no processo de ensino e o que prevalece na
atuação docente no ensino superior é um processo no qual o professor “ensina”
aos alunos que “não sabem”, e estes reproduzem as informações recebidas nas
provas ou nos exames buscando aprovação. Quando o processo de ensino é
privilegiado, as idéias associativas nos levam a instruir, comunicar
conhecimentos ou habilidades, mostrar, guiar, orientar, dirigir. Com essas
ações o professor aparece como agente principal pelo ensino, como centro do
processo. Nessa visão o professor se pergunta: O que é importante ensinar? Como
ensinar? Como prefiro ensinar?
A metodologia quase sempre está centrada em transmissão ou comunicação
oral de temas ou assuntos, aulas expositivas, ou leituras de livros e artigos e
sua repetição para classe. Há predomínio de um programa a ser cumprido. A
avaliação é usada como investigação do que foi assimilado do curso. Por isso, “A organização curricular continua fechada e
estanque, as disciplinas são maximamente conteudísticas e só são oferecidas as
concernentes aos assuntos técnicos e profissionalizantes dos cursos, com pouca
abertura para outras áreas de conhecimento, quase nenhuma para a interdisciplinaridade
ou para temas transversais, pouco incentivo à investigação científica na
graduação” (MASETTO, 2003, p. 36).
O corpo docente é selecionado entre profissionais com Mestrado
e Doutorado, que os torne mais competentes na comunicação do conteúdo. No
entanto, deles não se pedem competências de um educador no que diz respeito à
área pedagógica e à perspectiva político-social. “A função continua sendo a do
professor que vem para ensinar aos que não sabem” (MASETTO,2203, p.37).
Quando a ênfase está no processo de
aprendizagem, o professor encaminha sua prática pedagógica para que o aluno
possa buscar informações, rever a própria experiência, adquirir habilidades,
adaptar-se às mudanças, descobrir significados, nos seres, nos fatos, nos
fenômenos e nos acontecimentos, modificar atitudes e comportamentos. As
atividades propostas são sempre centradas no aprendiz, em suas capacidades,
possibilidades, necessidades, oportunidades e condições para que aprenda como
agente principal que é responsável pela
sua aprendizagem. As perguntas que o professor se faz também são outras: O que
o aluno precisa aprender para se formar como profissional-cidadão? Qual a
metodologia e a técnica que beneficiarão sua aprendizagem? Qual a forma de
avaliação que o incentivará a aprender?
As consequências da docência
universitária certamente também serão diferentes quando a ênfase acontecer no
processo de aprendizagem, por isso Masetto (2003) o conceitua e o descreve
envolvendo quatro áreas: a do conhecimento, a do afetivo-emocional, a de
habilidades e a de atitudes ou valores. Transcrevemos parte do texto desse
autor, pois consideramos que poderá contribuir para a construção da prática
docente universitária enfatizando o processo de aprendizagem:
“A área cognitiva compreende ao aspecto mental e intelectual do homem: sua
capacidade de pensar, refletir, analisar, comparar, criticar, justificar,
argumentar, inferir conclusões ... São características do desenvolvimento na
área do conhecimento: a aquisição, elaboração e organização de informações,
acesso ao conhecimento existente, relação entre o conhecimento que se possui e
o novo que se adquire ...... Desenvolver um saber integrando os conhecimentos
de uma área específica com os de outras áreas, de forma interdisciplinar,
voltada para os compromissos sociais e comunitários.
Desenvolvimento da área
afetivo-emocional supõe crescente conhecimento de si mesmo, dos diferentes
recursos que se possui, dos limites existentes, das potencialidades a serem
otimizadas. ... abrir espaços para que sejam expressos e trabalhados aspectos
como atenção, respeito, cooperação, competitividade, solidariedade, segurança
pessoal.
Desenvolvimento na área de
habilidades humanas e profissionais abrange tudo o que fazemos com os
conhecimentos adquiridos. Alguns exemplos já estão contemplados no
desenvolvimento da área cognitiva. Mas há outros: aprender a se expressar e
comunicar-se com o outro colega, com o professor, com os profissionais da área,
com clientes futuros; trabalhar em equipe; comunicar-se com os colegas e com as
pessoas fora de seu ambiente universitário e presentes em seu ambiente
profissional. E o que dizer das habilidades próprias de cada profissão? Essas
deveriam ser procuradas nos debates e estudos hoje realizados em todas as
categorias profissionais que estão se esforçando por redefini-las.
Desenvolvimento de atitudes e valores. Aprendizagem de
atitudes e valores refere-se à necessidade de os cursos superiores se
preocuparem com que seus educandos valorizem o conhecimento, a atualização
contínua deste, a pesquisa, o estudo dos diversos aspectos que cercam um
problema, a cooperação, a solidariedade,
a criticidade, a criatividade, o trabalho
A ênfase no processo de aprendizagem
traz consequências na organização curricular com a valorização de um currículo
flexível, atualizado, aberto às diferentes áreas de conhecimento; na
contratação do corpo docente, pois a Instituição dará preferência ou investirá
na formação pedagógica de seus professores, o que lhes permitirá que conciliem
sua capacidade científica em determinada área com um profundo conhecimento
sobre o processo de aprendizagem, na relação professor-aluno, na organização
curricular e na condução pedagógica a ser desenvolvida em aula; na metodologia
de aula sempre participativa por parte do professor e dos alunos e que facilite
alcançar os objetivos propostos.
Após essas reflexões, é importante
salientar que a UEM valoriza a complementaridade dos processos de ensino e
aprendizagem, desde que a ênfase seja na aprendizagem significativa* do aluno,
e esta seja a preocupação básica do professor do ensino superior, pois a
docência existe para que a aprendizagem dos alunos possa acontecer.
* Aprendizagem significativa: é aquela que envolve o aluno
como pessoa, como um todo: idéia, sentimentos, cultura, valores, sociedade,
profissão. Ela se dá quando o que se propõe para aprender se relaciona com o
universo de conhecimento, experiências, e vivências do aprendiz, permite
formulação de perguntas e questões que de algum modo o interessem e o envolvam
ou lhe digam respeito, lhe permite entrar em confronto experimental com problemas
práticos de natureza social, ética, profissional que lhe são relevantes;
permite e ajuda a transferir o aprendizado na universidade para outras
instâncias da vida; suscita modificações no comportamento e até mesmo na
responsabilidade do aprendiz.
AVALIAÇÃO DE ENSINO
A avaliação no ensino superior é uma
área de trabalho acadêmico de pouco reconhecimento e baixa produção. Embora
todos os professores e alunos estejam submetidos à ação da avaliação em seu
trabalho, poucos dentre eles se dispõem a refletir, a analisar, a estudar e se
preparar de maneira específica para enfrentar os problemas envolvidos na
avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem. O processo de avaliação
deve ser aliado ao processo de aprendizagem. Encontramos tal afirmação em
vários autores (Masetto, 2003; Luckesi, 1995; Lüdke, 1984, 1997; Saul, 1988;
Hoffmann, 1996).
Lüdke e Salles (1997) oferecem uma
visão geral dos problemas envolvidos na avaliação dos processos de ensino e
aprendizagem nas instituições de educação superior que podem nos oferecer boas
contribuições para a prática da função de avaliar o desempenho discente.
Trata-se de estudo realizado na Universidade Federal Fluminense, dentro do Curso
de Nutrição, tomando como informações básicas as opiniões e impressões de seus
atores principais: alunos e professores. O estudo ofereceu oportunidade de
contato com uma variedade de problemas de avaliação que ocorrem, por certo, em
outros cursos e em outras instituições. Nossa expectativa ao citá-lo no PPI é
de que ele possa servir de apoio e estímulo para a discussão e a reflexão de
professores sobre as questões específicas envolvidas pela avaliação em seus
próprios cursos.
A totalidade dos alunos e a maioria dos professores
apresentam um conceito de avaliação mais tradicional, ligado às idéias de
mensuração e classificação, com ênfase na prova como instrumento fundamental de
avaliação de aprendizagem.
Do entendimento sobre avaliação, compartilhados por professores e alunos
decorrem alguns pontos críticos:
a)
a competitividade: incentivada por alguns professores;
b)
a ênfase na memorização dos conteúdos: a preocupação em decorar, memorizar
o conteúdo de cadernos é uma constante entre os alunos. Dentro desse contexto,
o aluno acaba decorando os conteúdos de disciplinas que valoriza menos para ter
tempo de estudar as matérias “importantes”, ou seja, aplicação prática mais
imediata. “Essas referências fazem supor que os mecanismos de estudar, de entender
a matéria para em consequência aplicá-la, refletir sobre ela, criticar,
produzir novos conhecimentos, foram esquecidos pelos alunos ou são subestimados
por eles” (p. 174);
c)
a desvalorização de mecanismos de avaliação diferente de provas como, por
exemplo, os seminários por parte dos alunos;
d)
a preocupação com questões de menor importância desconsiderando-se os
mínimos necessários correspondentes aos “dados relevantes da realidade”. Na
concepção de Luckesi (1986), “nem sempre o que é cobrado é ‘válido’,
entendendo-se como válido o conteúdo cuja possibilidade de aplicação imediata é
clara, ou seja, aquele conteúdo que é pré-requisito para o entendimento das
disciplinas, o que será cobrado nos estágios curriculares supervisionados ou o
que, na prática, é evidentemente útil” (p. 175).
Analisando os depoimentos dos
entrevistados, alunos e professores, especificamente sobre provas e testes,
Lüdke e Salles (1997) verificaram que eles são vistos pelos professores
basicamente de dois modos:
a)
como parte de um processo de avaliação que continuará pelo longo da vida.
Para esses professores, as provas são mais dissertativas, incluindo situações
de vida e problemas para resolver. Às vezes são até feitas com consulta ou em
grupos;.
b)
em uma perspectiva mais tradicional, prova e testes são vistos como
simples instrumentos para verificar a quantidade e qualidade de conhecimentos
adquiridos no curso.
Para Lüdke e Salles (1997,
p.176-177)) “embora os alunos aceitem bem as provas, reagem negativamente a
provas longas ou àquelas aplicadas por um professor cuja atitude ante a própria
prova não evidencia claro interesse pela aprendizagem do aluno, ou àquelas em
que se exige pura memorização”. Temos que reconhecer a importância e a frequência
do uso desse instrumento praticamente universal da avaliação da aprendizagem na
educação superior. Por isso gostaríamos de insistir sobre a necessidade de uma
preparação específica dos professores para a elaboração de provas mais
adequadas a cada tipo de disciplina ou de atividade”.
No curso analisado pelas autoras, a
articulação teoria-prática é trabalhada dia a dia. Os seminários e trabalhos
que resultam de leituras e estudos em grupo ou individuais costumam ser
ocasiões de cobrança dessa articulação aos alunos, colocando-se sob o título de
seminário qualquer trabalho que seja seguido de uma apresentação oral. Assim,
em muitos casos o seminário consiste em:
a)
relatos de visitas - o professor define os objetivos e a metodologia da
visita com base nos quais os alunos elaboram um projeto detalhado. À execução
deste, seguem-se a elaboração e a apresentação do relatório, “procurando
demonstrar a ligação entre a teoria e a prática”. As avaliações, segundo
informaram professores que se utilizam desse mecanismo, é feita com base no
aprofundamento quanto ao alcance dos objetivos e na qualidade geral do
trabalho. Neste caso, exige-se do professor um conhecimento profundo da matéria
que ensina, pois esta condição é que o habilitará a decidir sobre as qualidades
essenciais que atestam o valor dos trabalhos efetuados pelos alunos;
b)
apresentação de pesquisa na área: incluem-se também os fichamentos e
resumos críticos de artigos indicados pelo professor. As idéias de cobrança da
teoria (interiorizar conceitos, reproduzir o que leu) juntam-se às de
mobilização afetiva (valorização do assunto) e integração com prática (para o
que a leitura serviu);
c)
apresentação de resultados de entrevistas com profissionais da área: os
alunos vão às instituições e realizam entrevistas com pessoas, cujas funções
têm ligação com seu curso. Fazem um relato do tipo monografia sobre os
resultados desta atividade e apresentam aos colegas. É uma maneira de trazer o
mundo do trabalho para dentro da universidade e deste modo aproximar a teoria e
a prática.
As autoras salientam que para as
práticas de laboratórios, os professores fornecem um roteiro dos procedimentos
que o aluno deve seguir, rotina ou metodologia, uma bibliografia ou anotações
sobre o conteúdo em formas de apostilas e um roteiro para o relatório de cada
aula. É feita uma média aritmética das notas obtidas nesses relatórios, que se
soma às outras notas obtidas pelos alunos para compor a média de cada um deles
nos componentes curriculares desenvolvidos prioritariamente em laboratório.
Nessa pesquisa apenas um professor
faz referencia às discussões como mecanismos de avaliação da aprendizagem,
valendo pontos que são somados aos pontos obtidos nas provas. Planejadas três
discussões ao longo do curso, o desempenho de cada uma delas terá o valor
máximo de um ponto, perfazendo um valor total de três pontos para discussões.
Neste caso, a prova terá um valor máximo de sete. No entanto, nos depoimentos
de alunos, a discussão é desvalorizada como mecanismo de ensino e avaliação.
Os exercícios de aplicação da teoria utilizados nesse curso parecem
atender à recomendação de Demo (1990) “[...] servindo, não como reprodução
decorada, mas como expediente de internalização digerida” porque são levados a
efeito com prazer e até com certo espírito lúdico pelos alunos. A justificativa
desse fato apresentada pelas autoras indica que os exercícios são de elaboração
em geral menos exigente do que as provas e sua correção serem imediatas. Por
outro lado, nos depoimentos dos alunos, fica evidenciado que para eles o
professor que os utiliza com frequência leva os alunos a duvidarem de sua
competência.
O acompanhamento de atendimentos
ambulatoriais e clínicos é um tipo de expediente utilizado como complementação
de componentes curriculares teóricos obrigatórios e nos estágios curriculares
supervisionados: cada aluno escolhe um caso, desenvolve várias atividades
relacionadas ao acompanhamento do caso e, no final do semestre, apresenta aos
colegas o resultado de seu trabalho. Há fichas que orientam passo a passo o
trabalho do aluno, de modo que ele sabe, durante todo o tempo, o que se espera
de seu desempenho. Os alunos referem-se à elaboração do relatório sobre o caso
e à sua apresentação como atividades estressantes, seja pela exiguidade de
tempo para a elaboração do relatório, seja pela ansiedade que sempre acompanha
a exposição do caso para turma e professor do componente curricular.
Questionados sobre a importância da
assiduidade e da pontualidade como mecanismo de avaliação, as pesquisadoras
verificaram que não há um consenso entre os alunos. Poucos alunos analisaram
mais profundamente a questão, ligando-a ao seu papel dentro de uma formação
mais geral e ao contexto no qual ela se insere. Quanto aos professores, alguns
se apóiam no dispositivo legal para justificar sua exigência quanto à frequência
e à pontualidade.
A lei, contudo, não parece ser o
único nem o mais importante determinante das exigências de controle de frequência
e pontualidade. Outras explicações foram dadas pelos professores, agrupadas em
torno de dois aspectos:
a)
a relação entre frequência e pontualidade e a formação da visão crítica e
da conduta profissional (ética): o desenvolvimento de atitudes como assiduidade
e pontualidade representa um componente curricular tão importante quanto a
assimilação dos conteúdos das matérias;
b)
a importância da frequência e da pontualidade nos estágios: o estagiário é
um quase profissional que em alguns casos fica em uma posição delicada em seu
campo de estágio convivendo com professores e servidores.
Os coordenadores de estágio dispõem
de instrumentos detalhados para acompanhamento e avaliação dos estagiários e do
próprio estágio. Há uma preocupação constante com a melhoria desses
instrumentos que consideram frequência e pontualidade, além de outras atitudes
e desempenhos valorizados em cada área de atuação.
Entretanto, há ainda alguns fatores
apontados nas entrevistas pelos alunos como bastante influentes sobre o
problema da assiduidade e da pontualidade que se encontram mais ligados à
própria estruturação do curso e ao trabalho dos professores. São eles:
a)
o compromisso do próprio professor: “professor bom dá conteúdo, aluno frequenta.
Se o professor segue apostila tanto faz ir ou não à aula” (depoimento de aluno);
b)
a prática de uma avaliação conservadora, vinculada ao cumprimento de
exigências legais e não exatamente ao compromisso com a aprendizagem do aluno.
Se a maioria da matéria tem que ser decorada mesmo, por que ter que ir às
aulas? “Há alunos que faltam muito, estudam sozinhos e se dão muito bem”
(depoimento de aluno);
c)
a composição do horário de aulas é também, em alguns casos, um convite à
impontualidade. O horário muito carregado não deixa tempo para os alunos
estudarem, ocasionando faltas em um componente curricular para que o aluno
possa estudar para outro.
Fechando esse estudo, Lüdke e Salles
(1997) sistematizam as principais dificuldades em avaliação com depoimentos de
professores. A maioria parece avaliar seus alunos com base no que foi praticado
com eles em seu tempo de alunos e na troca de experiências com colegas. Poucos
professores valorizam os cursos como mecanismos para sua qualificação em
avaliação.
A avaliação da aprendizagem nos
cursos de graduação feita por componente curricular/turma abrange sempre os
aspectos de assiduidade e eficiência, cada um eliminatório por si mesmo, onde
se entende por assiduidade a frequência de, no mínimo, 75% da carga horária de
cada componente curricular, e, por eficiência, o resultado das atividades
desenvolvidas pelo aluno, avaliadas por meio de provas e/ou trabalhos exigidos
no decorrer do período letivo, de acordo com o projeto pedagógico do curso.
A avaliação do estágio é parte
integrante do processo de organização e acompanhamento do estágio, feita de
forma sistemática e contínua, prevista no projeto pedagógico e no regulamento
de estágio de cada curso, devendo considerar os objetivos constantes no projeto
pedagógico referentes a este componente curricular, no plano de atividades de
estágio e no plano de acompanhamento apresentado pelo professor orientador, bem
como no desempenho do aluno na empresa.
O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) constitui um
componente curricular de sistematização do conhecimento sobre um objeto de
estudo pertinente à profissão ou curso de graduação, sob orientação de um
docente. A avaliação do TCC compreende, no mínimo:
I - avaliação
contínua do processo de realização do TCC pelo professor orientador;
II - avaliação pela Banca
Examinadora.
LINHAS DE AÇÃO
Vale considerar as observações e
recomendações apresentadas nos relatórios das comissões de elaboração do PPI,
julgando-se pertinente a inclusão de ações a serem desenvolvidas em diferentes
âmbitos, fruto das avaliações realizadas, sendo:
Ø desenvolver ações pedagógicas que
permitam interface real entre ensino, pesquisa e extensão, a fim de produzir
novos conhecimentos, a partir de processos investigativos demandados pelas
necessidades sociais;
Ø submeter o projeto pedagógico de curso
à permanente avaliação de docentes e discentes, abordando indicadores que valorizem dialeticamente as
necessidades sociais e o desenvolvimento científico e tecnológico;
Ø
promover a articulação das Licenciaturas com o Ensino Médio, observando a
reformulação em curso e atenuando a dissociação entre os diversos níveis de ensino;
Ø
estabelecer linhas de fomento e financiamento para
garantir as atividades integradas de ensino, de pesquisa e de extensão;
Ø incentivar
a participação dos alunos em programas e projetos de monitoria, iniciação à
docência, iniciação científica e extensão;
Ø promover encontros sistemáticos
entre setores acadêmicos e administrativos, com vista ao estímulo de um
trabalho compartilhado para a incorporação do novo modelo de gestão acadêmica
alinhado ao PPI;
Ø desenvolver atividades integradoras
para os novos docentes da UEM, propiciando um pleno conhecimento da Instituição,
em níveis organizacional e pedagógico;
Ø desenvolver atividades de assessoria
inicial aos novos coordenadores dos cursos de graduação e de pós-graduação, no
que diz respeito ao conhecimento mais aprofundado e direcionado das normas e
regulamentos da UEM e as de nível estadual e nacional;
Ø organizar um programa contínuo de
capacitação pedagógica para os professores da UEM. Desenvolver projetos de
capacitação didática, sobre o processo de avaliação nos componentes
curriculares da graduação, sobre a relação pedagógica professor/aluno e,
especialmente, criar um canal sempre aberto para atender as necessidades
específicas advindas do trabalho do professor em sala de aula;
Ø apoiar o contínuo aperfeiçoamento do
Programa Interdisciplinar de Pesquisa e Apoio à Excepcionalidade (PROPAE) em
recursos humanos e tecnológicos para os alunos portadores de necessidades
especiais; a orientação e o acompanhamento dos alunos oriundos de convênios;
Ø adequar espaço físico para todas as
atividades articuladas ao ensino, à pesquisa e à extensão;
Ø formular novas estratégias de
desenvolvimento e modernização do ensino na UEM;
Ø implantação de um sistema
informatizado de gestão do estágio supervisionado e voluntário;
Ø implementar e consolidar um sistema
de informatização que atenda as necessidades da universidade e integre as
atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e administrativas;
Ø ampliar o intercâmbio acadêmico no
âmbito nacional e internacional;
Ø implantar políticas de readequação
contínua dos espaços físicos e infraestrutura dos câmpus, em atendimento às
necessidades das atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e
administrativas;
Ø consolidar o Núcleo de Educação a
Distância (NEAD) como órgão coordenador da política de educação a distância na
UEM;
Ø incentivar e propiciar condições
para que a UEM oferte cursos sequenciais, tanto na modalidade presencial como
semi-presencial, buscando áreas estratégicas, precedidas de estudo de demanda
local e regional;
Ø fomentar uma política permanente de
criação de cursos de pós-graduação.
Referências bibliográficas e documentais
LEITE LOPES, J. Reflexões sobre a Universidade. Educação Brasileira,
Brasília, Df, nº 7, v. 15, p. 103-112, 2º sem. 1985.
BRASIL. Lei nº 9.135/95, Exame Nacional de Cursos – ENC.
DIAS SOBRINHO, José. Programa de Avaliação Institucional das Universidades
Brasileiras. In: Congresso Internacional: políticas de educação superior na
América Latina no limiar do século XXI, 1997. Anais, Recife [s.n] 1997, p.
163-179.
BRASIL. Lei nº 10.8761/2004, SINAES.
BRASIL. Lei nº 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
SANTOS FILHO, José Camilo. Educação geral na universidade. In: SERAFIN,
Antúnez. O projeto educativo de centro. Barcelona: Grão, 1987.
MASETTO, Marcos Tarciso.
Competência pedagógica do professor
universitário. São Paulo: Summus, 2003.
SHEEN, Maria Rosemary C. Recortes
da história de uma universidade pública: o caso da Universidade Estadual de
Maringá. Org. Maringá, EDUEM, 2001. p.155-199.
COMISSÃO NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR.
Avaliação Externa de Instituições de Ensino Superior – Diretrizes e
Instrumento, Brasília, DF, 2006.