Projeto Político Pedagógico Institucional
Aprovado
pelo Egrégio
Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão em 12/9/2018
Resolução n.º 027/2018-CEP
Maringá,
PR
2018
MARIA APARECIDA
BORGHETTI
Governadora do Estado do Paraná
DÉCIO SPERANDIO
Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior
MAURO
LUCIANO BAESSO
Reitor
JULIO CÉSAR DAMASCENO
Vice-Reitor
JORGETE
CONSTANTIN
Chefe de Gabinete
ANA TIYOMI OBARA
Pró-Reitora de Ensino
MARIA HELENA AMBRÓSIO DIAS
Pró-Reitora de Administração
LUIS
OTÁVIO DE OLIVEIRA GOULART
Pró-Reitor de Recursos Humanos e Assuntos
Comunitários
CÉLIA REGINA GRANHEN TAVARES
Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação
ITANA MARIA DE SOUZA GIMENES
Pró-Reitora de Extensão e Cultura
ALICE EIKO MURAKAMI
Assessora
de Planejamento
CARLOS AUGUSTO DE MELO TAMANINI
Prefeito
do Campus
ELABORAÇÃO DO PPI
Comissão
de Revisão e Atualização
(Portaria n.º 010/2018-PEN)
Antonio Carlos Bento
Elisa Silva de Paula
Erica Piovam de Ulhôa Cintra
Evandro Luís Gomes
John Kennedy Pereira de Castro
Márcia Marcondes Altimori Samed
Maria Eunice França Volsi
Maria Luísa Furlan Costa
Neusa Altoé
Revisão
Annie Rose dos Santos
SUMÁRIO
2. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS E
TEÓRICO-METODOLÓGICOS
3. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
4. PLANO PARA ATENDIMENTO ÀS DIRETRIZES
PEDAGÓGICAS GERAIS
4.1 Inovações significativas quanto à
flexibilidade curricular
4.2 Oportunidades diferenciadas de
integralização curricular
4.3 Atividades práticas e estágios
4.4 Desenvolvimento de materiais pedagógicos
4.5 Incorporação de avanços tecnológicos
4.6 Atendimento Educacional Especializado
5. POLÍTICAS DE ENSINO, DE PESQUISA E DE
EXTENSÃO
6. POLÍTICAS DE GESTÃO E RESPONSABILIDADE
SOCIAL
6.1. Desenvolvimento Econômico
6.4 Núcleos e Programas Institucionais
6.4.1 Desenvolvimento Econômico
6.4.3 Proteção ao Meio Ambiente
ANEXO 1. Centros e Departamentos da
Universidade Estadual de Maringá
ANEXO 2. A Universidade Estadual de Maringá
em números
Acim Associação
Comercial e Empresarial de Maringá
ACO Divisão
de Apoio aos Colegiados
ASC Assessoria de
Comunicação Social
ASP Assessoria de Planejamento
BCE Biblioteca Central
CAD Conselho de Administração
CAE Coordenadoria
de Apoio à Educação Básica
CAP Colégio de Aplicação Pedagógica da UEM
Capes Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAR Campus
do Arenito
CAU Campus
Regional de Umuarama
CCI Centro de Controle de Intoxicação
CEP Conselho
de Ensino, Pesquisa e Extensão
CNPq Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Codem Conselho de Desenvolvimento
Econômico de Maringá
Comcap Complexo
de Centrais de Apoio à Pesquisa
COU Conselho
Universitário
CPA Comissão
Permanente de Avaliação
CRC Campus
Regional de Cianorte
CRG Campus
Regional de Goioerê
CRV Campus
Regional do Vale do Ivaí
DAA Diretoria de Assuntos Acadêmicos
DCE Diretório
Central dos Estudantes
DCU Diretoria
de Cultura
DEG Diretoria
de Ensino
DEX Diretoria
de Extensão
DPG Diretoria
de Pós-Graduação
PTL Divisão de Propriedade Intelectual
DPS Diretoria
de Pesquisa
ECI Escritório de Cooperação Internacional
Eduem Editora da UEM
Enade Exame
Nacional de Desempenho de Estudantes
ETG Divisão
de Estágio
FA Fundação Araucária
FEI Fazenda Experimental Iguatemi
Finep/MCTI Financiadora de Estudos e
Projetos
HUM/AMB Ambulatório Médico e de
Enfermagem
HUM/Corea Comissão de Regulamentação das Atividades Acadêmicas do Hospital
Universitário Regional de Maringá
HUM/UEM Hospital Universitário Regional
de Maringá
Inovuem Agência de Inovação
Tecnológica e Difusão de Conhecimento
Lepac Laboratório de Ensino e
Pesquisa em Análises Clínicas
MEC Ministério da
Educação
Mudi Museu Dinâmico
Interdisciplinar
Nead Núcleo de Educação a Distância
NEE Necessidades
Educativas Especiais
NIT Núcleo de Inovação Tecnológica
NPD Núcleo de
Processamento de Dados
Numap Núcleo de Extensão sobre
a Lei Maria da Penha
Nupélia Núcleo de Pesquisas em
Limnologia, Ictiologia e Aquicultura
Parfor Programa Nacional de
Formação de Professores da Educação Básica
PEC Pró-Reitoria de Extensão e Cultura
PEN Pró-Reitoria de Ensino
PET
Programa de
Ensino Tutorial
Pibex Programa Institucional
de Bolsas de Extensão Universitária
Pibic Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
Pibid Programa Institucional
de Incentivo à Docência
Pibis Programa Apoio à
Inclusão Social, Pesquisa e Extensão Universitária
Pibit Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação
PIC Programa Institucional
de Iniciação Científica
Pnaic Programa
Nacional de Alfabetização na Idade Certa
Pnem Programa
Nacional do Ensino Médio
PNPD Programa Nacional de
Pós-Doutorado/Capes
PPC Projeto
Pedagógico de Curso
PPG Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Proap Programa de Apoio à Pós-Graduação/Capes
Proindi Programa
de Inclusão e Permanência de Alunos Indígenas
Propae Programa
Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoas com Deficiência e Necessidades
Educativas Especiais
RU Restaurante
Universitário
UEM Universidade Estadual de Maringá
Unati Universidade Aberta à
Terceira Idade
UPA Unidade de
Psicologia Aplicada
O Projeto
Político Pedagógico Institucional (PPI) é um instrumento de planejamento e de
gestão, de enfoque filosófico e teórico-metodológico, que estabelece as
políticas, os princípios e as diretrizes para a organização pedagógica e
administrativa, com a finalidade de nortear as ações voltadas para a consecução
da missão, dos objetivos e das metas da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
A UEM tem se consolidado ao longo de sua existência
como uma das mais importantes instituições de ensino superior público do Paraná
e do país, reconhecida nos âmbitos do ensino, da pesquisa e da extensão
universitária, com corpo docente e técnico altamente qualificados, com mais de 80%
do corpo docente composto por doutoras e doutores. Nesse processo, o PPI, além de ser um documento que atende às
exigências legais em todos os níveis (federal, estadual, municipal e institucional),
é também um instrumento de gestão democrática, construído de forma coletiva, de
caráter dinâmico e contínuo, cooperando para o aperfeiçoamento institucional diante
das diferentes demandas que alcançam uma instituição do porte da UEM, regional
e multicampi.
O PPI constitui,
portanto, a síntese das discussões realizadas com o propósito de prover a
universidade de um plano de referência para a organização da ação educativa por
meio do estabelecimento de políticas e diretrizes institucionais. O PPI se
fundamenta nos seguintes pressupostos legais: a Constituição Federal do Brasil,
a Constituição do Estado do Paraná, a legislação educacional nacional e estadual,
bem como as regulamentações do Conselho Nacional de Educação, do Conselho
Estadual de Educação do Paraná e da UEM. O PPI é um documento público da
universidade, no qual são apresentados os encaminhamentos do tempo presente e seus
propósitos para o futuro.
A Universidade Estadual Maringá, desde a
sua criação, protagoniza decisivamente a
transformação econômica e sociocultural de Maringá e da região central e noroeste
do Estado do Paraná, onde se situam seus demais campi – Campus Regional de Cianorte
(CRC), Campus do Arenito (CAR), Campus Regional de Goioerê (CRG), Campus
Regional do Vale do Ivaí (CRV), Campus Regional de Umuarama (CAU) e Campus
Regional de Diamante do Norte (CRN), além dos polos experimental e tecnológico,
da Fazenda Experimental (FEI), em Iguatemi, e do Núcleo de Pesquisas em
Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia) em Porto
Rico – no atual polo de serviços e de produção de conhecimento. Consideradas
também as ações do ensino na modalidade a distância e a atuação dos projetos de
extensão nos municípios interioranos e do Hospital Regional Universitário de
Maringá (HUM), esse alcance regional da UEM se espraia por todo o Estado do
Paraná.
A UEM é
uma universidade dinâmica, em que são desenvolvidas inovações nas mais
diferentes áreas do conhecimento e nas instâncias de agregação de pesquisa que
atendem às variadas demandas políticas e sociais na assistência à comunidade em
geral, como os programas no combate à violência contra a mulher, a atenção ao
egresso apenado, a educação indígena, a valorização à terceira idade, o
acompanhamento de alunos com deficiência apenas alguns exemplos. Como reflexo
de uma universidade com quase 25 mil acadêmicos e cinco mil servidores,
incluídos os vinculados ao HUM, desafios se colocam, tais como a manutenção e a
ampliação de vagas nos cursos de graduação; a consolidação de cursos, tanto na graduação
como na pós-graduação; maior abertura e divulgação para o acesso comunitário aos
serviços universitários, dentre estes os de cultura e extensão; a manutenção da
participação da universidade no desenvolvimento científico, tecnológico e cultural
da sociedade paranaense nas diferentes instâncias representativas em âmbito municipal,
estadual e federal.
A UEM se
dedica à educação superior pública, gratuita e de qualidade, consciente do seu
papel enquanto agente de transformação social orientada por princípios éticos,
democráticos e de cidadania.
Nesse
contexto, o PPI da UEM norteará as ações educacionais para a consolidação da
sua missão institucional, de seus objetivos, de seus princípios e de suas
diretrizes. Este documento reafirma o propósito de excelência das ações da UEM
no ensino, na pesquisa e na extensão, cuja qualidade é reconhecida nacionalmente
pelos indicadores de qualidade do ensino superior do Ministério da Educação (MEC)
e internacionalmente nas diversas classificações e catálogos divulgados, com
vistas à maior expertise na qualificação profissional dos seus egressos e à garantia
dos direitos de cidadania para a população brasileira. Assim, o PPI constitui
oportunidade de reflexão permanente acerca das atividades de ensino, de pesquisa
e de extensão universitária, como processo de participação coletiva e contínua na
produção e socialização do conhecimento, a função mesma da universidade.
A
Universidade Estadual de Maringá tem importância fundamental para o
desenvolvimento regional. É possível evidenciar essa relevância nas atividades
de ensino de graduação e de pós-graduação, de pesquisa, de extensão e de
cultura. A UEM está organizada administrativamente em sete centros de ensino – Centro de Ciências Exatas (CCE), Centro de
Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH), Centro de Ciências Agrárias (CCA),
Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CSA), Centro de Ciências da Saúde (CCS),
Centro de Tecnologia (CTC) e Centro de Ciências Biológicas (CCB), que congregam
as áreas de atuação e cursos da universidade vinculados aos seus respectivos
departamentos. Toda a estrutura está subordinada às regulações do Conselho de
Administração (CAD), constituído por diretores de centro, do Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), constituído por coordenadores de cursos de
graduação e pós-graduação, e do Conselho Universitário (COU), constituído por
representantes eleitos dos departamentos da instituição. Nesses conselhos também
têm assento representantes eleitos do corpo discente, dos agentes
universitários e da comunidade externa. Os conselhos são presididos pelo reitor
eleito para um mandato de quatro anos.
A UEM tem
sede em Maringá, noroeste do Estado do Paraná, e possui os seguintes campi regionais: Campus Regional de
Cianorte (CRC), Campus do Arenito (CAR), Campus Regional de Goioerê (CRG),
Campus Regional do Vale do Ivaí (CRV), Campus Regional de Umuarama (CAU) e Campus
Regional do Noroeste (CRN), além dos polos experimental e tecnológico, Fazenda
Experimental (FEI), em Iguatemi, e do Núcleo de Pesquisas em Limnologia,
Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), em Porto
Rico, em um contingente que alcança quase 25 mil pessoas entre discentes,
docentes e agentes universitários.
Sua
inserção regional é multiplicada ao considerarmos, na perspectiva pedagógica, a
concentração dos polos que atendem a
oferta de cursos de graduação e de especialização na modalidade de ensino a distância vinculados ao sistema
Universidade Aberta do Brasil (UAB), sediados nos municípios de Assaí, Astorga,
Bela Vista do Paraíso, Céu Azul, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste,
Diamante do Norte, Engenheiro Beltrão, Faxinal, Flor da Serra do Sul, Foz do
Iguaçu, Goioerê, Ibaiti, Itambé, Ivaiporã, Jacarezinho, Jaguapitã, Londrina,
Nova Londrina, Nova Santa Rosa, Nova Tebas, Palmital, Paranavaí, São João do
Ivaí, Sarandi, Siqueira Campos, Tamarana, Ubiratã e Umuarama.
Figura
1. Proveniência dos acadêmicos de graduação da UEM
(1992-1997)
Em
relação à saúde pública, a administração do Hospital Universitário Regional de Maringá
(HUM) referência em saúde, com uma série especialidades clínicas, inclusive de
alta complexidade, destacam-se ações como o banco de sangue, o banco de leite
humano, o atendimento neonatal em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Centro
de Controle de Intoxicações (CCI), o serviço de urgência e emergência, a
residência técnica e outras, concentrando, portanto, grande impacto no
atendimento público nesse segmento e na formação de quadros de excelência para
a saúde pública paranaense e brasileira.
O Complexo de Saúde da UEM contempla,
além do HUM, a Clínica Odontológica, a Unidade de Psicologia Aplicada (UPA), o
Laboratório de Ensino e Prática em Análises Clínicas (Lepac), a Farmácia
Ensino, que realizam o atendimento em saúde à população gratuitamente.
O
Complexo Agrário da UEM conta com
várias unidades de ensino e pesquisa assim distribuídas: três fazendas
experimentais, localizadas, respectivamente, em Umuarama, Diamante do Norte e
no Distrito de Iguatemi, município de Maringá; um hospital veterinário para
grandes animais em Umuarama; uma base avançada vinculada ao Núcleo de Pesquisas
em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupélia), localizada em Porto Rico; um
Centro de Pesquisa em Aquicultura no Distrito de Floriano e um Núcleo de Pesquisas
Aplicadas à Agricultura (Nupagri), ambos localizados no município de Maringá.
A
UEM possui um respeitável Complexo Esportivo
que proporciona a prática de ensino da Educação Física e o treinamento
profissional de diversas modalidades esportivas, sendo referência no Estado do
Paraná para o treinamento do atletismo, handball
e de atletas paraolímpicos. O Complexo Esportivo é composto por quatro quadras
cobertas, oito quadras descobertas, duas quadras de tênis, um ginásio de
esportes, Academia Escola, uma pista de atletismo e uma piscina coberta.
A
UEM, como promotora e integradora de ações culturais, possui um Complexo de Cultura bem estruturado
composto por 17 auditórios, 21 anfiteatros, três museus, uma livraria, uma
editora própria (Eduem), um Instituto de Línguas (ILG), cinco bibliotecas no
Campus Sede – Biblioteca Central (BCE) e as bibliotecas setoriais do HUM, de
Matemática, do Nupélia e de Direito – além de seis bibliotecas nos campi
regionais (as bibliotecas setoriais CAR, CAU-CTC, CAU-CCA, CRC, CRG e CRV). Merece
especial destaque a BCE da UEM, pois esta configura uma das mais importantes
bibliotecas do Estado do Paraná. Seu acervo é constituído por mais de 140.000
títulos e mais de 260.000 volumes, fascículos e exemplares. A BCE possui acesso
integral ao Portal de Periódicos da Capes, além de outros materiais como
folhetos, monografias, dissertações, teses, material cartográfico, vídeos,
partituras, mapoteca, manuscritos, recursos eletrônicos, catálogos, entre
outros. Encontra-se em construção no campus-sede um Centro de Eventos, que consistirá em um espaço multiuso para
eventos acadêmicos e culturais como palestras, congressos, conferências,
exposições e apresentações artísticas.
No
campus-sede da UEM está instalada a Estação
Climatológica Principal de Maringá (ECPM), integrante de um grupo de
estações climatológicas que insere e representa o Brasil na Organização
Meteorológica Mundial. A UEM possui um importante banco de dados
meteorológicos, composto por boletins e registros horários, disponibilizados
para diversos segmentos da sociedade como a Defesa Civil, prefeituras
municipais, escolas e empresas de diferentes segmentos, além da própria
universidade.
Para
acompanhar as exigências do mundo moderno e globalizado, a UEM tem realizado
várias atividades em parceria com os mais diversos segmentos da sociedade,
visando ao desenvolvimento educacional, cultural, econômico, político e social.
Dessa forma, a UEM trabalha em prol da população regional e da garantia dos
direitos constitucionais e de cidadania.
O
desenvolvimento das atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e de
cultura, nesses últimos anos, consolidam a UEM como polo de formação e
desenvolvimento que cooperam para a manutenção da qualidade institucional, suscitam
a implementação de vários programas de pós-graduação e de pesquisa, envolvendo
cooperação entre outras instituições de excelência nacional e internacional e
ampliando os convênios junto a agências de financiamento de bolsas de estudos
(graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e formação continuada), mobilidade
internacional, equipamentos de alta complexidade tecnológica, difusão do
conhecimento em publicações qualificadas, entre outras.
Todos
esses elementos centrados na indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão
tornam o ensino superior público atrativo por sua excelência, elevando a UEM no
cenário regional e nacional, aproximando-a cada vez mais da comunidade em geral
que constitui o fim social último de toda a ação envidada. A UEM é, em conjunto
com as instituições públicas estaduais de ensino superior, patrimônio material
e imaterial da sociedade paranaense.
A UEM tem
por missão produzir conhecimento mediante pesquisa, organizar, articular e
disseminar os saberes por meio do ensino e da extensão com o objetivo de formar
cidadãos, profissionais e lideranças para a sociedade. A UEM deve proporcionar
a seus acadêmicos, docentes e agentes universitários, bem como à comunidade, o
acesso e a aquisição de competências, habilidades e aptidões analíticas e
intelectuais visando à transformação da realidade, tanto no âmbito do
conhecimento humanista, científico e tecnológico, como no âmbito da formação
política, social e ética.
Nessa
perspectiva, são princípios norteadores do Projeto Pedagógico Político
Institucional da UEM: a
natureza pública, gratuita e de qualidade do ensino; a gratuidade dos cursos de
graduação e pós-graduação acadêmica stricto
sensu; a indissociabilidade entre o
ensino, a pesquisa e a extensão; a autonomia didática e pedagógica,
administrativa, patrimonial, financeira e disciplinar da instituição; o compromisso com a formação de cidadãos
autônomos, reflexivos e éticos; a socialização do conhecimento científico sem
discriminação de qualquer natureza; o compromisso com a democratização do
acesso, do ingresso e da permanência do aluno na universidade; e a articulação entre formação inicial e formação
continuada, assim como entre os diferentes níveis e modalidades da educação.
O PPI
norteará a elaboração e atualização dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação
e pós-graduação. O projeto pedagógico de curso deve ser organizado e proposto
pelo conselho acadêmico pertinente, observadas as diretrizes curriculares
nacionais aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e as normas
institucionais pertinentes. Constitui um conjunto sistematizado e articulado de
conteúdos, habilidades e competências formativas com vistas à formação
acadêmica, profissional e cidadã dos acadêmicos. A incorporação dessas diretrizes deve nortear as práticas
pedagógicas da instituição em todos os níveis de formação.
A
organização didático-pedagógica da Universidade Estadual de Maringá abrange uma
série de políticas e práticas acadêmicas que se espelham nas rotinas
administrativas voltadas à exploração do conhecimento.
O regime didático-científico da UEM rege
a oferta de cursos e programas da instituição. No âmbito dos cursos de
graduação, a universidade oferece cursos de formação inicial com diplomação nas
mais diferentes carreiras do conhecimento, das artes e das ciências; em cursos
sequenciais de formação em determinados campos do saber, bem como certifica a
formação em cursos de complementação de estudos. No âmbito de estudos de
pós-graduação, a UEM oferece formação e certificação em pós-graduação latu sensu, com cursos de especialização
e atualização, e diploma mestres e doutores em programas de pós-graduação stricto sensu. A universidade também
oferece inúmeras opções de aperfeiçoamento e difusão científica mediante
programas de extensão que conduzem à certificação. Os cursos e programas da UEM
podem ser ministrados de forma presencial, semipresencial ou a distância.
Os cursos de graduação têm por finalidade
a obtenção de graus acadêmicos ou profissionais. O currículo dos cursos de
graduação abrange um conjunto de componentes curriculares articulados e
sistematizados em disciplinas, módulos, estágios, trabalhos de conclusão de
curso (quando previstos) e atividades acadêmicas complementares. Os cursos de
graduação podem apresentar currículos diferentes para atender às
especificidades regionais e ou de modalidades. Tais cursos são vinculados aos
departamentos que neles ofertam o maior número de disciplinas, oferecendo
suporte pedagógico, administrativo e orçamentário. O currículo de cada curso de
graduação é estabelecido com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais e nas
diretrizes do ensino de graduação, aprovadas pelos respectivos Conselhos
Interdepartamentais, bem como pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Os
currículos dos cursos correspondentes às profissões reguladas por lei
conformam-se às exigências normativas gerais de cada profissão regulamentada e
respectivas residências quando estas são requeridas.
O acesso aos cursos e programas da UEM
ocorre por métodos de entrada variados, dotados de políticas de inclusão
social. O processo seletivo abrange conhecimentos das matérias comuns
recomendadas pelas diretrizes e parâmetros curriculares nacionais do ensino
médio ou equivalente, podendo haver prova de habilidade específica quando
houver necessidade.
Para os
cursos de graduação, os candidatos classificam-se, dentro do limite de vagas de
cada curso, em concurso vestibular, além de um Processo de Avaliação Seriada
(PAS) dirigido especialmente aos estudantes quando estes cursam o ensino médio
em estabelecimentos públicos e privados. Há também uma metodologia de
reaproveitamento de vagas ociosas que permite aos candidatos classificados nos
concursos vestibulares e no PAS, que não tenham logrado êxito na carreira
escolhida inicialmente, a optarem por vagas em carreiras em que haja
disponibilidade de vagas sobressalentes para o ingresso no mesmo ano em que
concorreram pelos outros métodos de entrada. Por fim, é facultado o ingresso em
vagas remanescentes a candidatos que tenham prestado o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) nos últimos três anos. Para os demais cursos e programas da UEM
adotam-se diferentes método de seleção, apropriados às suas propostas.
Os cursos sequenciais, por campos de
saber, em diferentes níveis de abrangência, destinam-se à obtenção ou
atualização de qualificações técnicas, profissionais ou acadêmicas e estão
abertos aos candidatos que tenham concluído o ensino médio e atendam aos demais
requisitos para ingresso fixados pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão,
o qual também estabelece normas quanto à oferta, duração e outros aspectos,
observada a legislação aplicável a esses cursos.
Os cursos de pós-graduação lato sensu têm por objetivo, quando
de especialização, preparar especialistas em setores específicos de estudos;
quando de atualização, rever ou apresentar inovações em qualquer área do
conhecimento.
Os cursos de pós-graduação stricto sensu visam a desenvolver e
aprofundar os estudos realizados em nível de graduação, conduzindo aos graus de
mestre e doutor. O mestrado objetiva enriquecer a competência científica,
profissional e cultural, podendo ser considerado como fase preliminar do
doutorado ou como nível terminal, ou ambas as características. O doutorado
proporciona formação científica, profissional e cultural ampla e aprofundada
capacidade de pesquisa e a proposição de novos resultados e perspectivas nos
diferentes ramos do saber. Os programas de pós-graduação stricto sensu têm seus regulamentos aprovados pelos respectivos
Conselhos Interdepartamentais e têm coordenador e coordenador adjunto eleitos
conforme o regulamento do programa. Reside no horizonte a criação de um
regulamento geral de pós-graduação para toda a universidade que aprimore as
rotinas já instituídas de homologação de títulos de mestrado e doutorado no
âmbito de uma comissão central de pós-graduação, a exemplo do que sucede em
algumas das melhores universidades do país.
Os cursos e eventos de extensão visam a
difundir saberes e técnicas de diferentes áreas do conhecimento para promover o
compromisso ético-social, políticas sociais, bem como cooperar para o
desenvolvimento econômico e sociocultural da comunidade. Nos próximos anos, a
UEM ensejará esforços para concretizar a curricularização da extensão em, no
mínimo, 10% da carga horária dos currículos dos cursos de graduação em
cumprimento a uma das estratégias do Plano Nacional de Educação.
O ensino
dos componentes curriculares integrantes dos cursos da Universidade dá-se pelos
diversos departamentos envolvidos na oferta do curso, e a coordenação didática
dos cursos de graduação, presencial ou a distância, em cada campus, é
responsabilidade de um coordenador e um coordenador adjunto.
Os
currículos dos cursos de graduação e pós-graduação organizam-se para cumprir
seus respectivos projetos pedagógicos de acordo com a legislação vigente e as
determinações estatutárias e regimentais, devendo, em qualquer caso, ser
integralmente cumpridos pelo acadêmico, a fim de que possa qualificar-se para
obtenção do grau acadêmico pretendido.
Os currículos dos cursos de graduação são
organizados e propostos pelos respectivos conselhos acadêmicos, ouvidos os
departamentos envolvidos, em conformidade com as diretrizes gerais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação, observadas a legislação
vigente e a regulamentação interna.
Os
projetos pedagógicos, contendo os currículos, são organizados e propostos pelos
conselhos acadêmicos de cada curso e aprovados pelos respectivos conselhos
interdepartamentais, de acordo com as diretrizes do ensino de graduação. Os
projetos pedagógicos passam por constante revisão curricular com o propósito de
manter atualizados os currículos e a consequente formação oferecida aos
acadêmicos da UEM.
Os currículos dos cursos de graduação da
universidade também comtemplam as atividades acadêmicas complementares, estágio
curricular Supervisionado e residências diversas, normatizadas em conformidade com
a legislação vigente e alinhadas às melhores práticas acadêmicas. A
Pró-Reitoria de Ensino (PEN), por meio da Divisão de Estágio (ETG), assessora
todas as rotinas necessárias à realização de convênios para estágio curricular
supervisionado.
Nos
cursos de graduação, a verificação do rendimento escolar é empreendida por
componente curricular, abrangendo sempre os aspectos de assiduidade e
eficiência, ambos de caráter eliminatório. A eficiência consiste no resultado
alcançado nas atividades desenvolvidas pelo acadêmico no período letivo,
aferido em consonância com os critérios de avaliação estabelecidos pelo plano
de ensino do componente curricular. Nos termos da legislação vigente, exige-se
a frequência de no mínimo 75% da carga horária presencial de cada componente
curricular, não sendo previsto o abono de faltas, adotando-se o regime de
atividades domiciliares nos casos previstos em lei. A modalidade de educação a
distância possui regulamentação atenta às peculiaridades dessa metodologia de
ensino.
É considerado aprovado no componente
curricular, sem necessidade da avaliação final, o aluno que tiver frequência
igual ou superior a 75% da carga horária do componente curricular e tiver
alcançado média das avaliações periódicas de valor igual ou superior a seis vírgula
zero. É facultado ao estudante assíduo que realize avaliação final para
alcançar o aproveitamento necessário para aprovação.
É
permitido ao estudante o trancamento e o cancelamento nos cursos de graduação e
pós-graduação de acordo com as normas aprovadas pelo Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão e é vedada a matrícula simultânea em mais de um curso de
graduação ou de pós-graduação stricto
sensu, mesmo que em turno e campi distintos.
A UEM
monitora e assiste continuamente a execução e a reformulação dos projetos
pedagógicos dos cursos de graduação e demais ações relacionadas por meio da
Divisão de Apoio aos Colegiados (ACO) e do setor de Legislação e Normas da
Diretoria de Graduação (DEG). Em conjunto com a Assessoria de Planejamento
(ASP) e a Comissão Permanente de Avaliação (CPA), ações são mensuradas a partir
dos resultados obtidos pelos instrumentos de avaliação interna e externa
periódicos dirigidos aos acadêmicos, aos docentes e ao corpo de agentes
universitários da instituição.
O regime acadêmico de cada curso de
graduação da universidade pode ser seriado anual ou de créditos. Todavia, nos
últimos 28 anos, tem predominado, ressalvadas raras exceções, o sistema seriado
anual sobre o sistema de créditos. Tal cenário vigora desde 1990, quando o
sistema de créditos, originalmente projetado como regime acadêmico para os
cursos de graduação da UEM (coerente com a organização departamental da
universidade em áreas do conhecimento), foi revertido em sistema seriado anual.
Entretanto, a reavaliação do sistema seriado, prevista para acontecer em cinco
anos após a instauração do mesmo, nunca foi realizada.
A flexibilização curricular é, sem
dúvida, uma realidade e desafio complexos. Pode-se afirmar que a predominância
do regime seriado anual na organização do regime didático dos cursos de
graduação da UEM tem reforçado: (i) a
estruturação rígida dos currículos dos cursos de graduação, a qual (ii) minora ou elimina a possibilidade de
o acadêmico imprimir seu próprio ritmo, direcionamento e variedade curricular à
sua formação na definição de seu percurso formativo.
Esse
diagnóstico contrasta com os princípios filosóficos e teórico-metodológicos
promulgados neste Projeto Político Pedagógico Institucional. Assim, dentre
outros, a UEM objetiva que os acadêmicos desenvolvam seu pensamento com
independência, que exercitem sua capacidade de estruturar e contextualizar
problemas à luz do saber e da ciência, e que sejam capazes de buscar soluções
criativas para os dilemas da realidade humana e brasileira em prol do bem
comum. Tais objetivos são claramente evidenciados no âmbito da pesquisa e da
pós-graduação, em que o aprendizado é centrado no acadêmico, com a supervisão
dos professores, os quais orientam, coordenam, estimulam e promovem as
condições para que, no desenvolvimento da pesquisa, o aprendizado seja
estimulante e proveitoso para o estudante.
O incremento da flexibilização curricular
nos cursos de graduação da UEM deverá intensificar para os acadêmicos de
graduação os benefícios acadêmicos assinalados já disponíveis para os acadêmicos
de pós-graduação da instituição.
A flexibilização curricular nos cursos de
graduação visa a aperfeiçoar o modelo em vigor na UEM e atende aos
seguintes pressupostos: (i) facilitar
a transição do estudante de ensino médio ao acadêmico de ensino superior,
demarcando, com clareza, a importância de seu protagonismo, autonomia e
responsabilidade na definição de seu percurso formativo no universo curricular
da UEM; tal autonomia de forma alguma se resume à simples opção profissional
pela carreira escolhida por ocasião do ingresso na instituição; (ii) assegurar alternativas e autonomia
na definição das trajetórias formativas dentro das carreiras eleitas e
pretendidas pelos acadêmicos, pois um curso é um percurso e é academicamente empobrecedor
que esse trajeto seja rígido; (iii)
contemplar o acesso a uma formação variada, podendo o acadêmico, além de sua
formação em área específica do saber, realizar uma formação complementar em
outras áreas; (iv) modernizar as
rotinas administrativas da Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA) a fim de
imprimir celeridade, facilidade de acesso e efetiva liberdade eletiva aos acadêmicos
nas opções que possam realizar a fim de flexibilizarem sua formação. Nesse
sentido, (v) a UEM aprofundará a flexibilização
curricular em duas frentes: a flexibilização vertical e a flexibilização
horizontal.
A flexibilização vertical se desdobra ao
longo dos anos e semestres do ciclo formativo de um curso de graduação e
envolve três âmbitos: (a) o do núcleo específico, que não se resume
exclusivamente a uma área do conhecimento, mas inclui também saberes próximos e
abrange disciplinas obrigatórias; (b1) a formação complementar preestabelecida
ou aberta; em ambos os casos, essa formação pode ser planejada pelo colegiado
do curso com a previsão de alguns itinerários formativos; – as disciplinas
optativas dos currículos de graduação perfazem essa finalidade; (b2) a formação
complementar aberta, definida a partir da proposição construída pelo acadêmico
com o auxílio de um tutor ou orientador; – as disciplinas eletivas dos
currículos de graduação perfazem essa finalidade; (c) formação livre, em que o
estudante pode livremente optar pela
ampliação de sua formação em qualquer campo do conhecimento a partir de seu
interesse acadêmico individual, elegendo componentes curriculares extras para
compor seu histórico escolar.
A flexibilização horizontal contempla
atividades acadêmicas e culturais diversas que ampliam o contato do estudante
com o universo do saber. A UEM já inclui essas atividades na integralização
curricular na forma de Atividades Acadêmicas Complementares (AACs), a
estratégia de flexibilização curricular mais consolidada na universidade
atualmente. Essa flexibilização permite, para fins de integralização curricular,
que o acadêmico realize inúmeras atividades acadêmicas diversificadas que não
se confundem com a realização de disciplinas definidas na grade curricular.
Cabe aos conselhos acadêmicos dos cursos definir o rol de atividades e o
cômputo da carga horária que deve ser completada pelo acadêmico. A ideia é que
os regulamentos de AACs permitam que o acadêmico realize a maior diversidade
possível de atividades como incremento de sua formação acadêmica.
Este Projeto
Político Pedagógico Institucional instaura, no contexto da política de
flexibilização curricular, que os currículos dos cursos de graduação da UEM
contemplem flexibilização curricular com o incremento de, no mínimo, 10% de
disciplinas optativas e 10% de disciplinas eletivas. Essa medida visa a instituir
práticas de maior intercâmbio, convivência e experimentação dos acadêmicos nos
diversos âmbitos e áreas do conhecimento contemplados pela riqueza curricular
da instituição.
É imprescindível
para a revisão e a avaliação do regime didático-acadêmico dos cursos de
graduação e para incremento efetivo da flexibilização curricular que se
constitua um grupo de trabalho para tal fim. Ao mesmo tempo, que se iniciem os
estudos para a regulamentação do regime de créditos. Espera-se que nos próximos
anos os cursos da universidade possam optar pelo regime seriado ou pelo regime
de créditos, conforme consta no Regimento Geral da instituição.
Como
plano geral de atendimento às novas diretrizes, a Universidade Estadual de
Maringá tem desenvolvido as seguintes ações: 1. Reformulações dos projetos
pedagógicos dos cursos de licenciatura regulares e especiais (Plano Nacional de
Formação dos Professores da Educação Básica – Parfor/Profic) nas modalidades
presencial e a distância, adequando-os às novas Diretrizes Curriculares
Nacionais para formação inicial em nível superior de profissionais do
magistério para Educação Básica; 2. Criação da Política Institucional da UEM
para formação inicial e continuada de professores da Educação Básica; 3.
Adequação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da UEM aos
requisitos legais referentes à inclusão de conteúdos sobre direitos humanos,
aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e inclusão das questões
socioambientais, éticas, estéticas e relativas à diversidade étnico-racial, de
gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional e sociocultural como princípios
de equidade.
Dentre
os princípios que devem nortear a organização curricular dos cursos de
graduação e pós-graduação, encontra-se como primeiro item a flexibilização da
organização curricular. As diretrizes do ensino de graduação da UEM estabelecem
que a oferta dos componentes curriculares pode ser organizada por série, ciclo,
semestres e módulos. Os componentes curriculares são ofertados na forma
de disciplinas, estágio curricular supervisionado, trabalho de conclusão de curso,
atividades acadêmicas complementares e demais experiências de ensino e aprendizagem.
No
contexto universitário, a integralização curricular diz respeito ao tempo
mínimo e máximo que deve constar nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) de
graduação (bacharelado ou licenciatura). Além das oportunidades de ampliação do
conhecimento propiciadas pelos PPCs aos acadêmicos dos bacharelados e
licenciaturas, destacam-se outras instituídas por programas, resultantes de
convênios celebrados entre diferentes instituições.
A UEM
possui convênios de mobilidade estudantil firmados com instituições de ensino
superior de diversos países. O Programa de Mobilidade Estudantil Internacional
entre instituições de ensino superior, de pesquisa e empresas estrangeiras visa
à promoção do desenvolvimento e ao aprimoramento do acadêmico e da instituição;
a colaboração para o reconhecimento nacional e internacional e a contribuição
para a melhoria nos âmbitos científico, tecnológico e cultural. A mobilidade é
permitida para alunos regularmente matriculados nos cursos de graduação da UEM
e para aqueles provenientes de instituições conveniadas, observados os termos
que regem cada convênio e cada programa de mobilidade dos quais a universidade
participa.
Atualmente, vários países mantêm convênios com
a UEM: Alemanha, Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Colômbia, Dinamarca,
Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, México, Moçambique,
Palestina, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, Suécia e Uruguai.
A
coordenação e a execução do Programa de Mobilidade Estudantil Internacional é
de responsabilidade do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), que
viabiliza todas as ações administrativas visando a sua implementação. Dessa
forma, é garantida aos estudantes da UEM a realização de atividades acadêmicas
em outras instituições de ensino superior público do Brasil e em instituições
de ensino superior do exterior, e registro de atividades como fonte de créditos
e carga horária com vistas à integralização curricular.
Ressalta-se
ainda a possibilidade de o estudante transferir-se para cursos em universidades
conveniadas e acreditadas no Brasil e no exterior e obter dupla diplomação.
Considera-se
necessário para a efetiva concretização de oportunidades diferenciadas de
integralização curricular que seja revisto o regime seriado anual para regime
de créditos, bem como implementar nos currículos dos cursos de graduação um
percentual mínimo de 10% de disciplinas optativas e 10% de disciplinas
eletivas.
A
organização curricular dos cursos na
UEM está fundamentada na articulação entre os conhecimentos que definem o
perfil da formação do profissional, com ênfase na aquisição de conhecimentos
teóricos e práticos, organizados em disciplinas e/ou módulos. A atividade teórica
é o campo que expressa as atividades definidas pela relação entre professores e
alunos, com exposição e discussão de conteúdos organizados sistematicamente. A
atividade prática é o campo que expressa efetivamente o envolvimento de alunos
e professores no desenvolvimento prático dos conteúdos teóricos. As atividades
práticas acontecem em ambientes adequados para esse fim, como laboratórios. As
atividades de campo se desenvolvem junto à comunidade. As atividades
assistenciais ocorrem em cursos como os da área de saúde, dentre outros. As visitas
técnicas e outras atividades são definidas no projeto pedagógico de cada curso.
Além
das atividades práticas, o estágio
curricular é devidamente regulamentado no âmbito da UEM. O estágio constitui um
eixo articulador entre teoria e prática, possibilitando ao estudante a
interação entre a formação acadêmica e o mundo do trabalho, um componente
curricular integrante dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação da UEM.
Segundo a sua natureza, o estágio curricular pode ser obrigatório ou não
obrigatório. O estágio obrigatório possui carga horária específica
indispensável à integralização curricular, requisito para colação de grau e
obtenção de diploma; o estágio não obrigatório não possui carga horária
pré-fixada, devendo ser desenvolvido como atividade opcional e complementar à
formação profissional do estudante de graduação.
O
estágio curricular não é caracterizado como disciplina, mas como outra forma de
atividade curricular, de natureza eminentemente prática, devendo ser registrado
no histórico escolar do aluno considerando sua natureza, se obrigatório ou não
obrigatório. Conforme a regulamentação de estágio da UEM, cada curso de
graduação deve elaborar regulamento próprio, que constitui parte integrante do projeto
pedagógico do curso.
A
Universidade Estadual de Maringá conta com Divisão
de Estágios (ETG), órgão vinculado à Diretoria de Graduação da Pró-Reitoria
de Ensino. Esta última foi criada para atuar como interveniente nos assuntos
pertinentes ao estágio curricular supervisionado dos cursos de graduação. São
atribuições da ETG administrar, organizar e integrar os estágios da UEM;
promover eventos de integração entre unidades concedentes de estágio e a UEM;
solicitar, quando for o caso, a renovação dos convênios estabelecidos com as
unidades concedentes; comunicar à parte concedente de estágio, no início do
período letivo, as datas de realização de avaliações escolares ou acadêmicas;
celebrar termo de compromisso com a unidade concedente.
No
caso de estágio obrigatório, a sua carga horária é integralizada; e no caso de
estágio não obrigatório, a carga horária é acreditada, considerada como
conjunto de atividades e de produções do discente. Por se tratar de uma
atividade fundamental para a formação do estudante, o estágio é desenvolvido
sob a orientação de um supervisor docente, função desempenhada por um professor
do curso, sob o acompanhamento do coordenador de estágio do curso e a
colaboração de profissionais qualificados no campo de atuação de cada área de
conhecimento.
Quanto
ao desenvolvimento de materiais pedagógicos, a UEM realiza esse trabalho por
meio da Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); do Núcleo de
Educação a Distância (Nead); do Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi); do
Museu Bacia do Paraná; dos Projetos de Ensino; dos Laboratórios de Ensino e
Pesquisa; dos Relatórios de Projetos de Ensino, Pesquisa e Extensão; e por meio
da Política de Repositório Institucional.
A
Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem) é um órgão suplementar
da UEM, vinculada à Reitoria. Seu objetivo editorial é promover a divulgação
trabalhos científicos, técnicos, didáticos, culturais e paradidáticos de
interesse de pesquisadores de instituições científicas do país e do
exterior, nos mais diversos campos do conhecimento, bem como propiciar
intercâmbios e convênios com diversas instituições, estimulando o
desenvolvimento de coedições e parcerias.
A
Eduem possui uma livraria que disponibiliza e comercializa os livros por ela publicados
e os de editoras universitárias e comerciais do país. Participa
regularmente de feiras e eventos nacionais e internacionais e por meio da
Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU), a qual é filiada. A
Eduem publica periódicos (Acta
Scientiarum – qualificada na classificação da Capes) e a Coleção
Fundamentum, voltada preferencialmente aos acadêmicos de graduação da UEM para ser utilizada
como livro-texto ou bibliografia complementar. A Coleção é indexada na
Biblioteca Nacional para obtenção do registro ISBN e depósito legal.
O
Núcleo de Educação a Distância (Nead), órgão suplementar da UEM,
vinculado à Pró-Reitoria de Ensino (PEN), tem por finalidade planejar,
coordenar, organizar, desenvolver e acompanhar as atividades pedagógicas e
administrativas da modalidade de educação a distância da universidade. Desenvolve
ações que contribuem para a ampliação da oferta para acesso à educação superior;
possibilita a ida da universidade até o acadêmico, permitindo contornar e
ultrapassar as dificuldades geográficas de espaço e de tempo a partir do uso
das tecnologias aplicadas à educação; proporciona condições de recursos humanos
e materiais para o desenvolvimento de atividades na área de educação a
distância e estudos voltados para a apropriação das novas tecnologias e serviço
da educação; propicia a interlocução entre professor, acadêmico e tutor, presta
suporte técnico, tecnológico e pedagógico em educação a distância aos
departamentos e órgãos da instituição, e possibilita o estabelecimento da
igualdade de oportunidades.
O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi),
órgão suplementar da UEM, vinculado à Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PEC),
visa à promover a interação dos conhecimentos acadêmicos com os saberes e
práticas sociais acumuladas, constituindo um centro de educação continuada para
a comunidade em geral. Também coopera para atualizar professores da rede
estadual, municipal e privada, assim como a interação dos alunos de graduação
com a comunidade, a divulgação e popularização da ciência por diferentes meios
e, também, é um centro de observações sistemáticas para a coleta de dados de
pesquisa. O Mudi fortalece o desenvolvimento das atividades de ensino, de
pesquisa e de extensão voltadas à interdisciplinaridade, integra alunos de
diversos cursos de graduação e pós-graduação às atividades de ensino, de pesquisa
e de extensão, envolvendo-os no atendimento ao público, em palestras, cursos,
ações itinerantes, em ações de divulgação científica, espetáculos educativos e
demais atividades científicas e culturais. O Mudi incentiva o aprimoramento
técnico-científico de seus membros, apoiando iniciativas de estudos de
pós-graduação e estágios de atualização, assim como a publicação de livros, de
cartilhas e de trabalhos científicos, apoiando e incentivando projetos de
ensino, de pesquisa e de extensão de áreas afins que complementem os
conhecimentos necessários à consecução de seus objetivos. O Mudi atua na
formação e aprimoramento de recursos humanos, por meio da colaboração com
cursos de graduação e pós-graduação, na oferta de cursos de extensão, na realização
e colaboração em simpósios, seminários, conferências, estágios e programas de
bolsas em consonância com os demais órgãos da universidade.
O
Museu Bacia do Paraná tem como
objetivo principal o desenvolvimento de pesquisas científicas. A área de
abrangências de seu acervo é da bacia hidrográfica do Rio Paraná, advindo daí a
sua denominação. Seu acervo, doado em sua maioria pela Companhia Melhoramentos
Norte do Paraná, consta de fotografias, publicações diversas, fragmentos
vegetais e animais, aparelhos e equipamentos topográficos, documentos e
utensílios indígenas, entre outros objetos.
O
Museu de Geologia do Departamento de
Geografia objetiva o apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão. Seu acervo é
composto por materiais coletados ou doados, constituído de minerais, rochas,
fósseis e painéis didáticos.
O Repositório
Institucional da UEM possui a finalidade de armazenar, preservar, divulgar e dar
acesso à produção científica da universidade em formato digital.
A Biblioteca Digital da Universidade Estadual de Maringá
foi desenvolvida em parceria com a Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), utilizando a plataforma do Sistema Nou-Rau.
Disponibiliza a produção científica gerada na UEM, em todos os seus segmentos,
contribuindo para o fomento e a disseminação do conhecimento, criação de mapas
de dados e visibilidade geográfica de temas de pesquisas em suas áreas
cognitivas. A Biblioteca Digital compõe a Rede Brasileira de Bibliotecas
Digitais de Teses e Dissertações coordenada pelo Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT).
A Biblioteca Digital visa a difundir e consolidar a produção científica da UEM,
democratizar o acesso à produção intelectual da comunidade
acadêmica/científica; auxiliar na tomada de decisão e na produção de indicadores em
ciência e tecnologia; permitir a interação eficaz e eficiente entre as diversas
sociedades que se beneficiam do conteúdo e dos serviços por ela prestados; garantir a integridade das informações, necessárias
à preservação digital dos acervos e dos documentos; contribuir para aumentar o
impacto da investigação científica e sua visibilidade desenvolvida na UEM no
contexto acadêmico nacional e internacional; disseminar e incrementar a
visibilidade do potencial científico armazenado no repositório da Biblioteca
Digital e preservar a memória intelectual da instituição.
A
Universidade Estadual de Maringá conta com a Agência de Inovação Tecnológica e Difusão de Conhecimento (Inovem),
que objetiva a racionalização da aquisição e utilização de equipamentos grande
porte e o incentivo e promoção do desenvolvimento de pesquisas
multidisciplinares. A Inovem possui laboratórios organizados em centrais
temáticas:
-
Central de Análises Avançadas de Materiais (CAM)
-
Central de Biologia Molecular, Estrutural e Funcional (CBM)
-
Central de Produtos Naturais (CPN)
-
Central de Documentação (CDO)
-
Central de Microscopia (CMI)
-
Central de Agropecuária e Agronegócio (CAA)
-
Central de Estudos sobre Mudanças Globais (CMG)
-
Central de Tecnologia em Saúde (CTS)
A
Gestão da Política de Inovação da UEM
promove a proteção de criações, licenciamento, inovação, transferência de
tecnologia e conhecimento; a articulação da universidade com empresas, órgãos
do governo e organizações da sociedade; as relações com empreendimentos de
parques tecnológicos, incubadoras e empresas juniores; bem como a integração de
ações originadas de parcerias, convênios e contratos com instituições públicas
e privadas.
As
tecnologias de informação e comunicação (TIC) estão contempladas nos PPC da
UEM, em que são previstos laboratórios com computadores, com internet
convencional e sem fio (wi-fi) para uso pelos acadêmicos, correio eletrônico
institucional, plataforma didática tecnológica (Plataforma Moodle), acesso
remoto à biblioteca, acesso ao sistema acadêmico Sisav.
Como forma de atendimento educacional
especializado, a UEM possui o Programa
Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoa com Deficiência e Necessidades
Educativas Especiais (Propae), que reúne docentes, pesquisadores, demais
servidores e acadêmicos da instituição, bem como membros da comunidade externa
(profissionais, pais e demais interessados), que desenvolvem ações para
viabilizar o ingresso, a permanência e a terminalidade aos acadêmicos da UEM
com deficiência e com necessidades educacionais especiais (NEE), contribuindo
com a formação de acadêmicos, professores e demais profissionais da educação superior
e básica. Além disso, o Propae representa a UEM em conselhos e fóruns que
tratam da proposição, implementação e avaliação de políticas públicas referentes
à educação especial e à inclusão.
Há oferta de bolsas de monitores especiais para
acadêmicos com necessidades especiais coordenadas e monitoradas pela
Pró-Reitora de Pós-graduação.
A
assistência estudantil é entendida como espaço de ações educativas e de
construção do conhecimento, de modo a possibilitar experiências
acadêmico-científicas de ensino, pesquisa e extensão no percurso formativo dos
acadêmicos. Do mesmo modo, as ações objetivam garantir e ampliar as condições
de permanência dos acadêmicos balizadas por uma formação humana e profissional
crítica e o desenvolvimento integral dos sujeitos, estimulando a sua
criatividade e criticidade e sua reflexão sobre a eticidade e a sua
participação em atividades culturais, esportivas, artísticas, políticas,
científicas e tecnológicas.
As Diretrizes do Ensino de Graduação da
Universidade Estadual de Maringá são linhas orientadoras de decisões, de
ações e de procedimentos, derivados da missão e dos propósitos institucionais,
e compreendem princípios e finalidades a serem observadas na organização
acadêmica, pedagógica e curricular dos cursos de graduação. O ensino de
graduação é ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de
condições para acesso e permanência na instituição; liberdade de aprender, de
ensinar, de pesquisar e de divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; o
pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; o respeito à liberdade e
apreço à tolerância; a gratuidade do ensino de graduação; a valorização do
profissional da educação; a gestão democrática do ensino, na forma da lei e da
legislação institucional; a garantia de padrão de qualidade; a valorização da
experiência extraescolar; a vinculação entre o ensino, o trabalho e a realidade
social.
O ensino de graduação tem por finalidade
estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento
reflexivo; habilitar profissionais nas diferentes áreas do conhecimento para a
participação no desenvolvimento da sociedade, colaborando em sua formação
contínua; incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando
ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura
e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber por meio do ensino, de
publicações ou de outras formas de comunicação; suscitar o desejo permanente de
aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente
concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos em uma
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os
nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e
estabelecer com esta uma relação de reciprocidade, promover a extensão, aberta
à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios
resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas
na instituição.
Para esse
fim, o desenvolvimento profissional
docente deve ser fomentado, enfatizando a necessidade de políticas que
favoreçam a reflexão sobre o processo didático-pedagógico em sala de aula, como,
por exemplo, a adoção de metodologias ativas.
O perfil geral dos cursos deve contemplar
formação ampla, com estímulo ao pensamento crítico, buscando, sempre que
possível, o vínculo dos conteúdos trabalhados em sala de aula com o contexto
político, econômico e sociocultural de nossa sociedade, com sólida formação
teórico-metodológica garantida pelo aprofundamento das matrizes do conhecimento
que embasam a profissão consoante os avanços científicos, tecnológicos,
culturais e sociais de cada área do conhecimento, e observadas as
especificidades e as legislações vigentes.
Nesse
sentido, o perfil do egresso da UEM
é de um profissional-cidadão criativo, ousado, crítico, com espírito
investigativo, com capacidade de abstração e resolução de problemas, com
sensibilidade e compromisso social, com domínio de conhecimentos
técnico-científicos e culturais, com habilidades para o trabalho coletivo e
interdisciplinar, requisitos que integram a capacidade para a superação de
questões e problemas que se colocam cotidianamente em seu espaço de atuação
profissional e cidadã.
As
discussões pertinentes aos projetos pedagógicos dos cursos de graduação
contemplam as linhas orientadoras de decisões, ações e procedimentos derivados
da missão e dos propósitos institucionais em que se estabelecem os princípios
básicos do ensino de graduação. Nesse contexto, há que considerar princípios norteadores que devem orientar
os projetos pedagógicos de curso: a flexibilização na organização do
currículo; caracterização da formação acadêmica e profissional de acordo com a
inserção local, regional, nacional e internacional; a liberdade na definição de
perfis de egressos; o estabelecimento do nível de graduação como etapa inicial
da formação continuada; o desenvolvimento da capacidade intelectual e
profissional, autônoma e permanente do aluno; a duração do curso compatível com
a necessidade média de formação; as estratégias de ensino e aprendizagem que
contribuam para a redução da evasão; a inclusão de dimensões éticas e
humanísticas, atitudes e valores orientados para a cidadania; a sólida formação
básica, visando a qualificar o graduado para enfrentar os desafios das
transformações sociais; a formação específica voltada ao perfil do profissional
eleito na área do conhecimento, campo do saber e profissão; a composição do
currículo por componentes curriculares, podendo prever inclusão de outras
experiências de ensino e aprendizagem; a liberdade na composição da carga
horária dos componentes curriculares, observadas as diretrizes curriculares
nacionais; a liberdade na especificação dos conteúdos programáticos a serem
ministrados, observadas as diretrizes curriculares nacionais; valorização de
conhecimentos, habilidades e competências adquiridos fora do ambiente escolar,
inclusive os que se referem à experiência profissional; valorização do
conhecimento interdisciplinar e pluridisciplinar que amplie a ação do
profissional; fortalecimento da articulação da teoria com a prática por meio do
ensino, da pesquisa e da extensão e a organização dos cursos mediante
componentes curriculares anuais, semestrais, trimestrais, em módulos ou outras
modalidades.
O
ingresso aos cursos de graduação ocorre mediante a realização de processos
seletivos, visando à classificação de candidatos por meio de aplicação de
provas e reserva de vagas para cotas sociais, como descrito anteriormente.
A
construção do conhecimento acadêmico e científico ocorre em decorrência de
necessidades humanas para compor seu dia a dia, suprir necessidade intelectual
e material no ambiente ocupado. A pesquisa mais elaborada de caráter científico
cresceu e se consolidou na UEM segundo essa necessidade de adquirir saberes e
de aplicá-los para a melhoria da vida, uma preocupação demonstrada desde o
início de sua atuação na pesquisa. A universidade tem utilizado diferentes
caminhos ou ações que visam a implementar, otimizar, aplicar, medir e melhorar
os recursos e metodologias que focam o desenvolvimento da pesquisa
institucional. Essas ações envolvem estudos e implementação de normas
institucionais para assessoria, planejamento e fomento de atividades vinculadas
à pesquisa docente e técnica e integração entre projetos de pesquisa docente
envolvendo os atores acadêmicos, docentes e agentes universitários. É mister
institucional a elaboração de política e normatização para capacitação docente
e técnica; integração entre graduação e pós-graduação por meio da pesquisa e
incentivo à iniciação científica; integração docente para otimizar esforços de
pesquisa envolvendo pesquisadores atuantes ou não na pós-graduação; normatizar
formas de parcerias entre a UEM e outros centros de ensino e pesquisa ou da
iniciativa privada para fomentar abertura de editais visando a captar recursos
para pesquisa; elaborar meios e normas para o desenvolvimento da pesquisa
básica e aplicada no âmbito institucional; desenvolver ações de proteção ao
conhecimento gerado, incluindo normatização de procedimentos de controle,
proteção e forma de divulgação e acesso a resultados de pesquisa institucional;
elaborar normas para manutenção e controle de usuários do sistema de pesquisa
institucional, de forma a manter continuidade e operacionalidade do sistema de
apoio à pesquisa multiusuários; elaborar normas e ações do apoio à criação de
grupos de pesquisa e ações para interações na pesquisa; viabilizar ações de
captação de fomento e incentivo à produção científica internacionalizada,
elaborando normas de inserção, incentivo e apoio ao sistema de pesquisa
institucional para incrementar o processo de visibilidade internacional da UEM
sempre que possível em parceria com outros setores envolvidos na projeção
internacional da instituição.
Na capacitação docente e visando à formação
de conhecimento, a
universidade é gestora de planos, metas de produção e de divulgação do saber, organizado
e distribuído por áreas de conhecimento, por linhas de pesquisas de grandes
áreas de concentração. O capital intelectual e humano da UEM é formado por um
quadro composto de docentes em diversos regimes de trabalho e que atuam na
pesquisa, a maioria com Tempo integral e dedicação exclusiva (TIDE).
Atualmente, levantamento realizado junto aos programas de pós-graduação, em
setembro de 2017, aponta que aproximadamente 75% dos docentes atuam na pesquisa
científica e 80% têm dedicação exclusiva. Assim como o quadro de docentes
pesquisadores, o quadro de agentes universitários doutores também está
diretamente ligado ao desenvolvimento da pesquisa.
Na
integração e incremento à pesquisa
entre as diversas áreas do saber, destaca-se os que produzem ciência, acumulam
conhecimento, amplamente divulgados pelos seus feitos e sua produção
científica. É por meio destes que o conhecimento é difundido para fora do
âmbito das universidades. A
pesquisa deve buscar a investigação de novas teorias, técnicas e tecnologias
que melhorarem a economia, a qualidade de vida e a produção científica no país.
Para tanto, as
universidades devem integrar a graduação e a pós-graduação com o objetivo de construir
o conhecimento científico geral, reconhecendo a diversidade de áreas do saber
para a formação graduada e o conhecimento por linhas de saberes específicos,
que levem o conhecimento estrito a ser difundido em todos os países do mundo.
Na política institucional, há planejamento da capacitação docente e técnica,
com oportunidade de saídas periódicas para a formação científica (mestrado,
doutorado e pós-doutorado), com repercussão direta na integração entre
pós-graduação e graduação, além de integrar áreas diversas, incrementando e
aproximando a pesquisa entre áreas e níveis de formação acadêmica. Outro estímulo importante nessa interação são as
ações de incentivo à iniciação científica, modalidade de pesquisa valorizada e
apoiada pela instituição, e fomentada por meio de agências federais e estadual,
além da própria universidade.
Nas
ações voltadas ao desenvolvimento
da pesquisa, nos últimos 15 anos a pós-graduação
atingiu acentuada expansão, praticamente dobrando a oferta, passando de 20
programas na avaliação de 2004 para 52 em 2017 na avaliação
quadrienal mais recente. Resultado da flexibilidade de recursos provindos do órgão
federal e do Estado do Paraná às instituições
de ensino, em especial à UEM. A flexibilidade teve um papel
importante na reforma da chamada Nova Administração Pública. Para o
gerenciamento de recursos financeiros, trouxe a descentralização do ponto de
vista político, transferindo recursos e atribuições para os níveis políticos,
regionais e locais, além de uma administração voltada para o atendimento do
cidadão.
Faz-se
necessário formar parcerias para o fomento à pesquisa. No âmbito nacional, a
Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, MEC) e o
CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, MCTI) são
agências de fomentos e avaliadoras de todo o sistema de pós-graduação e
pesquisa nacional. Ressalta-se que o recurso financeiro provindo do Proap/Capes
direciona-se à manutenção dos projetos de pesquisa dos acadêmicos dos programas
de pós-graduação, além de suprir a mobilidade de alunos e pesquisadores para
trabalhos em campo. Os resultados da aplicação dos recursos financeiros, especialmente
daqueles fomentados pela Fundação Araucária, em termos de inovação tecnológica,
demonstram que a UEM tem dado apoio às iniciativas para o desenvolvimento de
projetos competitivos de interesse mundial e contribuído para o crescimento
econômico e social da região.
No apoio à pesquisa básica ou aplicada, a UEM demonstra, por meio dos seus
dados divulgados pelo Estado do Paraná, que vem se firmando como uma
instituição que pauta todas suas atividades por critérios de excelência
acadêmica e atendimento à comunidade externa de sua área de influência. Esse
critério permeia tanto as atividades de ensino, voltada à formação de pessoal
qualificado, quanto às de geração de novos conhecimentos, que são a base das
pesquisas científicas desenvolvidas pelas várias unidades, centros, núcleos e
extensões que dela fazem parte.
Na
proteção do conhecimento gerado na UEM,
na maioria das vezes, o resultado de muitos anos de pesquisa deve ser
devidamente protegido. Essa preocupação fez a instituição atuar por meio da
criação, na PPG, da Divisão de Propriedade Intelectual (DPI), a qual desempenha
as atividades do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) na universidade, busca
sua inserção no processo de inovação nacional, e colabora para o
desenvolvimento sustentável, geração de riqueza e a melhoria da qualidade de
vida da população com base na inovação. Essa divisão também se empenha em
proporcionar um ambiente favorável para que o conhecimento gerado seja
disseminado na sociedade mediante os diversos processos e produtos
desenvolvidos em consonância com a missão da instituição no sentido da difusão
de conhecimento criado por meio da pesquisa realizada na UEM. A interação da instituição
com os setores público e privado de forma que o desenvolvimento tecnológico, a
propriedade intelectual, o licenciamento, a transferência de tecnologia gerem
benefícios para toda a sociedade e assegurem adequado ganho para todos os
envolvidos, de acordo com a legislação vigente, deve ser constantemente
promovida. É também responsabilidade da universidade garantir a proteção do
conhecimento gerado por seus pesquisadores, assegurando que as relações com terceiros
sejam formalizadas por instrumentos legais adequados. Assim, a PPG, por meio da
Divisão de Propriedade Intelectual, em virtude das pesquisas, em grande
maioria, desenvolvidas pela pós-graduação, vem contabilizando várias
solicitações de depósito de pedido de novos
produtos ou processos e de
patentes. Trata-se de uma grande conquista, pois são resultados efetivos da
atuação dos profissionais direta e indiretamente ligados à pesquisa científica.
Com a consolidação dos grupos de
pesquisa e para otimizar o custo-benefício dos recursos públicos recebidos,
construiu-se um espaço para alocar equipamentos de grande complexidade de uso
multidisciplinar e de fácil acesso a alunos da graduação, pós-graduação e
pós-doutorado. As centrais, além de desenvolverem em conjunto diversas
pesquisas, utilizando-se de equipamentos de uso comum, viabilizam melhor
gerenciamento de recursos e oportunizam a aquisição de vários
equipamentos. O Complexo de Centrais de
Apoio à Pesquisa (Comcap) é composto de oito centrais de apoio à pesquisa
(Central de Análises Avançadas de Materiais, Central de Biologia Molecular,
Estrutural e Funcional, Central de Produtos Naturais, Central de Documentação,
Central de Microscopia, Central de Agropecuária e Agronegócio, Central de
Estudos sobre Mudanças Globais e Central de Tecnologia em Saúde), com
financiamento da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), da Capes
(Pró-Equipamentos), da Fundação Araucária, de recursos próprios da universidade,
entre outros.
Na
nucleação de grupos de pesquisa, a UEM atua no apoio à formação de grupos de pesquisa de modo a agregar o
investimento em infraestrutura e democratizar os recursos financeiros. Dessa
maneira, estabelece ações pontuais como o programa de apoio aos doutores e
recém-doutores para manutenção e ampliação de seus projetos de pesquisas.
O
incentivo à publicação em revista
de circulação internacional faz
parte dos objetivos da instituição
para difusão e medida da repercussão da pesquisa desenvolvida, propiciando a
sua avaliação pelas agências reguladoras do sistema nacional de pós-graduação
pelo impacto do resultado do sistema de coleta de dados da Capes. Isso ocorre
de forma quantitativa, demonstrada por quantidades de produção científica:
números de artigos, capítulos de livros e livros publicados; e qualitativa:
tipos de via de publicação de artigos e seu impacto de circulação em extratos
atuais estipulados pela Capes (ex. A1; A2; B1 a B5) durante um período de
avaliação, anual, trienal ou quadrienal, como atualmente. Os resultados mostram
que a política de gestão adotada pela PPG quanto ao incentivo à produção
científica do corpo docente e discente, um dos quesitos mais importante na
avaliação da Capes, é positiva. Tal incentivo, advindo de programas de apoio à
divulgação científica fomentados por recursos próprios da instituição e pela
Fundação Araucária, estimula, com alguma prioridade, a participação de
acadêmicos como co-autores de artigos, livros ou outros produtos da pesquisa
vinculados à pós-graduação. A produção científica em periódicos e livros faz
com que a UEM, por meio de sua própria editora, dissemine amplamente o
conhecimento científico resultante de pesquisas desenvolvidas na universidade e
repassado à comunidade externa; esses resultados são divididos em áreas de
conhecimento tecnológico, científico e cultural pelas suas revistas publicadas,
com destaque para a Acta Scientiarum.
Na
difusão científica e apoio à
internacionalização da pesquisa, os gestores da UEM (Reitor, Pró-Reitor de
Pesquisa e Pós-Graduação, Diretores de Centros de Ensino e Coordenadores de
Programas de Pós-Graduação) promovem a divulgação da pesquisa e o conhecimento científico
dela originada por meio de ações de internacionalização da pós-graduação e sua
consequência como agente produtor de conhecimento originado na pesquisa. Dessa
forma, a universidade deve manter ações de apoio à publicação científica
centradas na qualidade científica e na colaboração entre discente e docente na
pesquisa local e com parcerias internacionais para certificar a difusão e o repasse
do conhecimento adquirido pela pesquisa dos acadêmicos e docentes atuantes na
pós-graduação. Nesse sentido, é dever da UEM demandar editais e formas de apoio
à publicação dos artigos qualificados pelo sistema de avaliação Capes, além de
promover ações de incentivo à mobilidade internacional por meio de assessoria
aos programas de pós-graduação, incentivando e levantando interesses comuns
entre a pós-graduação e as de outros centros internacionais de excelência.
Essas
ações devem abranger desde o auxílio à regulamentação, assim como os
procedimentos de contratação conveniada de colaboração nacional e
internacional, a qual deve atingir e incentivar programas de troca de
conhecimentos, por meio de mobilidade de docente e discente em programas
coligados, para compartilhamento e coparticipação na pesquisa direcionada à
titulação. A UEM deve assessorar a captação e viabilizar recursos para
incentivar programas, projetos ou meios de atração de professores visitantes
internacionais, além de ações para a difusão pública de pesquisas relacionadas
ao processo de internacionalização de maneira a complementar e fortalecer o
repositório institucional de pesquisa. A UEM, via setores como PPG e ECI, está
voltada a esse propósito, e as sintonias entre a PPG e ECI vêm produzindo ações
e motivações no meio acadêmico para acelerar esse processo de inserção
internacional da pesquisa. Uma grande oportunidade é o programa Print/Capes, em
que a UEM está concorrendo com seus acervos de projetos de pesquisas associados
ao sistema interno de pós-graduação em nível de doutorado. O ECI e PPG têm se
esforçado no assessoramento para viabilizar as ações e a perscrutação do nosso
patrimônio de pesquisa de ponta para alavancar parcerias rumo à
internacionalização.
A extensão
universitária na UEM é o processo educativo, social, cultural, científico,
tecnológico e de inovação que articula o ensino e a pesquisa de modo
indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a universidade e os
demais segmentos da sociedade. As ações de extensão se desenvolvem sob a forma de:
a) Projetos de Extensão: agrega ações de longa duração (mínimo um
ano), com previsão de carga horária semanal da equipe envolvida, com
coordenação de servidor efetivo (docente ou agente universitário) em regular
exercício da função, com participação obrigatória de aluno de graduação – as
Empresas Juniores são reconhecidas como Projetos de Extensão; e b) Eventos
ou cursos de extensão: ação de curta duração, presencial ou a distância,
sem caráter continuado, para fins de apresentação
e/ou desenvolvimento de conhecimento ou produto educativo,
cultural, social, científico, tecnológico ou de inovação da universidade
e de outros setores da sociedade, sendo o curso
proposto realizado com o mínimo de quatro horas.
A UEM possui, na PEC, 470 projetos de extensão
institucionalizados e em desenvolvimento, mais de 40 programas de extensão, resultando em cerca de 250 oportunidades
de bolsa de extensão universitária – Extensão UEM, Programa Institucional de
Bolsa de Extensão Universitária (Pibex), Programa Institucional de Apoio à
Inclusão Social, Pesquisa e Extensão Universitária (Pibis), Programa de
Extensão Universidade Sem Fronteiras (USF), entre outras – sendo a Fundação
Araucária (FA) e o Fundo Paraná as principais agências de financiamento. Vale destacar que a bolsa de extensão
significa, para a grande maioria dos discentes, o único meio de subsistência na
universidade, por isso a necessidade de ampliar tais oportunidades que
viabilizem os projetos de extensão e a permanência dos acadêmicos na instituição.
As ações de Extensão,
pela sua natureza, integram o ensino e a
pesquisa com as demandas sociais para estabelecer a inter-relação do conhecimento
acadêmico com as dos demais segmentos da sociedade e incentivar a formação de
profissionais cidadãos e participativos do meio social; contribuir para a
sistematização e a difusão do conhecimento cientificamente produzido de modo a
favorecer, por meio da extensão, o aperfeiçoamento das concepções e práticas
curriculares dos cursos da UEM e em conformidade com os propósitos do Plano
Nacional de Educação vigente; e, ainda, cooperar com o desenvolvimento regional
nos âmbitos educacional, social, cultural, científico, tecnológico, econômico e
outros.
A extensão
universitária na UEM é exercida de acordo com os princípios observados na Política Nacional de Extensão Universitária
do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão Universitária (Forproex, 2012),
constituída pela: interação dialógica, que visa ao estabelecimento e
desenvolvimento da relação entre a universidade e os demais segmentos da
sociedade por meio do diálogo e da troca de conhecimentos; interdisciplinaridade e interprofissionalidade, que visam à integração de modelos,
conceitos e metodologias profissionais no atendimento a demandas formativas e
sociais; indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão, que consiste na relação entre a
Extensão Universitária e o processo de formação humana e a geração de
conhecimentos envolvendo tanto docentes, alunos e agentes universitários; impacto
na formação do aluno,
que visa a fortalecer a experiência teórica e metodológica do aluno por meio da
materialização dos compromissos éticos e solidários da universidade pública
brasileira; e impacto e transformação social, que visa ao estabelecimento da relação entre a universidade e
os demais segmentos da sociedade para uma atuação transformadora, voltada
prioritariamente à formação acadêmica, mas também atenta às expectativas das
diversas demandas sociais, com vistas ao desenvolvimento social e regional e ao
aprimoramento de políticas públicas e sociais específicas sob vários contextos.
Na última década, a extensão universitária tem se fortalecido nos
âmbitos nacional e local, ampliado a parceria com os setores do Estado e da
sociedade em geral objetivando o desenvolvimento local e regional e a
manutenção do financiamento de projetos e programas que estimulem a inclusão
social, gerem conhecimento para a formulação de políticas públicas de
diferentes naturezas e promovam significativa interação com seu entorno local e
regional. Esse entendimento eleva a atividade de extensão à expressão de
importância institucional e social que a caracteriza no tripé universitário e coopera no estímulo
permanente das ações junto às comunidades participantes.
Como articuladora
entre o ensino e a pesquisa, a extensão na UEM coopera no sentido de
institucionalizar e potencializar, junto à PEC, por meio da Diretoria de
Extensão (DEX), da Diretoria de Cultura (DCU),
e do Fórum de Políticas de Extensão e Cultura[1],
projetos e programas que impulsionem a educação, a saúde, o trabalho,
a cultura, a comunicação; estimulem a solidariedade, o compromisso
social, a ética, a liberdade de pensamento e a valorização da diversidade; exercitem a noção de
autonomia do indivíduo e dos coletivos sociais, a cidadania; desenvolvam o sentido
de direitos humanos e justiça, de tolerância e paz; valorizem a formação
de educadores para a Educação Básica. A esse respeito, em complexo próprio
(Coordenadoria de Apoio a Educação Básica – CAE), são desenvolvidos cursos e
atividades de extensão via programas nacionais de formação continuada – Programa
Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), Programa Nacional de Alfabetização na
Idade Certa (PNAIC), Programa Nacional de Ensino Médio (PNEM) que proporcionem
à sociedade novos conhecimentos, métodos e técnicas de produção, de inovação,
de tecnologia; enfatizem a responsabilidade socioambiental e fortaleçam a difusão
da extensão universitária à comunidade em geral. Todos esses elementos
constituem presença significativa no encontro
anual dos extensionistas da UEM, nas edições do Encontro Anual da Extensão
Universitária (EAEX).
Quanto à institucionalização
das ações de extensão em geral na UEM, é preciso salientar o recente
investimento na ampla atualização e criação dos regulamentos específicos e na informatização dos processos, tornando-os mais ágeis na tramitação e no acompanhamento de
tais rotinas por todas as instâncias integradas ao Sistema de Gestão de
Projetos em modalidade específica (SGPEX) e Sistema de Gestão de Cursos e
Eventos de Extensão (SGCEX), assim como a disponibilização on-line dos
certificados, via identificação do número do cadastro de pessoa física (CPF),
em sítio eletrônico vinculado à
DEX, o que corresponde aos anseios da comunidade em geral na prestação de
serviços com maior eficiência, presteza e qualidade, sintonizados com a
contemporaneidade. Ações robustas, de relevante impacto social e que dependem
da conexão de diferentes unidades com expertises afins (PEC, PPG, Núcleo de Processamento de Dados – NPD e Nead). Nessa sincronização
das rotinas, destaca-se a parceria da DEX com a Comissão de Regulamentação das Atividades Acadêmicas do Hospital
Universitário Regional de Maringá (HUM/COREA),
a qual delibera sobre a abertura de projetos que alcancem diretamente o espaço
do complexo do HUM visando a atender protocolos nacionais da saúde e proteção
humana.
Importante
passo institucional a ser perseguido exigirá o trabalho integrado entre a PEC e
a PEN a fim de atender o que se tem convencionado chamar por curricularização
ou creditação da extensão, estratégia específica (12.7) na meta 12 do Plano
Nacional de Educação, prevendo 10% dos créditos curriculares à experiência discente
em projetos e programas de extensão. Tal empreitada alcançará a avaliação e a
revisão dos currículos dos cursos de graduação visando à flexibilidade
curricular (créditos) e à valorização da
experiência acadêmica em projetos e programas de extensão prioritariamente em
áreas de grande pertinência social, ofertados
em diferentes setores da universidade e que repercutem diretamente na formação
do acadêmico, na pesquisa docente e no sistema social como um todo. Esse
trabalho em parceria demandará a integração dos sistemas operacionais da
Extensão (SGPEX), do Ensino (DAA) com o NPD, a fim de que tais experiências
acadêmicas e extensionistas sejam computadas diretamente no histórico escolar e
diploma dos acadêmicos.
Enfim, a atuação de
forma integrada entre os setores, como tem ocorrido, considerando as oito áreas
temáticas da extensão universitária definidas no documento geral do Forproex (Comunicação,
Cultura, Direitos Humanos e Justiça, Educação, Meio ambiente, Saúde, Tecnologia e Produção, e Trabalho), tem
sido fundamental e para que se possa, além de sistematizar o banco de dados e
informações específicos, acompanhar e avaliar as atividades extensionistas,
estimular a obtenção de recursos via editais em órgãos nacionais e
internacionais, e cooperar para efetivar a função social a qual foi designada a
exercer: o compromisso amplo de difusão do conhecimento
realizado na universidade para o desenvolvimento em várias frentes da sociedade
paranaense e brasileira.
A UEM abriga 15 grupos PET[2]
(Agronomia, Educação Física, Economia, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia
Química, Engenharia Têxtil, Farmácia, Física, Informática, Matemática,
Odontologia, Pedagogia, Química e Zootecnia) que formam o UniPET. Esse programa
promove anualmente atividades voltadas à comunidade, como o PET na Praça. Nessa
atividade, tem-se a oportunidade de apresentar à comunidade externa parte dos
trabalhos em desenvolvimento, por meio de explicações, demonstrações e oficinas
de interesse público sobre diversas áreas, proporcionando momentos de
aprendizado, conhecimento e troca de saberes, tanto em relação aos conteúdos
propostos como outros advindos do interesse da comunidade em geral.
A missão da UEM na
extensão universitária é a de atuar com o estado na formulação de políticas
públicas e sociais, mas também na formação qualificada de equipes que promovam
e implementem tais políticas ao desencadear o processo de transformação da
realidade social, formativa, cultural e ambiental dos indivíduos em diferentes
e diversos contextos, no sentido de viabilizar uma sociedade mais democrática, cidadã, justa, plural,
responsável e sustentável.
A Universidade Estadual de Maringá
atua diretamente para assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade
e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos, com
ênfase em três eixos: Desenvolvimento
Econômico, Inclusão Social e Proteção ao Meio Ambiente. A universidade
acredita que o reconhecimento de uma instituição de gestão socialmente
responsável passa pela harmonização desses três eixos fundamentais.
Assim sendo, a UEM tem por princípio
permitir que homens e mulheres tenham acesso à educação superior de qualidade e
garantir acesso à formação profissional para os mais vulneráveis.
A UEM apoia políticas e programas
dirigidas a estudos aprofundados, estabelecendo cooperações para a realização
de pesquisas, fomentando a inovação tecnológica, com a finalidade de apoiar o
desenvolvimento econômico inclusivo, ético e sustentável. A universidade mantém
representatividade junto às câmaras de órgãos de planejamento municipal, como o
Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Associação Comercial
e Empresarial de Maringá (Acim) e participação na Incubadora Tecnológica de
Maringá (Maringá Tech), que estimula a geração de empreendimentos inovadores e
sustentáveis de base tecnológica, com complexos na antiga sede do Instituto
Brasileiro do Café (IBC) e no Comcap/UEM.
Prestes a completar cinco décadas, a
UEM conquistou uma sólida reputação em nível nacional, seja pelos resultados
obtidos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia os
cursos de graduação do Brasil, seja pelos resultados obtidos pelos programas de
pós-graduação stricto sensu,
divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes).
Preocupada em quebrar as barreiras do
regionalismo e ampliar sua projeção internacional, comprometida em fomentar o
desenvolvimento econômico, a UEM estabeleceu uma Política Institucional de
Internacionalização. Esta política tem como princípios promover a cooperação interinstitucional
internacional, bem como a mobilidade acadêmica internacional discente, docente
e de agentes universitários. Para tanto, há a necessidade de se incentivar a
internalização da internacionalização na cultura institucional e no
desenvolvimento dos procedimentos e processos da UEM. Essa política está
comprometida com a captação de recursos, a comunicação de oportunidades e o
acolhimento do aluno estrangeiro. Dessa forma, cria-se um estímulo para a
internacionalização dos currículos e o uso de idiomas estrangeiros nos cursos
da instituição.
Nas últimas décadas, a UEM tem envidado
esforços para promover avanços tecnológicos que, de algum modo, contribuam para
gerar impacto econômico e social. Nesse sentido, há uma preocupação em
acompanhar as alterações provocadas pela revolução tecnológica e,
principalmente, em alinhar as pesquisas de ponta desenvolvidas na UEM às
demandas da sociedade por meio da inovação tecnológica. A Política de Inovação
e Propriedade Intelectual da UEM surgiu com a finalidade de fomentar sua
inserção no processo de inovação nacional, colaborando para o desenvolvimento
sustentável, além de propiciar um ambiente para que o conhecimento gerado na universidade
seja disseminado para a sociedade por meio de pessoas, processos ou produtos.
Essa política promove a interação da instituição com os setores público e
privado, de modo que o desenvolvimento tecnológico, a propriedade intelectual,
o licenciamento e a transferência de tecnologia gerem benefícios para toda a
sociedade, garantindo a proteção do conhecimento gerado na UEM e assegurando
que as relações com terceiros sejam formalizadas por instrumentos legais
adequados.
A UEM tem o compromisso de oferecer
condições para o desenvolvimento de programas institucionais que viabilizem o ingresso inclusivo, a permanência, a
integração e a terminalidade estudantil.
O ingresso
inclusivo é viabilizado pelo sistema
de reserva de vagas para Cotas, Cotas Sociais Indígenas (Lei n.º 13.134/2001,
substituída pela Lei n.º 14.995/2006) Universidade da Terceira Idade, Política
de Refugiados e Imigrantes em Situação de Vulnerabilidade, e Ensino a
Distância. As cotas consistem em uma
forma de ingresso aos cursos de graduação da UEM, destinadas a candidatos
brasileiros que tenham cursado todas as séries do ensino fundamental e médio em
escolas da rede pública de ensino em todo o território nacional. Essa
modalidade de ingresso é válida apenas para candidatos que não possuem diploma
de curso superior, que comprovem renda não superior a 1,5 salários mínimos e
que os bens patrimoniais do grupo familiar sejam inferiores a 30% do que
estabelece a Receita Federal como obrigatoriedade para declaração de Imposto de
Renda de Pessoa Física. A Universidade
Aberta à Terceira Idade (Unati) tem por objetivo promover a inserção social
e a melhoria da qualidade de vida de pessoas na melhor idade. A Unati oferece
cursos em diferentes áreas do conhecimento, organizados em seis eixos
temáticos: Arte e Cultura, Processos e Procedimentos Comunicativos, Saúde
Física e Mental, Meio Físico e Social, Direito e Cidadania, e Humanidades.
Recentemente, a UEM regulamentou a Política
Institucional do Refugiado e Imigrante em Situação de Vulnerabilidade. Essa
regulamentação define diretrizes, objetivos e valores que enfatizam o
compromisso e respeito aos direitos humanos dos imigrantes e refugiados
vulneráveis a serem observados nos segmentos administrativos, do ensino, da
pesquisa e da extensão da universidade. O Programa
de Inclusão e Permanência de Alunos Indígenas (Proindi) regulamenta, no
âmbito da UEM, o planejamento e a execução de políticas de inclusão do
indígena, bem como o acompanhamento pedagógico e a elaboração de atividades de
ensino, pesquisa e extensão para esses acadêmicos. A Educação a Distância na UEM também pode ser considerada uma forma
de ingresso inclusivo, pois oportuniza o ingresso em cursos de graduação e
pós-graduação a acadêmicos que não teriam oportunidade de frequentar um curso
presencial, seja pela dificuldade de locomoção, seja pela inflexibilidade de
horário ou qualquer outra dificuldade.
A permanência
está formalizada na UEM por meio políticas de assistência estudantil,
viabilizadas pelo oferecimento de programas institucionais que destinam bolsas
de auxílio financeiro para amparar acadêmicos de baixa renda. Há, na
instituição, um Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) para estimular o engajamento de acadêmicos em projetos de
pesquisa, estimulando o desenvolvimento do pensamento científico e qualificando
recursos humanos para programas de pós-graduação. Do mesmo modo, incentiva-se,
por meio de bolsas, a participação discente em Projetos de Desenvolvimento e
Transferência de Novas Tecnologias (Pibiti), Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência (Pibid), Programa de Residência Pedagógica, projetos de
extensão, projetos de ensino, programas de incentivo à arte, participação em
orquestra, monitoria e preceptoria acadêmica, entre outras modalidades. A
permanência também é garantida aos acadêmicos da UEM pela oferta de apoio
pedagógico para alunos com necessidades educacionais especiais, programa de
preceptoria, apoio à permanência do acadêmico indígena, bem como apoio a
pessoas com deficiências e excepcionalidades. O Programa Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio à Pessoa com Deficiência
e Necessidades Educacionais Especiais (Propae) atua na UEM com o objetivo
de promover a acessibilidade no ensino superior, implementar e acompanhar a
avaliação de políticas públicas referentes às suas finalidades. Também faz
parte de suas atribuições pesquisar e desenvolver tecnologias e metodologias
apropriadas, assim como adaptações de materiais e recursos pedagógicos para
atendimento do seu público-alvo.
A integração
estudantil se consolida por meio de programas institucionais que objetivam
promover a qualidade de vida para a comunidade universitária, ampliando o
acesso e a permanência com garantia de continuidade nos estudos. Por meio do
contínuo incentivo, acredita-se que os acadêmicos se mantenham motivados para
aprender e passam a desempenhar suas atividades com maior dedicação. Em seus
espaços, seja sala de aula ou fora dela, a UEM apoia a realização de atividades
de integração. A Recepção dos Calouros
é realizada, anualmente, visando à integração dos ingressantes com a estrutura
da instituição e é a primeira oportunidade de se estabelecer relações pessoais.
O Trote Solidário é um concurso
promovido pela instituição com o objetivo de premiar iniciativas solidárias realizadas
pelos cursos mediante atividades conjuntas entre acadêmicos veteranos e
calouros. O Programa de Integração
Estudantil (Prointe) oferece apoio acadêmico via preceptorias em
disciplinas de diferentes áreas, com a finalidade de apoiar os alunos na transposição
do ensino médio para o ensino superior. No decorrer da vida acadêmica do aluno,
há diversas possibilidades de engajamento em atividades de integração.
Atividades extrassala de aula são estimuladas, como a participação em Empresas Juniores. O funcionamento de
Empresas Juniores na UEM é regulamentado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão em consonância com os preceitos da regulamentação federal. Na prática,
a vinculação de Empresas Juniores com a UEM se dá por meio de projetos de
extensão e se caracteriza em um mecanismo que visa a fortalecer as relações com
a comunidade e ao mesmo tempo favorecer a formação acadêmica, oportunizando a
expansão das atividades extensionistas. Outra ação de integração é o Programa de Ensino Tutorial (PET), desenvolvido
por grupos de acadêmicos sob a orientação de um docente tutor, organizados a
partir de formações em nível de graduação no princípio da indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão. Por meio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), uma entidade voltada à
representatividade estudantil, são promovidas ações de integração da comunidade
estudantil junto à sociedade. O DCE busca manter o intercâmbio e colaboração de
outras entidades estudantis em âmbito nacional e internacional, além de promover
debates, realizar encontros, reuniões, palestras, conferências de caráter
social, cultural, artístico, desportivo e político de modo a atender os anseios
e estudantes da UEM.
A garantia da terminalidade é uma preocupação da instituição, que envida esforços
para promover a inserção profissional e ao mesmo tempo assegurar a qualidade do
egresso.
O
eixo Proteção ao Meio Ambiente faz parte da Política Ambiental da UEM, em que
são definidos princípios e valores a serem observados em todos os espaços sob
sua responsabilidade e gestão, bem como norteia as relações que a UEM venha a
estabelecer com outras instituições públicas ou privadas. Os princípios da
Política Ambiental da UEM defendem a
sustentabilidade – assegurando a exploração do ambiente de maneira a
garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos
ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de
forma socialmente justa e economicamente viável, para usufruto desta geração e das
gerações futuras; a preservação –
adotando medidas visando à preservação do patrimônio material e imaterial; a prevenção - adotando medidas capazes
de prevenir, eliminar ou atenuar os efeitos negativos das intervenções no
ambiente; a precaução – implementando
medidas antecipadas contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado
atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados; a integração – estimulando a participação e a cooperação entre os
diversos agentes sociais institucionais, empenhados e comprometidos com a
questão ambiental; a transversalidade
– estimulando o planejamento e a execução conjunta de ações voltadas à
sustentabilidade dos campi; a interação
– possibilitando ações de educação ambiental com envolvimento da sociedade,
especialmente das populações circunvizinhas, de modo a torná-las parceiras na
proteção ambiental; acesso livre e
irrestrito às informações – disponibilizando e compartilhando a toda
comunidade as informações das atividades desenvolvidas, os riscos decorrentes e
seus resultados.
A UEM desenvolve programas
específicos de apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, de modo a aumentar o
leque de oportunidades disponíveis para ampliação do horizonte formativo dos
acadêmicos. Além disso, a universidade objetiva criar melhores condições para
os estudantes que apresentam dificuldades pessoais e/ou sociais para permanecer
na instituição. Esses programas foram agrupados em três eixos fundamentais: desenvolvimento econômico, inclusão social
e proteção ao meio ambiente.
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Escritório
de Cooperação Internacional (ECI)
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Programa
de Apoio ao Desenvolvimento Regional (GDR)
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Núcleo
de Inovação Tecnológica (NIT)
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Programa
Observatório das Metrópoles – Região Metropolitana de Maringá
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Programa
de Informática aplicada à Educação (PIAE)
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Programa
de Estudos e Pesquisas do Espaço Urbano (Pepeu)
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Programa
Núcleo Mercosul (PNM)
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Programa
Interdisciplinar de Estudos Organizacionais (Priestor)
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Programa
de Ações Interdisciplinares em Políticas Públicas Contemporâneas (Proinpo)
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Programa
de Editoração Científica da UEM
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Programa
de Estatística Aplicada
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Programa
de Centro de Documentação Histórica (PROCDH)
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Programa
Interdisciplinar de Estudo de Populações: Laboratório de Arqueologia, Etmologia
e Etno-História
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Núcleo
de Estudos e Defesa de Direitos da Infância e da Juventude (Nedij)
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Programa
Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (Neiab)
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Programa
de Estudos do Trabalho e Educação (ESTE)
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Programa:
Polo Institucional de Educação Permanente em Saúde (PIEPS)
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Programa
de Estudos e Pesquisas em História Econômica e Social (PEPHES)
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Programa
Ginástica Laboral Compensatória e Qualidade de Vida (PGLAC)
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Programa
Multidisciplinar de Pesquisa em Saúde para Maringá e Região (PMPS)
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Programa
de Educação a Distância (Pread)
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Programa
de Industrialização de Alimentos da UEM (Proali)
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Programa
de Incentivo à Arte e Cultura (Proarte)
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Programa
de Integração de Ação Social da UEM (Proação)
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Programa
Odontológico de Assistência ao Servidor (Proas)
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Programa
de Construção de Equipamentos para Deficientes (Procede)
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Programa
Centro de Memória da Universidade Estadual de Maringá (PROCMU)
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Programa
de Educação para Jovens e Adultos (Proeja)
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Programa
Farmácia Ensino (Profen)
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Programa
de Inclusão e Permanência do Aluno Indígena (Proindi)
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Programa
Multidisciplinar de Estudos e Apoio à Terceira Idade;
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Programa
Museu Dinâmico Interdisciplinar
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Programa
Cinema na UEM (CineUEM)
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Programa
Nacional de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Pronaica)
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Programa
Núcleo de Estudos em Diabetes e Obesidade (Pronedo)
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Programa
de Democratização da Escolaridade e Desenvolvimento Profissional (Proominis)
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Programa
Interdisciplinar de Pesquisa e Apoio à Excepcionalidade (Propae)
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Programa
Justiça Restaurativa e Cultura da Paz da UEM (Propaz-UEM)
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Programa
Pluridisciplinar de Pesquisa em Diabetes Mellitus (Propedi)
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Programa
de Pesquisa e Estudos na Área da Surdez (Propes)
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Programa
de Qualidade de Vida e Cidadania da Comunidade Universitária (Pró-Vida)
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Programa
de Integração Estudantil (Prointe)
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Programa
de Assistência ao Egresso (Pró-Egresso)
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Programa
de Estudos para o Desenvolvimento do Esporte (Pró-Esporte)
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Programa
Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Movimentos Sociais (Unitrabalho)
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Programa
de Educação Continuada em Matemática (Proformat)
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Política
do Imigrante e Refugiado em Situação de Vulnerabilidade
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Programa
Multidisciplinar de Estudos em Prevenção e Assistência das Doenças Sexualmente
Transmissíveis e HIV-AIDS (Universidaids)
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Programa de Proteção e Educação em Unidades de
Conservação e Áreas Especialmente Protegidas (Proeducon)
·
Programa
de Controle da População de Animais da UEM
·
Programa
de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento em Combustíveis (Procombustíveis)
·
Programa
de Gerenciamento de Resíduos (Progere)
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Programa
de Identificação e Preservação de Espécies Arbóreas (Proipa)
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Programa
Interdisciplinar de Pesquisas Aplicadas à Agricultura
·
Programa
de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos
·
Programa
Herbário da UEM (PRO-HUEM).
BRASIL. Constituição
Federal Brasileira. Brasília, Distrito Federal,1988.
BRASIL. Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, Distrito Federal,
1996.
BRASIL. Lei n. 13.005 de 25 de junho de 2014 – aprova
o PNE [2014-2024] e dá outras providências. Brasília, Distrito Federal,
2014.
BRASIL. Ministério da Educação. CNE/CES. Resolução n.02, de 18 de junho de 2007. Dispõe sobre carga
horária mínima e procedimentos relativos à integralização e duração dos cursos
de graduação, bacharelados, na modalidade presencial.
BRASIL. Ministério da Educação. CNE/CP Resolução n. 02, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação
pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação
continuada.
FORPROEX. Política
Nacional de Extensão Universitária. Manaus, Amazonas, maio de 2012.
UEM. Conselho Universitário-COU. Regimento Geral. Contendo as alterações
aprovadas pelas Resoluções n. 021/2008-COU e n. 001/2009-COU.
UEM. Conselho Universitário-COU. Estatuto da Universidade Estadual de
Maringá. Resolução n. 008/2008-COU, com as alterações aprovadas pelas
Resoluções n.os 009/2008-COU, 012/2008-COU, 013/2008-COU,
028/2013-COU, 034/2014-COU, 055/2014-COU, 001/2017-COU.
UEM. 019/2016-PPG.
Patrimônio Genético.
UEM. 001/2017-PPG. Comitê Científico.
UEM. 014/2017-PPG. Regulamento COMCAP.
UEM. Plano de Desenvolvimento Institucional.
UEM. Política de Pós-graduação
Institucional, 2018
(em análise no COU).
UEM. Portarias
340/2008-GRE. Criação do NIT.
UEM. Projeto Político Pedagógico Institucional.
2009.
UEM. Resolução n. 003/2012-COU - Homologa Ato Executivo
nº 038/2010-GRE - criação do Núcleo de
Educação a Distância (NEAD).
UEM. Resolução n. 011/2013-CEP. Aprova normas para Mobilidade Estudantil Internacional e revoga a
Resolução n. 004/2009-CEP.
UEM. Resolução n. 024/2017-COU. Aprova o Regulamento do Museu Dinâmico Interdisciplinar (MUDI).
UEM. Resolução n.032/2016-CEP,
de 20 de dezembro de 2016 – normatiza
as Empresas Juniores. Maringá, PR.
UEM. Resolução n.033/2017-CEP,
de 20 de outubro de 2017 – normatiza os Projetos de Extensão. Maringá,
PR.
UEM. Resolução n.034/2017-CEP,
de 20 de outubro de 2017 – normatiza
os Projetos de Eventos ou Cursos de Extensão. Maringá, PR.
UEM. Resolução nº
09/2010-CEP. Dispõe
sobre o componente Estágio Curricular Supervisionado nos cursos de graduação e
pós-graduação lato sensu da Universidade Estadual de Maringá.
UEM.
Sistema de Gestão de Cursos e Eventos de
Extensão – SGCEX [online].
Maringá, 2018.
UEM. Sistema de Gestão de Projetos de Extensão – SGPEX [online]. Maringá, 2016.
CCA Centro
de Ciências Agrárias
CCB Centro de Ciências Biológicas
CCE Centro de Ciências Exatas
CCH Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
CCS Centro de Ciências da Saúde
CSA Centro
de Ciências Sociais Aplicadas
CTC Centro
de Tecnologia
DAB Departamento de Análises
Clínicas e Biomedicina
DAD Departamento de Administração
DAG Departamento de Agronomia
DAL Departamento de Engenharia de Alimentos
DAU Departamento de Arquitetura e Urbanismo
DBC Departamento de Biotecnologia,
Genética e Biologia Celular
DBI Departamento de Biologia
DBQ Departamento de Bioquímica
DBS Departamento de Ciências
Básicas da Saúde
DAC Departamento
de Análises Clínicas
DCA Departamento de Ciências Agronômicas
DCC Departamento de Ciências
Contábeis
DCI Departamento de Ciências
DCM Departamento de Ciências
Morfológicas
DCO Departamento de Economia
DCS Departamento de Ciências
Sociais
DDM Departamento de Design e Moda
DDP Departamento de Direito Público
DAM Departamento
de Meio Ambiente
DEA Departamento de Engenharia Agrícola
DEC Departamento de Engenharia Civil
DEF Departamento de Educação
Física
DEM Departamento de Engenharia Mecânica
DEN Departamento de Enfermagem
DEP Departamento de Engenharia de Produção
DEQ Departamento de Engenharia Química
DES Departamento de Estatística
DET Departamento de Engenharia Têxtil
DFA Departamento de Farmácia
DFE Departamento de Fundamentos
da Educação
DFI Departamento de Física
DFL Departamento de Filosofia
DFS Departamento de Ciências
Fisiológicas
DFT Departamento de Farmacologia e Terapêutica
DGE Departamento de Geografia
DHI Departamento de História
DIN Departamento de Informática
DLM Departamento
de Letras Modernas
DLP Departamento
de Língua Portuguesa
DTL Departamento
de Teorias Linguísticas e Literárias
DMD Departamento de Medicina
DMA Departamento de Matemática
DMU Departamento de Música
DMV Departamento de Medicina Veterinária
DOD Departamento de Odontologia
DPD Departamento de Pedagogia
DPI Departamento de Psicologia
DPP Departamento de Direito Privado
e Processual
DQI Departamento de Química
DTP Departamento de Teoria e
Prática da Educação
DTC Departamento de Tecnologia
DZO Departamento de Zootecnia
INFORMAÇÕES GERAIS
|
|
Natureza
Jurídica UEM |
Autarquia Estadual |
Atividade
econômica principal |
Ensino Superior |
Ano de Fundação/Reconhecimento |
1969/1970 |
Unidades
Administrativas |
11 |
Câmpus |
07 |
Centros
de Ensino |
07 |
Departamentos |
51 |
Polos
de Ensino a Distância |
27 |
CURSOS
|
||
CURSOS |
QUANTIDADE |
|
CURSOS |
ALUNOS |
|
Graduação
Presencial |
60 |
13541 |
Graduação
EAD |
09 |
2674 |
Especialização |
53 |
1970 |
Mestrado |
51 |
2364 |
Doutorado |
26 |
776 |
TOTAL |
199 |
21325 |
INSTALAÇÕES FÍSICAS |
|||
Denominação |
Campus Sede |
Campi Regionais |
Total |
Hospital
Universitário |
1 |
- |
1 |
Anfiteatros |
20 |
1 |
21 |
Museus |
3 |
- |
3 |
Casa de
Música |
1 |
- |
1 |
Sala do
Coral |
1 |
- |
1 |
Sala de
Dança |
2 |
- |
2 |
Videotecas |
1 |
2 |
3 |
Casa da
Cultura |
1 |
- |
1 |
Oficina
de Teatro |
1 |
- |
1 |
Hemocentro |
1 |
- |
1 |
Clínica
Odontológica |
1 |
- |
1 |
Farmácia
Ensino |
1 |
- |
1 |
Restaurante
Universitário |
1 |
1 |
2 |
Livraria |
1 |
- |
1 |
Complexo
de Centrais de Apoio à Pesquisa (COMCAP) |
2 |
- |
2 |
Programa
de Desenvolvimento Educacional (PDE) |
1 |
- |
1 |
Cantinas
/ Lanchonetes |
4 |
2 |
6 |
Salas de
aula |
233 |
62 |
295 |
Laboratórios |
419 |
23 |
442 |
Bibliotecas |
5 |
6 |
11 |
Auditórios |
14 |
3 |
17 |
Hospital
Veterinário para Grandes Animais |
- |
1 |
1 |
Quadras
Esportivas Cobertas |
4 |
- |
4 |
Quadra
Esportiva Descoberta |
7 |
1 |
8 |
Quadra de
Tênis Descoberta |
2 |
- |
2 |
Ginásio |
1 |
- |
1 |
Pista de
Atletismo |
1 |
- |
1 |
Piscina
Coberta |
1 |
- |
1 |
Campo de
Futebol |
2 |
- |
2 |
Fonte:
PCU/DOP/PTO (2017). |
[1]
É órgão vinculado à PEC com representantes extensionistas
de cada centro de ensino da UEM que se reúnem periodicamente sob a presidência
da PEC para discutir, avaliar e propor as políticas de extensão e cultura na
universidade.
[2] O Programa de Educação Tutorial (PET) é um Programa do Ministério da Educação formado por graduandos sob a tutoria de um docente. Seu objetivo é complementar a graduação promovendo atividades acadêmicas que visam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa, extensão e educação tutorial. Atualmente, há 842 grupos distribuídos em 121 instituições de ensino superior do país.